segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Estamos de Férias




Resolvemos fechar para balanço. Um tempo curtinho, um suspiro apenas, nem profundo é. Voltamos dia 1 de janeiro, com toda a alegria de viver e novos ares. A verdade é que fim de ano é corrido para todo mundo, e para que aqui não fique com mais faltas que presenças, resolvemos nos dar essa folguinha. Vocês deixam?
Bom Natal para todos e um excelente 2012. Porque ainda há muito para se fazer.



sábado, 17 de dezembro de 2011

Vamos nos permitir


                                                                                 Tema da semana: Ilegal, imoral ou engorda


Vivemos em sociedade e por isso devemos seguir determinados padrões para que o mundo não venha abaixo. Mesmo assim, muitas vezes as coisas fogem do controle e não sabemos o que fazer, o que agir. Temos medo de nadar contra a corrente, fugir desses tais padrões, nos privamos de vontades, desejos.  

É complicado fugir do que a maioria acha que é certo, moral, legal. Mas às vezes é bom sair da linha, se jogar no que é ilegal, imoral ou engorda. Provavelmente não se morre por isso e é aí que a vida tem graça, aí que a gente aprende. É necessário permitir-se. 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Não pode não


Tudo o que é proibido é mais gostoso. Passei a adolescência ouvindo isso dos amigos. Só ouvindo mesmo, porque sempre fui muito na minha - o que não me impediu de matutar sobre o assunto.

É emoção do risco, da possibilidade de ser pêgo, descoberto. Adrenalina pulsante e intensa. O que é ilegal ou imoral acaba nos pondo em estado de alerta. Ou será o prazer transgressor e subversivo e fugir às regras? Regras são feitas para serem quebradas. Acho importante saber obedecer e desobedecer também, seguir a regra, mas sei deixar de questionar a autoridade. Ser vaquinha de presépio é complicado (citação natalina). 

Quanto ao que engorda, há explicações científicas para o fato de alimentos calóricos serem mais interessantes para nosso organismo. Mas acho que essa coisa do prazer proporcionado pelo que é ilegal, imoral ou que engorda é muito cultural também: aquilo o que a mídia, as tribos e a sociedade dizem que é bom e vale o risco - seja o de ser preso, ficar mal visto ou simplesmente engordar.

Talvez tudo o que é bom seja ilegal, imoral ou engorde mesmo - o que não significa que o que não seja ilegal, imoral ou que engorde seja necessariamente ruim.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Realize-se!




Algumas de nossas escolhas até são delineadas pelas expectativas dos outros, mas nem sempre é assim, acho que muitas vezes só preferimos corresponder às esperanças alheias a revelar nossa vontade contrária, porque é cômodo não incomodar, porque dá trabalho subverter.

Mas olha, se a vontade é comer um pouco mais enquanto o mundo está de dieta, por que não comer?! Só faça um favorzinho pro mundo, assuma os “riscos”, de comer ou não, por exemplo, porque no fim das contas é você mesmo o seu próprio juiz.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Joguei a toalha!


“Há muito me perdi entre mil filosofias
Virei homem calado e até desconfiado
Procuro andar direito e ter os pés no chão
Mas certas coisas sempre me chamam atenção
Cá com meus botões, bolas eu não sou de ferro”


Sabe quando você tenta fazer tudo certo, pensa mil vezes antes de agir, procura agradar a todos, se preocupa com os outros, com os sentimentos alheios, calcula cada passo que dá para ver se vai ser o correto?

Então... Isso CANSA!

Tem hora que há tanta coisa em minha cabeça que a única coisa que eu consigo fazer é jogar tudo pro alto e agir sem pensar. Parece que é o único jeito de me libertar um pouco das minhas “nóias”.

Falando em uma linguagem mais chula, há horas que preciso ligar o “foda-se”, afinal, não sou de ferro!


domingo, 11 de dezembro de 2011

PoBREma Meu


Tema da semana: Ilegal, imoral ou engorda (música).

Se faço alguma coisa sempre alguém vem me dizer

Que isso ou aquilo não se deve fazer



Existem muitas coisas que devem ser feitas e muitas coisas que não devem ser feitas, mas acredito que cada um sabe daquilo que deve e não deve ser feito pela sua própria pessoa. Quando se trata das grandes coisas, beleza que brotem palpites por todos os lados... Mas morro de preguiça dos palpites a respeito das pequenas coisas.


Briguem comigo, ou me orientem, quando eu for preconceituosa, quando eu cometer um crime contra o mundo, quando meu comportamento estiver magoando pessoas em série, ou quando eu estiver jogando minha vida fora ao mesmo tempo em que sujo seu tapete, ou gritando de um modo que te dê dor de cabeça...


Mas não me venham com discursos sobre a vida desorganizada que eu levo, sobre o quarto bagunçado em que eu durmo e o carro sujo que eu dirijo... A não ser que você more na mesma casa que eu, que minha vida mude a sua completamente, que você seja meu pai, minha mãe, ou que vá casar comigo (haha)... Caso contrário, você não tem nada a ver com as pequenas coisas que compõem o meu cotidiano.


E se o que eu gosto é Ilegal, Imoral ou Engorda, deve ser problema meu... Afinal, quem é que vai ser presa? Quem é que vai ficar desmoralizada? Quem é que não vai caber nas próprias roupas?

Aliás...

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Solidariedade

Tema: Coisas boas do Brasil

Entre tantos pontos positivos que eu ainda consigo enxergar nesse país, o que mais me dá orgulho é esse: a solidariedade do nosso povo. Não fiz nenhuma pesquisa pra estabelecer aqui uma comparação entre o Brasil e outros países nesse aspecto, mas reconheço nos brasileiros uma capacidade incrível de estender a mão ao próximo. E não estou falando de campanhas da TV como o Criança Esperança ou o Teletom - que acredito que têm seus méritos, porém não irei discutí-los aqui - mas do tipo mais simples de ajuda. Aquele tipo de ajuda que você dá ao seu vizinho, ao colega de trabalho, ao deficiente visual que precisa atravessar a rua ou mesmo ao seu melhor amigo.

Um exemplo que cai muito bem a esse assunto, são as campanhas solidárias de natal que existem em todos os lugares. Várias pessoas se mobilizam para ajudar aos que precisam e eu acho que essa é a maior prova de que somos uma nação feita de pessoas que valorizam o ser humano, apesar de tantos pesares. Somos representados politicamente por seres humanos que nem sempre se preocupam com a dignidade do nosso povo, mas existem pessoas que fazem questão de usar um pouco do seu tempo para se dedicar a alguém que está numa condição inferior e precisa de apoio.

Na semana passada eu recebi um email de um conhecido que está organizando uma campanha solidária para ajudar um asilo, uma creche e uma escola da minha cidade natal, Congonhas. Um grupo de amigos que está se mobilizando para arrecadar doações para essas instituições e fazer o natal dos velhinhos e das crianças mais feliz. Na mesma hora respondi confirmando minha ajuda e fiquei muito feliz em poder dividir um pouco de carinho e atenção com alguém que tanto precisa. O ato de doar uma roupa, um alimento ou um brinquedo para outra pessoa vai além: junto com o bem material ou a comida vai um abraço, um carinho, um sorriso. E acima de tudo, a mensagem de fé, de força, de coragem, de esperança. No fim das contas quem doa acaba ficando tão feliz quanto ou até mais do que quem recebe a doação.

Além das campanhas natalinas, o ano inteiro vemos outras campanhas com o intuito de ajudar a quem precisa. E em muitas vezes não é preciso nenhum recurso financeiro, apenas uma dose de boa vontade. O pouco que doamos pode ser muito a quem recebe. É essa força solidária que nos une e constrói um país melhor, apesar de tantas diferenças.  

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Com muito orgulho, com muito amor


Tema: Coisas boas do Brasil

Eu poderia falar muitas coisas sobre o potencial econômico, ambiental e político do Brasil, citar alguns dados, mas resolvi falar das coisas simples que vejo no dia-a-dia morando fora do meu país querido.

Quando vou ao banco aqui na Espanha, normalmente existe um caixa eletrônico e um ou dois atendentes no máximo! Pelo caixa eletrônico só posso sacar dinheiro ou ver meu extrato, não há as opções de transferência, recarga de celular, depósito e pagamento de contas, por exemplo, que temos no Brasil. 
Nos restaurantes, bares, supermercados e até mesmo nos lugares turísticos, é muito raro ser recebida com um sorriso. Pelo contrário, parece que qualquer cliente que aparece está atrapalhando o comerciante, fazendo-o trabalhar, e assim te tratam com a maior estupidez que pode imaginar.  Em uma Espanha em plena crise, todo o comércio fecha durante a tarde para a “siesta”, famosa dormidinha depois do almoço, que aqui dura 4 horas!

Não há aqui ou em qualquer outro país que já fui aquele sorriso brasileiro, o esforço para tratar bem seu cliente, a “mímica” para ajudar os estrangeiros, o esforço para manter seu trabalho, seja ele qual for.
Também não há nos países da Europa toda a higiene que temos no Brasil. Aqui a pessoa que prepara a sua comida é a mesma que recebe o seu dinheiro, sem luvas ou qualquer tipo de cuidado, como lavar as mãos. Assuar o nariz e depois continuar fazendo a sua comida é normal. Não é como na maior parte dos lugares no Brasil em que se usa toucas e luvas em restaurantes. Na glamorosa Paris, por exemplo, cruzamos com um rato no meio do Mc Donald’s. E para as pessoas que estavam lá, parecia normal aparecer o animal em um estabelecimento como aquele.

Serviço odontológico é muito caro por aqui, raras são as pessoas que têm os dentes certos ou até mesmo uma simples higiene bucal.

E para fugir um pouco dos costumes das pessoas, posso falar da música brasileira. A variedade de estilos que temos é demais, nossos ritmos são contagiantes. Não há um estrangeiro que não me fale de Tom Jobim. Nós temos o samba, a bossa nova, a MPB, estilos únicos.

Sei que o Brasil ainda tem muito para melhorar, e que esses outros países que citei têm muito a nos ensinar. O povo brasileiro tem que evoluir. Mas a energia que tem o Brasil, eu nunca senti em nenhum outro lugar do mundo. Sou suspeita para falar, por ser brasileira, mas a verdade é que todos os estrangeiros que conheço são apaixonados pela alegria brasileira, pena que às vezes nos esquecemos de valorizá-la. 

sábado, 3 de dezembro de 2011

O que está acontecendo?


2011 foi o ano do Facebook. Milhares de pessoas migraram do Orkut para lá, ou aqueles que não usavam mais a ferramenta do Google resolveram dar uma chance à  rede social criada por Mark Zuckerberg  também.

Uso o Facebook desde o ano passado, mas minha conta é “antiguinha”. Confesso que tive e ainda tenho resistência quanto a ele, não publico mil coisas no meu mural, só links que eu gosto. Tinha meu Tumblr habilitado para que as postagens fossem direto pra lá, mas o bichinho do bom senso me picou e eu tirei esse aplicativo.

Mas o intuito do texto de hoje é perguntar: o que está acontecendo com o Facebook? De uns tempos pra cá vejo mil e um compartilhamentos de “em Goiás é assim”,O melhor do melhor do mundo” e mais recentemente ainda fotos contendo pedofilia, escatologia, aborto (ou bebês abandonados), pessoas violentadas. Tudo isso é COMPARTILHADO, ou seja, fulano clica e distribui aquele tipo de conteúdo para os contatos. Então eu me pergunto: quem, em sã consciência, acha que a foto de uma criança ESPANCADA, sangrando, conscientiza a respeito da violência infantil?

Não bastasse isso ainda vemos ideias preconceituosas, opiniões que nem precisariam ser divulgadas, ali, piscando em nossa página.

Você me diria que é simples excluir as pessoas e seus compartilhamentos, cancelar assinatura ou sei lá o que... Mas para muitos um simples excluir pode causar quase uma terceira guerra mundial. As pessoas se sentem ofendidas se você cancela a assinatura delas, mas não pensam que nos sentimos ofendidos com esse excesso de cultura (?) inútil explodindo na nossa cara o tempo todo. Não é fácil.

Desculpem o desabafo. 


sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Porque a música brasileira morreu. Onde que eu não vi o cortejo passar?

(ou Das coisas que me irritam)

Alguém me disse certa vez ou passei eu a vida toda dizendo: não é porque você não vê que determinada coisa não existe. Exemplo clássico: ar. Exemplo do momento: a boa música nacional da atualidade. Basta que o ar se desloque que percebemos vento e sua força. Basta que a gente desloque se desloque da zona de conforto para ver (e ouvir) a música e sua força.

Longe da grande mídia, vêm surgindo novas bandas, compositores e cantoras de primeira. E o que as pessoas sabem fazer é reclamar que o rock nacional morreu, que a MBP morreu e que estamos num estado catastrófico no qual não existe mais boa música nacional.

Mas eu adoro contrariar e sempre acabo esbarrando com coisas encantadoras. Eis alguns exemplos:




 

 



 

Claro que as minhas sugestões são coisas que têm a ver com o meu gosto musical. Fato. Mas pelo que ando fuçando sobre gêneros musicais, tem para todos os gostos. O segredo é desligar a tevê e buscar outras fontes. Se bem que mesmo na tevê dá para encontrar coisas bem interessantes. Fica a dica.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Sobre escrever








Não me lembro de quando foi que comecei. Sei que as notas das produções de texto na escola sempre foram boas. E guardo até hoje uma medalha de um concurso de redação. E guardo também os boletins com as notas vermelhas de matemática. E de repente, veio a internet e essa coisa de diário virtual. E aí eu me apaixonei. No início, meio sem jeito, sem graça, sem assunto. Devagarinho fui me despindo da timidez e me vestindo de palavras, me enfeitando de reticências, exclamações e interrogações. E fui conhecendo outras letras, outros diários e aos poucos, entrando nesse universo alternativo chamado blogosfera. Hoje, me sinto em casa. Ainda guardo alguma timidez, alguma falta de jeito e vez ou outra repito os assuntos ou fico sem nenhum.

Encontro inspiração pras baranguices que escrevo no meu cotidiano e nas caraminholas da minha cabeça. E às vezes misturo uma coisa com a outra. No Transbordando, rola muita coisa minha. Muito sentimento, muitas perguntas, poucas respostas, algumas alegrias, algumas angústias, poucas lágrimas, muitos sorrisos e sonhos infinitos. Aqui, no Meninas, sempre precedida por um tema, cada semana é um desafio. Às vezes, a D. Dai faz a gente quebrar a cabeça e juntar tudo denovo pra ver se sai alguma coisa. E no final, acaba saindo! E eu sempre me surpreendo com o que consigo expor e mais ainda com a repercussão disso e as diversas opiniões e discussões que surgem a partir de uma ideia. Gosto da forma como algumas palavras minhas podem tocar o outro e fazer o outro refletir ou até se emocionar com o que me emociona. Isso se chama identidade. E a identidade entre leitor e autor é feito mágica. É lindo! Brilha, pisca, reluz.

Às vezes me chateia quando vem alguém e diz: "isso foi pra mim?" "Isso foi pro fulano?" "Isso aconteceu ou você inventou?" Preferia que não existissem esses questionamentos. Preferia que isso não importasse tanto. Mas entendo a curiosidade das pessoas e sei também que isso faz parte do processo de identidade com o texto, que é o que me fascina. O que importa é que sendo ficção, sendo baseado em fatos reais ou verídico, é meu. É meu pro mundo. É o que sai de mim e que eu gosto de dividir com os outros com uma pergunta implícita: acontece com você também? Escrever é o que eu mais gosto de fazer. E eu agradeço a vocês que me lêem pela paciência. Agradeço à Dai pela oportunidade. E agradeço às meninas pela companhia. E espero ficar por aqui, por quanto tempo for possível, porque isso aqui tá uma delícia!