domingo, 25 de setembro de 2011

Inveja começa com in, de inútil.


Tema da Semana: Inveja.

Poucos sentimentos são tão inúteis quanto a inveja. Pra que ela serve mesmo?

Há quem diga que a inveja  alheia nos faz mal, mesmo quando não fazemos idéia de que ela existe e o invejoso não faça nada contra nós. Minha mãe é partidária dessas idéias, e umas duas vezes em que eu frequentei o fundo do poço na minha vida, ela compartilhou comigo essa teoria. Eu não sei se concordo...  Concordo que às vezes há algo maior que drena nossas forças, mas não sei se a inveja seria a responsável por isso... De qualquer forma, não vejo utilidade em acreditar nisso, culpar os outros pelo meu desânimo? Pela minha falta de vontade? Pela minha preguiça de viver? Não resolve nada... E, além disso, acho que são os olhos de mãe o motivo dela pensar que eu sou invejável. 

Há quem fale sobre inveja santa...  Ontem mesmo eu invejei uma amiga que ia almoçar enquanto eu ainda teria que esperar meia hora, mesmo morrendo de fome.  Como não desejei que o almoço dela fizesse mal, ou caísse no chão, ou que ela não almoçasse, isso seria classificado como inveja santa. Acho que o termo inveja é mal empregado nesses casos... Quando admiramos algo em alguém, ou queríamos estar em uma situação parecida, isso não nos impede de reconhecer que a pessoa merece, tem todo o direito, e deve desfrutar do que quer que seja. Só quando isso está aliado à maldade ou ao egoísmo é que se torna algo realmente pernicioso,  aí sim é inveja,

De qualquer forma, não sou praticante da inveja. Não vejo utilidade. A inveja provavelmente deve desvirtuar o foco do invejoso, que fica concentrado na vida alheia, ao invés de correr atrás dos próprios objetivos. Totalmente inútil.... A não ser que a utilidade seja fazer mal ao invejoso. Ou seja, os adeptos da inveja aderem a um sentimento que só faz mal a eles, portanto só tem utilidade para quem quer se ver livre deles... Entende? Fica complexa a coisa... haha.

Enfim.. Não é tirando a auto-estima de alguém, que vou aumentar a minha. Não é engordando as pessoas magras, que vou emagrecer. Não é provocando a infelicidade alheia, que eu vou ser feliz. E existem tantos sentimentos inúteis mais prazerosos... E existem tantas coisas inúteis mais produtivas... Não sou lá um grande gênio, mas sempre soube ocupar meu tempo com coisas mais produtivas que a inveja como, por exemplo, morgar no sofá.  Talvez seja disso que os invejosos precisem, de um sofá novo! xD

2 comentários:

Elaine Gaissler disse...

Pois é, Ana, tbm não me parece apropriado chamar de inveja algo como simples admiração, pq daí não caracteriza inveja... Embora eu concorde que é normal aquele lance de querer pra si algo do outro, ou viver dada situação, mas sem maiores considerações, tipo não pensar se o outro tem que "perecer" pra que o "invejoso" triunfe e coisa tal... O que eu acho q passa da normalidade é sair dando rasteira no vizinho pq a grama dele me parece mais verde, até pq só parece mesmo, pq a medida que conhecemos a jornada alheia a inveja perde o sentido, pois todo mundo tem problemas, defeitos etc...
Então, você pode não se considerar um gênio, mas é muito sábia, pois gastar tempo com a própria vida seja como for não tem preço!

Daiany Maia disse...

Ai gente, não to querendo um sofá novo.

Texto redondinho, não tem o que dizer, é isso aí mesmo..rs

=*