Tema da semana: encruzilhadas
A estrada se bifurcava logo a sua frente. Lili encontrava-se numa
encruzilhada. Ela parou e desceu da monark lilás e, antes que pudesse
tomar qualquer decisão, avistou um homem à sua frente. Ele estava caído
no chão. Completamente sozinho. Aproximou-se rapidamente. Desconfiou que
já estivesse morto. Embora uma voz dentro da sua cabeça dissesse que
não havia nada que pudesse fazê-lo voltar à vida, ela tentou.
Reconhecendo que era alguma coisa cardíaca, tentou fazer com que seu
coração voltasse a funcionar. Usou de seu tempo e de sua energia. Mas
foi tudo em vão. O coração do pobre havia parado de funcionar
definitivamente.
O grande dilema de Lili já não era a bifurcação, mas o cadáver que jazia sereno sobre a terra. Os primeiros urubus despontavam no céu. Nuvens plúmbeas se aproximavam curiosamente. Lili não conseguiria enterrar o homem. Pensou em levá-lo em sua bicicleta. Mas isso logo se mostrou impossível. Não poderia carregá-lo por muito tempo. Não agüentaria tal peso por muito tempo.
Entristecida, fechou os olhos do homem e deixou-o protegido por seu guarda-chuva. Não havia mais nada que pudesse fazer. Estar de mãos atadas lhe era por demais doloroso. Mas assim era a vida. Subiu em sua monark lilás e escolheu um dos caminhos. Não posso dizer qual. No fundo, ela sabia que os urubus fariam companhia para o cadáver. Olhou para trás diversas vezes e chegou mesmo a voltar uma parte do trajeto. Mas voltou a seguir o seu caminho. A chuva caía desesperadamente e Lili não podia mais voltar.
O grande dilema de Lili já não era a bifurcação, mas o cadáver que jazia sereno sobre a terra. Os primeiros urubus despontavam no céu. Nuvens plúmbeas se aproximavam curiosamente. Lili não conseguiria enterrar o homem. Pensou em levá-lo em sua bicicleta. Mas isso logo se mostrou impossível. Não poderia carregá-lo por muito tempo. Não agüentaria tal peso por muito tempo.
Entristecida, fechou os olhos do homem e deixou-o protegido por seu guarda-chuva. Não havia mais nada que pudesse fazer. Estar de mãos atadas lhe era por demais doloroso. Mas assim era a vida. Subiu em sua monark lilás e escolheu um dos caminhos. Não posso dizer qual. No fundo, ela sabia que os urubus fariam companhia para o cadáver. Olhou para trás diversas vezes e chegou mesmo a voltar uma parte do trajeto. Mas voltou a seguir o seu caminho. A chuva caía desesperadamente e Lili não podia mais voltar.
2 comentários:
Que historinha triste...
=/
Pq as vezes precisamos deixar pra trás mesmo, pessoas vivas quase mortas/coisas mortas q nem mesmo conhecemos direito, mas ainda assim dói.. Dói pq dá vontade de tentar mais um pouco, mesmo sabendo que é pesado demais...
Sei lá...
E...
Saudades da minha monark! kkkk
Ai, ai... Peninha dos dois!
Mas é assim mesmo, né?! Quantas vezes não voltamos pra tentar corrigir, reparar aquilo que não nos cabe mais, ou nunca nos coube?
Catarse total agora! rs
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