terça-feira, 31 de julho de 2012

diga-me o que sentes, e eu te direi: poxa!!!

Tema: existe dignidade na dor?




Sempre que ouço alguém dizendo que fulano está se fazendo de vítima, eu me pergunto: será? A pessoa não pode realmente ser uma vítima? Não merece mesmo nenhuma consideração a versão de um arrasado? Não pode alguém querer um colo, ou vários, em um momento de dor? É superior, então, aquele que sepulta seu sofrimento num sorriso público e reserva seu pranto ao travesseiro nas madrugadas, àquele que se “esvai em lágrimas” à luz do dia?
Sei não. Só sei que não me sinto digna de mensurar a dignidade (ou falta dela) de uma dor que não sou eu quem sente.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Existe dor na dignidade?


Tema da semana: Existe dignidade na dor?







Dizem que eu ando perdendo muita coisa por aí. Concordo, já perdi um monte: perdi a chave de casa, perdi um caderno, perdi uma blusa, perdi o celular, perdi uma caneta, perdi a cabeça (de que adianta estar colada no pescoço?), perdi alguns amores, perdi alguns amigos, alguns anos, dias, horas, perdi até um pouco da dignidade e o respeito. Da vida aprendi isso, a gente perde e ganha, claro que ganhar é mais saboroso, mas do perder a gente guarda uma lembrança que fica muito mais forte do que tatuagem de chiclete.

Da dignidade digo que nunca a perdi sozinha. Quando perco a dignidade vai um pouco mais, deixo também o juízo, o amor próprio, a coragem, o respeito, a chance de ficar calada ou vai-se o medo, a vontade e até um pouco do que jamais pensaria em ser e fui. Do que ganhei quando perdi a dignidade foi um pouco de dor. Então pra mim é assim, existe dor na dignidade.

E todas as vezes que preferi me calar diante da dor foi para que de alguma forma conseguisse restaurar a minha dignidade. Calei para que conseguisse ser digna de mim e dos sentimentos que estavam acompanhando a minha dor. Então é, existe dignidade na minha dor, uma dor que serve de aprendizagem, considerando todas as minhas perdas, considerando o que de mim restou. Uma dor e uma dignidade que são carinhosas, construindo o que de mais forte, pode haver em mim. 

domingo, 29 de julho de 2012

Dignidade é para os fortes.


Tema da semana: Existe dignidade na dor?



Nem sempre tenho dignidade na dor, reconheço. Contudo, acredito que o mundo está cheio de pessoas mais fortes que eu, que sabem ser dignas em situações complicadas... Há quem não se entregue ao drama diante das rasteiras da vida, há quem se levante diante de dores fortíssimas, sejam de amor, sejam do corpo, sejam da perda. E de tanto ver tanta gente que continua digna sofrendo de dores muito mais fortes que as dores que experimentei, eu posso afirmar: há dignidade na dor... Mais nas dores alheias do que nas minhas, mas há.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Porres homéricos

Tema: cachaça e suas variações de sentido.

Não sou muito de beber - o que não quer dizer que eu não tenha uma postura ébria diante de certas coisas. Ah sim! Certas coisas pareciam me deixar quase fora de mim.  Qualquer coisa docinha e ficava alta. É isso? Que raios de resistência era essa que eu tinha à bebida? Resistência nula. E aí você se embriaga com a primeira meia dúzia de coisas agradáveis que te apetecem. Muito maduro.

Sei lá, é bom estar fora de si de vez em quando. O corpo solto, a mente livre. Mas eu vejo o preço que a gente paga por baixar demais a guarda, por decidir mudar a regulagem do auto-controle. Porque o meu auto-controle é uma coisa realmente fora do sério - que de nada adianta se vai mais álcool do que aguenta o fígado.

Hoje eu escolho o que me deixa alta, sem os pés no chão, flutuando, leve. Cuido melhor do meu fígado metafórico, que tem que durar muito ainda. Escolho minha bebida, porque não quero dor de cabeça mais tarde. Não quero o prazer primeiro, sabendo que a dor vem logo em seguida. O contrário eu até toparia. Mas mesmo assim... Porque certas coisas deveriam ser de mão única ou, pelo menos, mais bem dosadas.

Entretanto, acho que nos últimos anos, aprendi a beber. Chega de porres homéricos. Chega de sujeira. Chega de drama. Pois é. Acho que eaprendi a dosar bem: cachaça e água de coco.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

A marvada

Tema: cachaça e suas variações de sentido.



É Zé, nem eu acreditei quando vi. Mas foi desse jeitinho que te contei. A danada me enganou direitinho, Zé. Saía toda tarde dizendo que ia na casa da cumadre rezar o terço. Ah, safada! Desce mais uma da brava aí que hoje eu preciso beber pra esquecer.

 - Vai devagar que essa é marvada hein, Tião.

Marvada? Marvada é aquela sem-vergonha, Zé. Oh ódio que eu tenho naquela mulher. Precisava disso? A vergonha que eu passei, Zé. Eu não merecia isso não. Dei tudo o que ela sempre quis. Enchia ela de presente no fim do mês. Em casa tudo sempre do bom e do melhor. E como foi que ela me pagou? Me deu de troco um par de chifres! Desce mais uma, Zé, que remédio de corno é cachaça da boa. Tem que beber pra esquecer.

- Tião, vai com calma. O mundo vai acabar não. Cachaça não faz homem nenhum esquecer mulher. Pra esquecer mesmo, só quando arrumar outra.

Outra? Pra que outra? Pra me dar o mesmo destino de corno manso? Todo mundo sabendo, Zé. Os vizinhos tudo rindo da minha cara, pensa bem! Quero arrumar mulher nessa vida mais não. Minha mulher agora, minha companheira é essa branquinha mesmo. Que essa aqui não me decepciona, Zé. Essa aqui eu bebo, ela me deixa feliz e me faz esquecer do que eu não quero lembrar. Desce mais uma aí Zé. E pode caprichar, que hoje eu tenho que beber pra esquecer.


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Cachaça e uma explosão de limões #receitinha

A questão central da vida é: existe vida após o álcool?

Brincadeiras à parte, eu sou super a favor de vez em quando se tomar uma bebidinha pra dar uma relaxada, uma curtida, bater papo com amigos e dar risada.

Daí eu separei essa receitinha super fácil pra vocês e se você clicar aqui você vai ver outras receitas bem legais usando cachaça.

Fonte: Aqui.

Frita uma panceta, faz um arroz temperado, um feijão gordo e couve pra acompanhar e se joga!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Toma essa cachaça, Cinderela!


Tema: cachaça e suas variações de sentido.




Encantou-se ao vê-la na fila do cinema envolvendo os dedos em seus cachos dourados. Não resistiu. Aproximou-se, e assistiram juntos a uma comédia romântica. 

Ele não quis se despedir ali, então a convidou para beber alguma coisa em seu apartamento. Ela se conteve um pouco, mas aceitou. 

Já no ap, entre um gole e outro, ele notou a cor intensa do esmalte que ela usava.

_ Vermelho “maçã-envenenada”. Ela disse sorrindo acanhada, e baixou o olhar.

_ Posso provar?

_ Claro! Estendendo-lhes os dedos.

E foi sua última lembrança. Acordou sozinho doze horas depois em seu apartamento vazio. Nem mesmo a Lili, sua gatinha vira-lata, ela deixara para que lhe lambesse as “feridas”.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Eu tomo pinga


 Tema da semana: Cachaça









Eu tomo pinga
Eu não sei o que é melhor pra mim
Eu tomo pinga
Mesmo já sabendo o que vai dar no fim
Eu tomo pinga
Será que eu tô gostando de viver assim?
Eu tomo pinga
Será que isso é bom ou ruim?
(Pinga – Pato Fu)

E dizem que no fundo do copo encontra-se a pessoa amada, neste caso não é necessário a ajuda de cartomante e nem de simpatias para trazer de volta o amor. A solução é rápida e nem sempre eficaz: beber para que o amado (a) não morra afogado (a) no fundo do copo. Até porque o plano é afogar a mágoa e não quem se ama.

Darei aqui meu depoimento sincero sobre a bebida. Digo pouco da cachaça porque me falha a memória, no sentido mais clássico da palavra: cachaça me falta a memória e desce queimando a minha garganta e apesar de, me faz rir. E eu não recuso felicidade.

Confesso que de cachaça mesmo, eu não entendo nada. De beber eu também não entendendo e acabo passando por cima daquele recado da televisão em que o moço diz rapidamente ‘Beba com moderação’. Até porque, a bebida não me deixa moderada e este negócio de medida, prudência, cautela, não é comigo e nem com a cachaça.

domingo, 22 de julho de 2012

Declaração de Amor

Tema da semana: Cachaça. 



Eu te amo e nossa relação é pra vida inteira. 
Meu fígado não vai nos separar, te prometo. S2

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Definições

Tema: É como se fosse, mas não é.

É como se fosse amor, mas não é. Então é o quê? Era o quê? Achei a carta que escrevi para te mandar quando você terminou nosso namoro por telegrama - para estar noivo uma semana depois. 

Não era amor: nem seu, nem meu. Era temor? Amortemor? Medo de ficar sozinho. Medo da solidão. Medo de não saber lidar consigo mesmo. Era medo então?

É como se fosse medo, mas não é. Não achei nenhuma das cartas que você mandou, porque você não mandou. Só uma foto 3x4. Nela, é como se você fosse sério, mas não era.

Talvez seja rejeição. Orgulho ferido. Essa história de você implicar com as minhas roupas e falar de como as meninas te olhavam cobiçosas. Tudo gratuito. É como se você me quisesse como sua mulher, mas não queria. É como se você fosse homem, mas não é. É apenas um menino. Um menino lindo, mas um menino. Apenas.

 É como se fosse vidro moído, mas não é, mas me machuca. Vidro moído é areia que passa pela ampulheta. Vai logo e passa. Me deixa passar. Deixa o tempo me levar.

É qualquer coisa que me dói por dentro, por eu não saber o que houve de errado. É como se fosse de verdade, mas não é. É como se fosse pra valer, mas nada parece valer a pena. É como se eu ainda esperasse de mim todas as definições para o que tivemos. Mas dor é dor e não preciso me explicar.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Se foi


 Tema: É como se fosse, mas não é.


Era como se eu o conhecesse há anos. O jeito que ele olhava minhas mãos e o suspiro dele dentro do meu abraço. Era como se eu fosse toda dele e de mais nenhum outro. O jeito como ele me pegava sorrindo ao vê-lo através do espelho do quarto. Era como se fôssemos amigos de infância. Ele me contando que adorava leite com toddy, que bebia todas as manhãs. 

Era como se fosse amor. Mas acabou. 


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Vaga para escrever aqui no Meninas! #Vem

Nós estamos como uma vaga para escrever no blog. Se você gosta de escrever e tem facilidade com temas pré-definidos, tem disponibilidade de escrever uma vez por semana, curte o blog e a ideia de fazer parte do nosso grupo, faço um comentário aqui!

Essa oportunidade não é para você mas conhece quem se encaixa direitinho nela? Compartilhe com sua amiga/namorada/peguete!


Você também pode enviar uma mensagem inbox em nossa página do facebook: veja o post aqui.




OBS.: Já encontramos uma improvável, é a Talita Ghiotti!

terça-feira, 17 de julho de 2012

o primeiro.

Tema: é como se fosse, mas não é.




Fora a primeira viagem, o primeiro pôr-do-sol na praia, o primeiro sim depois de um anel. E achou que era pra sempre, só que não.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Então é o que?


Tema: É como se fosse, mas não é.









É como se fosse cócegas, mas não é. É como se fosse um suspiro, mas não é. É como se fosse falta de ar, mas não é. É como se fosse taquicardia, mas não é. É como se fosse um elevador na boca do estômago, mas não é. É como se fosse transbordar, mas não é. É como se fosse uma nova vida, mas não é. É como se fosse coisa de cinema, mas não é. É como se fosse um doce, mas não é. É como se fosse dança, mas não é. É como se fosse escrever no diário, mas não é. É como se fosse surpresa todo dia, mas não é. É como se fosse fazer sol amanhã e depois, mas não é. É como se fosse sorvete, mas não é. É como se fosse andar por aí de olhos fechados, mas não é.

domingo, 15 de julho de 2012

Das fugas mal sucedidas.


Tema da semana: É como se fosse, mas não é.



É como se fosse resolver tudo, sair, esquecer... Lembrar o quanto a vida pode ser boa longe daquilo que te tira a força, te torra a paciência, te causa dúvida. Mas não é... Porque um dia você tem que voltar. E quando você volta, está tudo lá, te esperando.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Um amor sem lugar

Tema da semana: A história da música "Conversa de Botas Batidas" do Los Hermanos


cena do filme Infidelidade


Se conheceram quando ele era noivo e ela ainda namorava. Ela ficou entusiasmada com a beleza dele. Ele gostava da cintura dela. Logo começaram os joguinhos e ela foi aos poucos, perdendo toda a vergonha. Ele se sentia mais jovem ao seu lado. Gostava das suas mãos delicadas e da sua boca faminta. Ela se sentia uma deusa ao seu lado. Gostava dos seus olhos infantis e de como ele se perdia entre suas curvas.

 - Você vai acabar com a minha vida! 

Era tudo que ela queria naquele momento. Aquilo lhe dava uma sensação de poder irresistível. Ela ficava excitada e o beijava com ainda mais vontade. Mas ela não queria acabar com a vida de ninguém. Nem com a dele, nem com a dela. Ela queria era viver. 

 - Meu casamento está marcado.

Não era o que ela queria ouvir. Mas ela não tinha como mudar aquilo. E nem queria. Ela não poderia ser responsável por uma escolha tão importante. No fundo, ela sabia que aquilo não era o mais importante pra vida deles. Ela aguentou o tranco e levou sua vida em frente. A relação dos dois esfriou, mas ainda havia alguma coisa entre os dois. A saudade aparecia vez ou outra de um jeito impossível de esconder. 

Eles passaram a se encontrar vez ou outra. Ela esquecia o mundo nos braços dele. Ele viajava no corpo dela e já não conseguia pensar em outra coisa, nem em outra pessoa. Ele queria aquilo todos os dias. Não tinha mais porque nem como esconder sua felicidade. Ela só pensava em se divertir. Ela só queria dele o que ele podia lhe dar de bom. 

Não perceberam o tempo passar. Ela foi aprendendo a relevar a culpa que sentia quando precisava mentir e desligar o celular. Ele arrumava sempre um jeito de escapar da desconfiaça da mulher. Os dois foram construindo uma vida juntos, mas nunca conseguiram se priorizar. Nunca tiveram coragem de assumir seus sentimentos além daquele quarto de hotel. Havia o medo de que um vivesse desconfiado do outro, caso resolvessem se casar. Havia o medo de que toda a paixão se acabasse, quando resolvessem viver uma verdade. A relação deles era perfeita daquele jeito. Não existiam cobranças, não existia ciúme. Quando estavam juntos não tinham tempo pra outra coisa a não ser se amarem. 

Até que um dia o destino os colocou contra a parede. Chegou o momento em que precisaram escolher entre aquele amor ou o resto. E foi então que eles perderam o controle e o amor foi mais forte que a vida.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Deixa o moço bater que eu cansei da nossa fuga


Eu achava essa história mais bonita. Mas hoje não, hoje e há um tempo que eu me pergunto porque a maioria das relações se baseiam na conveniência e não no amor. Como a Ana B escreveu no post passado, com tantas opções, se hoje pode-se escolher, por que as pessoas não escolhem o amor?

O casal da história da música meio que escolheu o amor de alguma forma mas também escolheu o anonimato. Vai saber o porquê, acho complicado isso, por que também não permitir que a pessoa com quem você está mas não deseja mais encontre alguém que a deseje como agora você deseja outra pessoa?

Boa parte dos casais vivem juntos porque é menor o custo. O casamento passa a ser uma sociedade em que é permitido transar com o sócio (de vez em quando) e não mais que isso. Continua-se junto porque é mais barato dividir aluguel, contas e tal do que morar sozinho. E mais, como assumir o fim de um relacionamento? Parece ser assumir uma falha, um erro, um fracasso. Pessoas continuam juntas pela vergonha do que os outros vão pensar se elas se separarem. E isso é um erro, uma relação acabar não é um fracasso, fracasso é continuar com alguém que você não ama mais ou sabe que não é mais amado. Fracasso é olhar para o lado na cama ao acordar e se perguntar onde foi parar o que você sentia no começo e admitir que nem conhece mais quem se deita ali. 

Relações não terminam porque deram errado. Terminam porque deram muito certo - até ali.

Eu não sei o porquê de o casalzinho viver às escondidas por tanto tempo, não sei o que diziam para os seus respectivos parceiros, não sei quase nada, mas sei que se cansaram e tiveram coragem para morrer mas não para viver a vida que queriam. 

terça-feira, 10 de julho de 2012

a conversa dos filhos*


Tema da semana: a história da música "Conversa de Botas Batidas".




_ Então, Tadeu*, a mamãe já sabe? 

_ Sempre soube, Bia*. Ela sempre soube!

_ Sério?

_ Ahã!

_ Agora entendo aquele olhar triste! E você algum dia desconfiou?

_ Não, o velho era bom no que fazia.

_ Ele teria sido melhor se não tivesse deixado sua coragem só pro fim.

_ Será?! Indaga tristonho.


*nomes fictícios, e a conversa também.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Conversa da batida

                                                  Tema da Semana: A história da música "Conversa de Botas Batidas".






Das conversas de fim de noite entre a Dai e eu.

Nara fazendo biquinho para o lado e jeito de decepção, olha pra Dai, que brinca com o canudinho da batida de morango. Dai diz:

- Que bebida mais frouxa, Nara.

Nara pensando na frouxidão, responde:

- Veja você, onde é que o barco foi desaguar.

- Nem me fale, a gente só queria um amor. Deus (Deeeeeeus?) parece às vezes se esquecer.

- Ai não fala isso.  Como diz a música, Dai, se eu peco é na vontade. Tem erro? Vai ver Deus tá focando é no pecado.

- É que a gente gosta do estrago, Nara. Do que tira o ar, do que faz ser vida. A gente tem mania de deixar a janela aberta, de deixar o sol entrar e nem adianta o moço bater dizendo que a casa tá caindo. Diz aí, quem é maior que o amor?

- Pois é, eu já cansei dessa fuga faz é tempo. Desde quando amor tem que dar ruga? A vida não é mesmo passageira?

- Que preparem a avenida, estamos passando.

A bebida acaba, ouve-se o barulho do canudinho lutando contra a última gota. Bateu-se a bota da batida. 

sábado, 7 de julho de 2012

Escolher o amor





Quando a chefa do Meninas Improváveis definiu o tema dessa semana fiquei pensando em um assunto que foi abordado pela Carol semana passada: a liberdade de escolha. 

Talvez pareça viagem, mas é isso que penso quando ouço a música Conversa de Botas Batidas e lembro da história do casal que a inspirou. Dois velhinhos, apaixonados, mas casados com outras pessoas. Porque tanto tempo vivendo uma vida dupla?

Sabe-se lá... Mas como eu tenho um coração de pedra que pende pro romance,  sempre tento acreditar que, se eles se amavam, traíram os conjugues apenas porque estavam presos em um modelo social conservador. 

Há um tempo não muito distante, os pais muitas vezes escolhiam os casamentos dos filhos. Além disso, o divórcio não era simples, nem aceito. Ainda que continue não sendo amplamente aceito, hoje é mais fácil vislumbrar a felicidade após a separação... Em linhas gerais, boa parte dos ocidentais tem liberdade de escolher o amor, e não o mais conveniente.

E sim, eu acredito no amor. Pasmem! A Carol mesmo chegou a achar que eu não gostaria desse tema... Não sei se é a imagem de durona que muitas vezes as pessoas tem, apesar dos meus post´s emo aqui no Meninas.. 

Justamente esse meu lado sentimental é que me faz desprezar tanto a maioria dos relacionamentos atuais... Eu não entendo como, em um mundo de tantas escolhas e opções, as pessoas ainda escolhem se relacionar por medo da solidão, por sexo, ou por conveniência, ao invés de escolher o amor.  Isso é uma coisa antiga, as pessoas faziam porque não tinham liberdade de escolha... nós temos!

Eu curto minha solidão. Já senti meu coração acelerar umas duas vezes nessa vida, e abriria mão de estar só pelas pessoas envolvidas... Mas só nesses casos. Não entendo porque abrir mão da minha solidão para ocupar o espaço na vida de uma pessoa que não me interessa, porque ela me acha interessante. Relacionamentos precisam de reciprocidade, eu estaria “ocupando” um espaço que poderia ser melhor ocupado e viveria uma relação baseada em um sentimento inexistente. A gente não cria sentimentos... A gente pode se aproximar da pessoa e esperar o sentimento chegar, mas as vezes ele não chega. 

Enfim, meu coração romântico acredita que, diante da possibilidade de escolha, de uma sociedade relativamente livre, o casal da música não teria morrido abraçado na clandestinidade, mas viveria abraçado diariamente. É isso que eu escolho pra minha vida. E se eu não achar o amor, desculpa, mas não vou substitui-lo pela conveniência.

Ainda falta respeito


                         Tema da semana: Qual é o papel da mulher na sociedade pós-moderna?

“Enquanto o homem e a mulher não se reconhecerem como semelhantes, enquanto não se respeitarem como pessoas em que, do ponto de vista social, política e econômico, não há a menor diferença, os seres humanos estarão condenados a não verem o que têm de melhor: a sua liberdade.”(Simone de Beauvoir)

Certa vez, passei a tarde escutando um ex-colega de serviço falar sobre mil coisas que o tornavam mais macho e que faziam de mim uma mulherzinha. Explico: tudo o que eu dizia, ele retrucava com um “é porque você é mulher”. Gosta de tal filme? Não? Porque você é mulher. Assiste UFC? Gosta? Não? Porque você é mulher. Após o ser listar 50 coisas que opiniei e dizer que eu achava isso porque sou mulher eu meio que me desliguei da conversa, fiz de conta que não estava ouvindo muita coisa (coloquei o amiguinho no mute com meu controle remoto mental, na verdade), porque né, tenho mais com o que me preocupar e ultimamente tenho dado 10 reais pra entrar em uma briga, mas pago mil pra sair dela. Quem me conhece de perto sabe que essa história de macho dominante não cola comigo. 

Vira e mexe me lembro desse episódio com certo asco, descrença. Fico pensando nessa questão de gêneros e valores, de como as coisas eram, são e provavelmente podem ser. O que dizer sobre a mulher hoje em dia? Qual o seu papel?

Se traçarmos um paralelo com o que acontecia antigamente, são notáveis as conquistas femininas. Antigamente não podíamos votar, não tínhamos poder em casa, a função feminina não passava de cuidar do lar, dos filhos, lavar, passar, cozinhar. Vez ou outra uma mulher se destacava em funções ditas incomuns. No entanto, não podemos dizer que hoje a mulher é extremamente valorizada, se olharmos a sociedade como um todo. Sim, ela assume posições políticas que antes nem imaginávamos (oi, Dilma), trabalha, toma conta de si, não precisa ficar presa a uma relação como acontecia tanto antigamente. Mas se olharmos com cuidado, vemos que essas mulheres que vão à luta ainda são uma parte muito pequena e que ainda há muito a ser feito.

Ainda temos que dar de cara com mulheres objetos, exibindo seus corpos em comerciais de cerveja, programas como o Pânico, tendo todo o seu valor resumido a peitos e bunda em páginas do Facebook (sim) ou blogs como o tal Testosterona (eca). No bairro ao lado muitas vezes a Maria apanha calada por achar que o João tem razão de chegar bêbado e nervoso porque o jantar não está pronto.  Sei de outros casos de pessoas não tão distantes que só se consideram boas mulheres porque servem bem os ditos maridos e namorados, que não aceitam dividir a conta, pois isso é “função do homem”, bem como conheço homens que acham que se a menina transa no primeiro encontro é fácil, é biscate, piriguete(?). E quando me deparo com essas coisas me dá uma preguiça de viver que vocês não fazem ideia.

Não sei a quem culpar nesses casos, nem o que poderia de fato ser feito. Mas é certo que só viveremos numa sociedade mais justa quando a mulher for vista com mais respeito. A partir daí teremos relações mais saudáveis, despidas de puro sexismo. Enquanto isso, faço meu papel, deixo neandertais como o colega do começo do texto falando sozinhos e vou construindo meu caminho sem necessariamente precisar de um macho alfa para me ajudar a trilhá-lo. 

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Porque a Barbie é uma boboca!

Tema: O que uma mulher pode querer?

Se a saia é curta, ela é puta
Se a saia é longa, ela é crente
Então saia como bem se entende

(Frau Forster)

Deixa o outro com a vontade que quiser de fazer o que quiser. Eu só faço o que quero. Deixa o outro me desejar com as mãos, com os olhos, com a saliva. Não me responsabilizo pelo que desperto nele. Deixa me verem como quiserem, que das minhas contas e dos meus contos sei eu.

Sou consciente, inteligente, independente, eleitora, crítica, motorista, psicóloga, briguenta. E bruxa, toda mulher tem um pouco de bruxa, esse poder que muitas relegam por um "grande amor", por conveniência ou por qualquer outro motivo bestificante. Sabe esse poder que toda mulher tem, mas nem todas esbajam? Pois é...

Adoro as cartas na mesa, o jogo limpo:

- Olha, assim não serve, assim não dá.

Adoro saia curtinha, adoro tomar a iniciativa, adoro pagar minhas coisas. Adoro minha firmeza, minha racionalidade doída, meu poder de decisão. Adoro meu corpo fora dos padrões e adoro mudar o cabelo - do jeito que eu quiser, como eu quiser. Cabelo longo faz sucesso com os homens? Ah é mesmo? Tesoura despreocupada e despreendida.

Porque se a minha vontade não pode imperar sempre, pelo simples fato de vivermos em sociedade, eu a faço valer sempre que posso. Por  que quem é que acha que vai mandar em mim?

O slogan da Barbie era Barbie, tudo o que você quer ser. Mas ela não é, nunca foi nem nunca será tudo aquilo que nós poderíamos querer. Ela está muito aquém do que qualquer uma de nós pode realmente ser e quem não percebe isso, bom, meus pêsames - essas parecem pôr a perder anos e anos de mais conquistas que ainda não chegaram onde deveriam.

Então hoje, eu olho para o meu armário e escolho a saia que quiser, para sair como quiser, com quem quiser - e só se quiser.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

O poder é nosso

Tema da semana: Qual é o papel da mulher na sociedade pós-moderna?
Estamos em 2012. Hoje a mulherada faz e acontece. Trabalhamos, apesar de ganharmos menos do que os homens, em muitos casos. Podemos escolher com quem vamos nos casar, se vamos nos casar e quando vamos nos casar. E se não der certo, podemos nos separar. Sem medo de sermos tachadas como uma "separada" e todos os cruéis adjetivos que podem vir por trás desse rótulo. E podemos até fazer a loucura de nos casarmos de novo. E de novo. Podemos escolher se vamos ou não ter filhos. E quantos, e quando. E com quem. Escolhemos além dos sapatos, das roupas e do corte de cabelo, todas as coisas da nossa vida. E as opção são muitas. Se multiplicam, assim como as cores de esmaltes disponíveis no mercado. 
Tá, não é bem assim. Ainda existe muita mulher que está presa ao machismo. Tem muita mulher que apanha do marido, que é abusada pelo chefe, que é controlada pelo pai conservador e ignorante, que sofre agressões na rua por usar uma saia curta e preconceito de todas as partes por cada escolha que faz. Mas a coisa já foi bem pior. E ainda que existam inúmeras formas de agressão e preconceito à condição feminina, existem meios de pedir ajuda.  Existem saídas. 
Ao meu ver, a maior conquista das mulheres até hoje é essa: o poder de escolha. Esse poder tem um valor imenso pra quem até alguns anos atrás, já nascia com a vida totalmente premeditada. Existia um roteiro certo do qual não podíamos fugir. Estudar apenas o básico, aprender a lavar, cozinhar, passar e costurar, no máximo. Casar, ter filhos, envelhecer ao lado do marido e morrer. Agora até podemos fazer isso, se quisermos. SE QUISERMOS! Essa é a grande diferença. 
Claro que com essas novas possibilidades de escolha surgem as consequências. E nós estamos aos poucos aprendendo a lidar com cada uma delas. Cometemos alguns erros, claro. Ainda pagamos alguns micos e nos perdemos às vezes, entre tantas cores de esmaltes opções que temos pela frente. Acredito que o mais grave deles é a tentativa de nos igualar aos homens. Achamos que seremos respeitadas quando aprendermos a coçar o saco. Mas isso é ilusão! Não precisamos ser iguais a eles. Pra que? Podemos ser mulheres e termos nosso lugar. Não precisamos ocupar o deles. Tem vaga pra todos nesse mundo. Nós temos o poder. Se eles quiserem, podem ficar com a força. 

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Pare de me dizer o que fazer e vá trepar

Tema: O que uma mulher pode querer?

Eu sei que dizem que mulher falar trepar é feio. Com certeza não encontrarei um bom partido depois disso. Moças de família fazem amor, não trepam. Porque quem trepa é planta, macaco, até cachorro na cadela trepa, mas pessoas não.


E mulheres também não bebem, porque também é feio. Pois bem, se você entre um gole e outro de cerveja ou uísque disser que vai trepar, você estará no grau 10 de pessoas descartáveis, mas isso se você for mulher, se você for homem você pode sacudir o saco junto que será motivos das maiores gargalhadas. Seus amigos rirão sozinhos muito tempo depois dizendo: Pedro é foda. Mas se você quiser beber, peça batidinhas, aquelas coloridas com guarda-chuvas, que essas são bem aceitas, porque claro, todo mundo sabe que batidinha é coisa de mulher.

E mulheres também não trepam por prazer. Sempre estão muito apaixonadas, não não, estão amando, será o futuro pai dos filhos delas. Nada de achar que vai poder sair uma noite pensando: hoje to num tesão, que vontade de trepar, acho que vou ligar pro Zeca pra dar umazinha sem compromisso.

Opa.

Você já está sendo completamente errada falando trepar, falando em trepar e ainda falando em trepar sem compromisso porque está com tesão e prefere dar umazinha a se masturbar, assim será excluída eternamente da lista de moças respeitáveis.

435077 O Ponto G existe segundo pesquisa O Ponto G existe, segundo pesquisa

Masturbar também não pode porque isso é coisa de puta. Onde já se viu conhecer o próprio corpo? Melhor coisa é fazer amor infinitamente e torcer para uma hora o seu príncipe acertar como que é bom para você. E rápido, porque nos três minutos que ele dá conta é complicadinho descobrir sozinho, viu? (perae, estamos falando de sexo dentro do casamento, ok?).

E nunca, nunca transe no primeiro encontro. Não adianta, homem não valoriza mulher que dá no primeiro encontro. Segure algumas vezes, menos que seis encontros não é seguro. Não, ele não é bipolar porque implora pra te comer mas se você dá ele te descarta porque você não vale nada, isso é ser homem, machismo é outra coisa. Eles transam no primeiro encontro e é normal, querida, é normal porque ele sabe que sabe separar a pica dele do resto. Ele é um cara pra casar, ele tenta comer, se alguém der ele sai no lucro, só isso.

Não ia tocar no assunto porque todo mundo sabe: jamais faça sexo anal. Jamais! Você morre de vontade e curiosidade? Não importa, guarda pra você. Uma mulher que se preze sabe que só se brinca na frente, se ele quiser atrás, que procure uma puta, porque essas sim fazem isso.

Meu lado feminino diz o contrário disso, mas ele deve ser feio também assim como falar trepar, trepar, trepar por prazer, beber e fazer sexo anal.






segunda-feira, 2 de julho de 2012

Meu lado mulher


Tema: Existe  feminismo nos dias atuais? Ele é necessário?  Por quê?






Ela disse que costumava ser durona e forte.  Disse também que tais características eram do seu lado “machista”. Em seguida acrescentaram: Por que não do lado feminista?

Ser forte é ser homem? Aguentar firme é ser homem? Chorar não é coisa de homem? Abrir a lata de azeitona é coisa de macho? Se eu consigo seguir sozinha e sou convicta dos meus ideais, eu sou homem? Ai meu Deus, eu sou um homem?

E se eu faço o que quero com meu corpo no horário em que eu bem entender com ou sem alguém, eu sou homem macho? Se eu trabalho fora, ganho o meu dinheiro e pago sozinha as minhas contas, quer dizer que meu lado homem está afloradíssimo e eu perdi assim, aquela minha delicada feminilidade?

Então eu sou homem, doutor?

Pois não, sou mulher e das melhores. Sou mulher na biologia, na psicologia e quem sabe até nos estudos mais modernos sobre sociedade. Sou mulher das mais belas e das mais decididas (ainda que perca horas escolhendo a roupa que irei usar), das mais independentes e inteligente. Sou dessas corajosas. Sou mulher e feminina. Entende? Meu lado forte não é masculino, é feminino mesmo, é coisa de mulher.

domingo, 1 de julho de 2012

E disse a moça de família: machismo não existe.


Tema: Existe feminismo nos dias atuais? Ele é necessário? Por quê?




Esses dias vi no meu facebook uma imagem dizendo que o machismo mata, vocês acreditam? Ri muito! Aí, entrei na página que publicou imagem, e me perguntei: em que mundo essas meninas vivem? Tinham muitas mensagens dizendo que o machismo existe, que as mulheres também podem ser machistas, que o assunto é grave, que toda mulher deve lutar por isso... Sendo que todo mundo sabe que violência contra mulher é coisa de pobre. Até o nome da lei: Maria da Penha. Maria da Penha não é nome de empregada doméstica? Vocês não viram na novela? Muito engraçado. Sem contar as putas, com aquelas roupas horríveis na marcha das vadias. Mostrei pra minha amiga Patrícia, gente.. Elas deviam ter feito algo mais glamour, já que queriam atenção, né?! Enfim, não quero saber disso de feminismo não. E quando elas falam que estão lutando por todas as mulheres, eu tô foraaaaa! Que coisa chata, parece terrorismo!

Outra coisa. imagina se alguma mulher poderia ser machista! Eu nunca fui. Meu pai sempre me tratou como uma princesa e minha mãe me ensinou a me valorizar, não sou que nem essas piriguetes, ou essas feminazis. Estou estudando, porque sei que pra arrumar um bom marido, que me trate bem como meu pai trata minha mãe, não posso ser ignorante. Já arrumei o pretendente, na verdade. Um partidão, José Henrique. Lindo, inteligente, já se formou, trabalhador... Termino a faculdade em um ano, e nos casaremos. Vou ficar noiva mês que vem! Tô super ansiosa! E a mãe dele?! Ai que sogra maravilhosa. Uma vez por semana temos ido olhar apartamentos, o pai dele vai comprar de presente de casamento! Um luxo! Mas minha sogra que vai escolher, claro. O José Henrique me disse que a mãe dele adoraaa, decoração, e acho super justo. Ela tem muito bom gosto, e eu não posso negar nada que o José Henrique me pede, porque ele faz tudo pensando em mim! Já escolheu até o nome dos nossos filhos... Não vejo a hora de ser mãe! Ficar em casa com meus lindinhos.. E tendo me formado, vou poder ser uma mãe melhor. Minha mãe foi ótima, não estou julgando, apesar dela ter só segundo grau, é que tanta gente me pergunta: "Vai colocar o diploma na gaveta?". Mas gente, quem disse que eu fiz faculdade pra trabalhar?

 Até já cogitei a hipótese, mas isso foi antes de conhecer meu noivo. O José Henrique vai poder sustentar a casa, me dar presentes... Ele adora que eu vá ao salão, me arrume, fique linda pra ele. Conversamos a respeito de eu me formar e trabalhar, antes de ter filhos, e ele disse que não precisa. Que sou muito linda e ele vai ficar com ciúmes dos meus colegas de trabalho! Não é um fofo?  E depois, não quero ficar pra titia... Demorar pra ter filhos. Imagina se minha cunhada engravida antes de mim? Faço questão de dar o primeiro netinho ao meu sogro, ele vai adorar um menininho! Depois quero ter uma menina... 

O difícil é esperar um ano inteiro pra casar! Como me valorizo, faço jogo duro com meu noivo. As vezes perco a cabeça, já quase fui pra cama com ele uma, ou duas vezes, eu quase cedi, mas resisti porque não sou puta... Tá, talvez tenham sido três vezes. Mas ele me respeita, não é nada machista. Então ele não força a barra, sempre. Só de vez em quando, que ele bebe demais, fica meio bravo. Só que eu entendo, né! Homem é diferente de mulher, muitos hormônios! Ele não faz por mal... Uma vez meu braço ficou roxo quando eu neguei e ele ficou nervoso, me segurou com força, mas não foi nada! Eu tinha pó na bolsa, antes de chegar em casa eu disfarcei, e nem doeu. É normal o homem ficar assim mais nervosinho, quando fica  muito tempo sem sexo, ele força a barra porque é louco por mim. Por isso eu faço vista grossa quando ele sai com umas pervas, alivia essa tensão dele, e como todo mundo sabe, homem tem outras necessidades, é natural que eles precisem dessas aí de vez em quando. Meu pai mesmo, deu suas puladas de cerca, mas sempre foi um ótimo pai e marido, minha mãe nunca reclamou e nunca faltou nada lá em casa.

Agora tenho que ir, porque meu irmão vai me dar uma carona pra faculdade. Meu irmão é um partidão, você conhece? Acredita que esses dias uma feminazi não quis ficar com ele na balada... Ai, ri muito, da idiota quando meu irmão me contou. Meu irmão só chegou nela porque achou que ela era mais feminina, quando viu que ela não gostava de homem, ele me disse que já parou de encochar... Mas a menina fez um escândalo, chamou o segurança da boate. Fiquei chocada! Ainda bem que o cara da boate entendeu meu irmão, se a menina tava de saia curta, na rua as 2:00 da manhã, como meu irmão ia saber que ela era feminazi? Que não gostava de homem? Só não comenta com a namorada dele, viu? Adoro minha cunhada! Vou lá, porque se não perco a aula.. Meu irmão já tá buzinando! Não vejo a hora de casar com o José Henrique, ele disse que vai me dar um carro! Quero dirigir! Papai não me ajudou a tirar carteira, porque ele diz que é mais seguro que o meu irmão dirija. Já o José Henrique é um sonho, disse que eu vou poder dirigir, desde que não ande a noite!