sábado, 30 de abril de 2011

Quem sai na chuva é para se molhar !

     No meu caso, o difícil é sair na chuva, tomar uma decisão, justamente por não saber quais serão as conseqüências de determinadas escolhas. Não tenho só um pé atrás e sim o corpo inteiro. Confesso que isso me prejudica e ao contrário de muita gente, penso muitas vezes antes de dar qualquer passo em direção a chuva.
     Por outro lado, quando a escolha é feita e saio na chuva, com certeza não me preocupo em levar o guarda-chuva, e sim, eu encaro a água, o vento e os relâmpagos, pois é nesse momento que assumimos a responsabilidade e os riscos que estávamos dispostos a correr quando a escolha foi feita.
     Todavia, muita gente não é assim, muitos fazem escolhas sem se preocuparem com as conseqüências e essas ficam boiando como lixo em dia de enchente, só esperando um obstáculo que o faça parar, e assim os riscos que eram primeiramente seus, são transferidos, sem chance de escolha, para uma outra pessoa.
     O que mais me indigna é que existem muitas pessoas com essa mentalidade e com um caráter tão sujo e irreciclável que passam seus lixos para frente sem nenhum pudor ou preocupação. Porém, eu tenho alguma esperança, pois acredito que toda ação tem sua reação, por isso o que antes, era somente um saco de lixo domiciliar pode retornar ao seu malfeitor como lixo nuclear, assim descartando qualquer chance de reutilização daquela escolha láááá atrás feita.
     Então, se for sair na chuva esteja certo que um resfriado é possível, mas que no fim das contas, um antigripal resolve isso rapidinho !

sexta-feira, 29 de abril de 2011

"Quem sai na chuva é pra se molhar"

Não me lembro da primeira vez que ouvi esse dito popular, só lembro de olhar pela janela algumas vezes enquanto chovia. E a vontade de sair na chuva - e se molhar - era grande.

Eu sempre fui muito na minha, nunca fui de grandes multidões nem de grandes desafios, era discreta até demais. Mas não demorou pra eu entender do que se tratava o dito: a mudança veio com a adolescência e com as paixões que a acompanharam.

Na verdade, foram poucas, mas, apesar da minha timidez, da minha insegurança e de todas aquelas coisas próprias da idade, eu sempre me lancei na direção do que queria. Sempre saí na chuva para me molhar, para dar a cara a tapa. Claro que há sempre o risco de gripe, pneumonia e até coisa pior. Mas ninguém morre de amor - nem de gripe. Quer dizer, acho que há controvérsias nos dois casos, mas não é disso o que estou falando.

Estou falando de correr atrás, de lutar por aquilo o que se acredita, de arriscar... Sabendo que sempre pode dar tudo errado! Acho que é por isso que eu gosto desse ditado: ele te dá a chance de fazer o que você quer, mas de modo consciente, porque as coisas podem não sair exata ou minimamente com a gente espera.

E isso me lembra outro ditado ainda: "Quem não arrisca, não petisca". E acho que vale sempre arriscar - o que não significa ser trouxa, né? Mas deixar coisas por fazer, não tentar, não ousar... Nossa, que vida sem cor, sem graça, sem viço, sem nada, sem vida...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

O pior cego é aquele que não quer ver

Ninguém gosta de ser iludido. Quando nos percebemos iludidos por alguém, a mágoa é inevitável. Descobrir que tudo aquilo em que acreditávamos não era real, é frustante e dói muito. Daí surge a repulsa, a raiva. Se um dia adimirávamos aquela pessoa, agora ela não significa mais nada. Ou ainda, passamos a desprezá-la. 

Mas e quando somos nós mesmos, que cometemos essa crueldade conosco? Que nos fazemos acreditar em alguém, inventando desculpas esfarrapadas para atitudes alheias. Às vezes a pessoa nem se dá ao trabalho de inventar uma desculpa melhor, ou uma resposta qualquer. Mas estamos lá, para justificar suas falhas e nos deixar iludir com nossas próprias deduções completamente ilógicas.

Acontece com aquele rolo que sempre arranja uma desculpa. E só parece estar disponível pra você quando ninguém mais está disponível pra ele. Acontece naqueles famosos casos em que um dos dois tem namorado(a), noivo(a), esposo(a) e nunca prometeu nada à(ao) outra(o), mas essa(e) outra(o) insiste em acreditar que um dia ele(a) vai ser livre. Acontece com aquela menina que espera que o namorado deixe o cigarro desde o primeiro mês de namoro, mas já se passaram anos e ela ainda espera que um dia (quem sabe depois do casamento?) ele consiga largar o vício por ela. 

Não, não adianta mentir para nós mesmos. Há coisas e pessoas que nunca vão mudar. Inventar uma desculpa pro descaso daquele cara, pro telefone que não tocou no dia seguinte, ou pra mais uma mentira descoberta só vai prolongar um sofrimento. Só vai alimentar ainda mais tudo o que não nos agrada no outro. 

Enfim, há momentos em que o que resta a fazer é enxergar a realidade. Entendê-la e aceitá-la. E então, decidir o que fazer com ela, mas dessa vez preservando a verdade. Sem ilusões inúteis. Sem sofrimentos gratuitos. 

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura

A persistência nem sempre é uma virtude. E a persistência nem sempre é movida por ideais elevados, sublimes. Aliás, a persistência, muitas e muitas vezes, é movida pelo egoísmo. Nada além de provar que consegue. Que chega lá. Que pode. Que o poder é seu.

Não é.

Saber desistir é uma dádiva. Saber RECONHECER quando é preciso desistir que é uma dádiva, na verdade. Todo mundo tem uma turbina que a move, umas menores outras maiores. Algumas turbinas são turbinas do medo. Outras são a turbina da vaidade. Ainda há a turbina do amor. A turbina da religiosidade. A turbina do sonho. A turbina do desejo. São muitas turbinas.

E dependendo dessa turbina, do impulso que permitimos que elas nos dê, nós vamos rumo ao objetivo. E batemos, batemos, batemos até que possamos ver um rachado, um friso que seja. E nos orgulhamos. Tiramos uma lasca da nossa pedra-alvo. E a turbina gira e continuamos batendo, batendo. Em algumas batidas, olhamos para a turbina e para a pedra. Olhamos para todas as consequências e de certa forma sabemos que aquilo não vale a pena. Mas como se não pudesse parar. Como se não existisse essa possibilidade, a gente se deixa ao sabor das turbinas.

Esse ditado fala da força da água, em como ela bate, bate e consegue furar a pedra. A gente logo imagina a água do mar contra uma rocha a desgastando (e o gerúndio não podia ser mais apropriado). Mas isso é uma balela. Não acredite nessa farsa. Pense bem, a rocha é a mesma, está lá há tempos. Mas e água? Será que é a mesma água ou aquele imenso mar não está em contínua mudança pela evaporação e chuvas?

Somos tentados a achar que somos fortes e podemos insistir em um erro apenas porque podemos fazer isso. Mas esquecemos que somos fluídos como água, sensíveis como ela. A água que bate na rocha também sofre o impacto. Ela pode ficar em poças na rocha e secar.

Saber se retirar no momento certo – ser rocha em firmeza, mas saber escorrer como a água.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Em terra alheia todo touro é vaca


Adoro esse, ele não me parece tão conhecido, principalmente na prática, mas adoraria que fosse.

Dá para imaginar quanto estrago não seria poupado se as pessoas tomassem “sitocól” antes de entrar em reinos que não lhes pertencem?!

Dá, né?! Afinal, quem não tem pelo menos uma história sobre inconvenientes, tipo aquela visita que passa de bem-vinda a um encosto que critica os hábitos do seu santo lar; ou aquela sogra que acha que pode interferir na casa do filhinho...?!

Mas e qual seria a solução para esse problema?

Eis meus toques singelos:
  1. Não convidar ou aceitar amigo sem-noção em sua casa;  
  2. Presentear seus sem-noção com as dicas de etiqueta de Glorinha Calil;
  3. Pendurar na parede de seu lar uma plaquinha quase desenhada dizendo assim: “o hóspede se adapta ao reino e não o reino ao hóspede!”
E caso não surta efeito, procure um especialista (entenda como quiser). 

;P

segunda-feira, 25 de abril de 2011

"O que os olhos não veem, o coração não sente"

E não sente mesmo. Como é que você pode se machucar, se preocupar, ou ficar triste por algo que nem sabe que ocorreu? Apesar de todas as coisas malucas que imaginamos, há coisas que simplesmente desconhecemos, e não temos a menor ideia de que aquilo realmente possa ter acontecido.

Mas será esse um motivo para fazermos tudo o que quisermos, desde que seja escondido? Até hoje não sei bem o que pensar sobre isso. Não sei se o fato de fazermos coisas erradas sem ninguém saber, anula qualquer dor que outra pessoa possa sentir por isso. Também não sei se muitas vezes esse famoso ditado é usado apenas como desculpa para que nossa consciência não pese ao fazermos aquilo que morríamos de vontade, mas não podíamos contar a ninguém...ou a alguém. Acho que acredito mais nessa minha segunda hipótese. Deve ser por isso que me sinto tão mal ao machucar alguém, sem nem mesmo essa pessoa saber que está sendo machucada.

Às vezes, parece-me que esse ditado virou uma verdade universal. Quantas vezes não fizemos coisas que não devíamos, ou vimos pessoas fazendo tais coisas e, como uma justificativa para tais atos, dissemos apenas: "O que os olho não veem, o coração não sente" - saindo ilesas.

Particularmente, prefiro ignorar ditos populares como esse e, simplesmente, não fazer nada que tenha que esconder das pessoas que gosto. Porque, se um dia, por acaso, esses olhos virem, o coração sentirá e muito!

domingo, 24 de abril de 2011

Quem vive de passado é museu.

E nos últimos meses ouvi mil vezes: “o que você vai fazer em Cuiabá?”.

E eu respondia que ia assistir um casamento, e um casamento em que não serviriam álcool, e todo mundo olhava com compaixão, como se fosse horrível. Bem, não foi.

E vim, e assisti um casamento lindo, de uma amiga linda, cercada de amigos lindos. Revi todo mundo, e eu fotografava, e olhava as fotos e achava todo mundo lindo. E voltei a ser, pelo menos por um dia, a adolescente lá de Jataí, que ria de tudo, fazia graça pra todos e era o ser humano mais atrapalhado das redondezas. E revi amigas com quem mantenho contato, ainda que estejamos em mundos diferentes, que eu não tenha mais as mesmas crenças que elas.

E o reencontro se deu aqui, em Cuiabá, uma cidade estranha para todos nós, quente para todos os gostos, mas que carrega mais ainda do meu passado. Aqui eu vivi alguns anos da minha primeira infância, e estou postando justamente do shopping onde eu dava minhas voltinhas no carrossel, dos 2 aos 4 anos. O casamento foi numa chácara na mesma estrada onde meus pais tinham um sítio em que cheguei a morar, onde eu tinha uma vaquinha de estimação chamada Adriana, um cabrito chamado chocolate e uns 7 cachorros, os dobermans Diana, Magno, Bilu, Magno Filho e Bruma, e duas vira latas, a Peninha e a Lessie, e, finalmente no fim, a gatinha Mimi . Os noivos vão morar justamente no prédio onde meu avô morou. Eu já passei na porta do colégio onde estudei, e assim que entardecer, vou passar pelos prédios onde morei... Talvez seja muito passado para um feriado só, mas é bom ainda assim.

Porque não sou museu pra viver de passado, mas nem por isso vou perder o prazer de visitá-lo, e aproveitar as lembranças boas daquilo que passou.

E, vinte anos depois, amei Cuiabá.

sábado, 23 de abril de 2011

Primeiros Passos

     Genteee que tema difícil para mim. Eu sou uma das que menos sabe desse mundo de blogs. Sou um bebê por aqui e sem sabedoria inata, :P. E tudo o que sei foi influência do Meninas, pois foi por ele que fui apresentada a esse mundo de partilha de sentimentos e opiniões que contagiam qualquer um que faz o primeiro login. E eu só poderia dividir essa culpa com um outro blog que eu acompanhava e acompanho junto do Meninas. Esse blog e a pessoa que escreve nele foram o meu andador no começo e hoje ainda são o que me ajudam frequentemente tanto na minha vida online quanto quando estou off. A minha sugestão, então, é o Baú da Dai ou qualquer um dos textos que ela escreve por ai, em tantos outros blogs. Adoro o jeito que ela escreve e a vontade que ela tem de expressar a sua opinião. São textos com ritmos que te levam e que você pede mais. E para quem a conhece pessoalmente, sabe até as caras que ela faz quando escreve determinada palavra, hilário.

Fica a dica então.

Ótima Páscoa a todos !


PS: Dai, gosto de chocolate branco, :P.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Canto em silêncio

No período que estive na faculdade, tive a chance de fazer bons amigos e conhecer pessoas extremamente talentosas. E uma delas é Vinícius Barqueiro. Em seu blog, Canto em Silêncio, o qual acompanho, podemos encontrar desenhos, aforismos, contos... Tudo com muita sensibilidade e grande clareza de espírito. Eu particularmente prefiro os contos, que sempre me fazem refletir e repensar minha pacata existência.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Lá é primavera

Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar
Em todas as mesas, pão
Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos, os destinos
E essa canção
Tem um verdadeiro amor
Para quando você for

 Marisa Monte, Pedro Baby, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes

Quando eu li no email o tema da semana, não tive dúvidas. Logo me veio a cabeça: Jaya. Assim como todas as outras meninas que já postaram, eu também tenho vários blogs a indicar. Alguns até já foram citados essa semana aqui. Mas a Jaya é especial pra mim. Porque eu conheci suas Líricas, bem no comecinho de minha aventura bloguística. E foi aí que eu me encantei. A cada nova postagem dela, eu tenho uma overdose de suspiros. Quando o texto acaba, eu fico enlouquecida querendo mais. Jaya vicia. E quando ela some, eu fico inquieta. Parece que ela faz de propósito. E aparece de repente, dando notícias em seu vilarejo todo enfeitado de carinho. E me faz mais uma vez, implorar pra que ela escreva um livro. Vai ser, com certeza, o livro mais lindo.

Bom... não vou me demorar mais aqui com palavras que jamais servirão para descrever o quanto tudo o que ela escreve é lindo. Então corram lá, pra conhecer o Líricas, da Jaya.

Um beijo.
:)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

A Céu Aberto - da Boca

Indicar um blog é tarefa tão fácil, afinal, são tantos que leio que não faltam opções. No entanto, o problema reside bem aí. Com tantas opções como escolher um? Daí eu me lembrei dos bons tempos do A Céu Aberto – da Boca, um blog que eu escrevia com mais seis meninas sob o cuidado da Luna Sanches, muito conhecida nessa blogsfera.

Daí eu pensei que, para homenagear toda essa história, nada melhor que indicar os blogs das pessoas que ficaram na minha vida um tempo precioso, cheio de mudanças e muito divertido.
Então vamos lá.

A Luna Sanches escreve no Palavras apenas momentos, e tem o mérito, entre outros, de fazer sempre postagens interessantes e constantes. Cada atualização você pode dar um pulo lá porque vai ser uma leitura agradável, sem sombra de dúvida (ela está tirando uma folguinha, mas logo logo volta).

A Nara escreve no A falta que a falta faz, sempre textos lindos e doces, como ela, aliás.

A Déia tem seu consultório online...brincadeira, mas seus textos sempre trazem uma reflexão sobre o dia a dia. Dê uma conferida: Depois do Divã.

A Menina Misteriosa tem um blog homônimo, vá lá e confira a saga do Romualdo, um danadinho que está sofrendo cada desfecho... seja curioso e vá ver o fim do pobre lá no Menina Misteriosa.

Tem a Miss!!! Que é Miss em seu universo próprio, lá você encontra textos cheios de paixão. O blog dela transpira: Miss Universo Próprio.

A Dani tem um blog com vários trechos e músicas de outros autores. Eu já conheci autores lindos lá e músicas que eu ainda não tinha ouvido. O blog dela é o No limite das Palavras.

Cada uma de um lugar, diferentes entre nós (mas nem tanto), mas dava certo, viu? Tenho saudades.


terça-feira, 19 de abril de 2011

Bem dita aqui também

Gostaria de citar vários nomes, porque esse mundo bloguístico é vasto e tem coisa boa que só por aí, mas eu não daria conta de comentar sobre tantos blogs, então como a escolha precisa ser feita, super recomendo as poesias, micro contos e imagens belíssimas postadas alí ó, no Benditas Palavras Bem Ditas, que além de textos de altíssima qualidade, tem uma figura pra lá de simpática que assina Fernand's. 

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Du contra

Bom, eu ainda sou nova nesse mundo de blogs. Não conheço muitos, e há pouco tempo comecei a escrever aqui no Meninas. Mas há um blog que tenho certeza que posso recomendar de olhos fechados - http://du-contra.blogspot.com
Não só por ele ser escrito por um dos meus melhores amigos, que eu amo tanto, Zeca, mas por suas ideias sempre diferentes - de uma boa maneira. Foi um dos primeiros blogs que comecei a ler, anos atrás. O Zequinha me mostrou que pessoas com pensamentos diferentes dos seus podem se parecer mais com você do que você imaginava.
Em particular, gostaria de comentar sobre seu último post, em que fala sobre nossas escolhas. Como cada uma delas, mesmo a menor e mais insignificante possível, podem afetar nossas vidas de uma maneira definitiva.
É estranho quando paramos pra pensar que se tivéssemos saído um minuto antes de casa, nosso dia poderia ter sido totalmente diferente; que se não tivéssemos bebido aquele último copo de cerveja, não teríamos perdido todo um dia de ressaca; que se tivéssemos colocado uma blusa diferente, aquela menina não teria parado pra falar com você e vocês nunca seriam tão amigas como hoje; que se não tivesse prendido o cabelo aquela noite, aquele menino jamais repararia em você...
São tantos detalhes, que se pararmos mesmo pra analisar cada um deles, enlouqueceríamos. O que devemos fazer é tentar escolher as opções que nos soam mais razoáveis sobre nossa vida. O resto que acontecer, é resto...destino talvez - coisa que até hoje não sei se acredito, mas vive me surpreendendo.
Enfim, leiam o blog do Zequinha, ele andou meio parado, mas agora voltou com tudo! =)

domingo, 17 de abril de 2011

Quem canta seus males espanta, quem escuta também.

Olá, pessoas!

Esta semana estamos indicando blogs, aqui no Meninas Improváveis. Não consegui escolher um blog só, queria indicar o Ao perdedor as pancadas, mas tinha também o Coisas e Coisas, as Palavras de Luna, o Abra o Bico, o Pensado e Contado, Eu e minhas sete vidas, o Respeite meus Mullets... e outros dos quais sou freguesa.

Mas aí pensei mais com meu lado pretensioso: porque escolher um blog se sou tão indecisa e propor uma leitura, se posso propor um estilo de vida?

Sabe o que é... Esses dias andei com saudades do tempo dos experimentos musicais, ando numa fase de muitas enxaquecas e por isso não tenho tido a vida com trilha sonora que eu tinha antigamente, tenho tentado retomar isso.

E uma coisa que me move, que me empolga, que me faz sorrir, é achar uma música nova, bem bacana, bem diferente, bem esquecida, bem alguma coisa que não seja lugar comum... Ter sempre algo novo para alimentar a curiosidade dos ouvidos, da mente, da alma. E como fazer isso sem a ajuda da dona interneta?

Mas só a interneta não facilita tanto, não é tão prático, tão delivery, tão mamão com açúcar... Se você quiser mamão com açúcar você procura blogs que indicam música, aí é só dar um click, fazer um download e experimentar algo novo.  Se você não gostar, você aperta o delete, mas se você gostar... Aí é no carro, na cama, na cozinha, na academia... A coisa não para, a música vai com você a todos os lugares.

Eu gosto de rock e de música alternativa, se vocês gostarem desses estilos, eu indico o blog Indi.E.Geste de onde baixei  meus amados The Raconteurs,  e o blog Songs, Ideas we Forgot, em que minha amiga Laila Mirella é a mais nova colaboradora, e onde tem o link para o álbum da banda Gloom, até então o meu álbum preferido de 2011. Caso gostem de outros estilos, googlem, procurem, musiquem-se!

E é isso.. ouçam sem moderação! =D

sábado, 16 de abril de 2011

Ainda há esperança !

      Para mim, a propaganda tem seu objetivo conquistado quando por meio de textos, seja a linguagem oral, escrita, imagética, etc, ela consegue transmitir a quem a vê uma vontade de fazer parte do que está acontecendo ali, vontade de pertencer àquele lugar, assim, dando uma sensação ao expectador de dependência do produto. Quando a propaganda consegue passar essas emoções e instigar “o tudo é possível”(mesmo que esse não seja) acredito que ela está sendo eficiente. E apesar de vermos por ai, muita, mais muita coisa ruim, ainda existem SERES abençoados na área da publicidade que conseguem fazer um trabalho criativo, inteligente e que alcança o seu público alvo e seus objetivos, efetivamente.
     A propaganda que escolhi, acho, mostra essas características que mencionei sem grandes problemas, e instiga o seu comprador em potencial a querer um Nissan para poder partilhar das mesmas coisas da propaganda.

Hope you enjoy !


Nissan - Naturalmente Capaz

sexta-feira, 15 de abril de 2011

"Porque de cerveja e mulher eu entendo!"

Foi aos doze ou treze anos que comecei a ficar chata. Não por causa da adolescência, mas porque nessa época eu realmente assistia TV e comecei a perceber qual era o nível das propagandas circulando na TV aberta.

Desde essa época eu praquejo por causa das propagandas de cerveja, pois durante muitos anos cerveja era associado a mulher. Mulher gostosa. Qual era a ideia: a de que mulheres e cerveja combinavam por serem gostosas e por serem conseguidas facilmente? Lembro de comentar com um amigo meu que mulher não gosta de bêbado nem de cara com barriguinha de cerveja, ainda mais agora quando estão cada vez mais exigentes.

Mas o que mais me chateava era que as próprias mulheres compravam a ideia e Juliana Paes, que não é exatamente o maior exemplo de emancipação feminina, foi "a boa" garota propaganda de uma marca de cerveja. Afinal, os bares estão recheados de bonitonas prontas para o flerte ou algo mais. E não há nada mais legal do que associar sensualidade à cerveja.



Felizmente a linha das propagandas de cerveja tem mudado, embora seja recente uma na qual um grupo de amigos está num churrasco e um cara "elogia" a irmã do amigo . O irmão fica chocado com o comentário (já que estavam falando da própria irmã), mas os outros concordam que agora eles estavam empatados, já que o irmão já tinha pegado a irmã do outro. Acho que no final, as propagandas de cerveja continuam estúpidas.

E eis o que me fica: Cerveja e mulheres, dois bens consumíveis. Até o último gole.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

"A vida nos deu tudo..."

Talvez a propaganda, em seu objetivo último - vender o produto - seja algo negativo. Uma coisa que faz você querer comprar. E ser fiel ao capitalismo, que vem nos transformando e nos fazendo um tanto irreconhecíveis, enquanto humanos. Mas será que não é humano ser fraco ao ponto de se deixar persuadir por uma boa propaganda? Ou será que elas, as propagandas, estão cada vez mais bem elaboradas e chegam a nos fazer pensar que realmente precisamos daquilo que brilha, dança, pula, fala à nossa frente?

Mas eu gosto bastante de propaganda. Algumas parecem filme. Outras, tão geniais! Tem também aquelas que fazem a música colar na nossa cabeça. E aquelas que nos arrancam um sorriso do rosto, mesmo depois de um dia cansativo e difícil? Tem propaganda que dá prazer de ver!

Essa, da Unimed BH é uma delas. É o tipo de propaganda que fala de seu produto de um jeito leve, que te faz sentir melhor. Se você já é cliente do plano de saúde, fica satisfeito e orgulhoso de fazer parte. Se não é, dá até vontade de ser. E o melhor dela é que nos faz refletir sobre coisas simples. E que muitas vezes não damos atenção. Coisas que estão ao alcance de todos nós.

Enfim, ela representa pra mim o tipo de propaganda positiva, que me traz coisa boa. E não mente, não força ser uma coisa que não é para vender o produto. Não insiste em levar ao consumidor, uma idéia que não vive, na verdade.

Espero que gostem da mensagem.

Um beijo.
:)

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Propaganda nova da coca-cola

A propaganda não vende apenas produtos, ela vende valores.

A propaganda já foi uma grande vilã. Já foi atribuído a ela o poder de não só vender o produto, mas vender a necessidade. É nas costas da propaganda que muitos jogam a culpa pelo consumismo desenfreado de nossos dias. Prima pela criatividade, domina a boa retórica, a boa propaganda seria capaz de fazer o consumidor confessar um crime. De fato, uma boa propaganda convence.

Eu gosto de propagandas.

A propaganda tem que ser entendida como ela é, uma veiculadora de valores.  Isso não pode ser esquecido. Como ela vê o produto que vende? Como ela vê o consumidor? Qual o contexto que ela está inserida? A propaganda, como a Ana B. demonstrou domingo, é reflexo de sua época (tirando as de creme dental e limpadores/aromas de vaso sanitário que são um horror e o mundo odeia).

A abordagem de uma propaganda demonstra o posicionamento de sua marca. Vejamos a coca-cola como exemplo. A coca-cola já foi, e ainda é, considerada o baluarte do capitalismo, juntamente com o Mc Donald’s. A coca-cola foi capaz de vestir o Papai Noel. Emprestou a ele sua cor e nunca mais ele trocou. Ela já não precisa mais fazer uma propaganda dizendo as qualidades de seu produto, como sabor, aroma, e etc., as pessoas já sabem. E o que ela faz? Ela veicula valores (independente de, de fato, serem seus). E quando ela veicula, ela associa. A coca-cola apregoa liberdade, esperança e mudança. É a mensagem do capitalismo atual. Um capitalismo que tenta ser domesticado. Que se preocupa com bem-estar e responsabilidade social e ambiental. A coca-cola exibe um mundo bonito que ela quer demonstrar que acredita. Ela também está na onda do sustentável. Eu não sou fã da coca-cola, nem ligo para refrigerantes, mas veja essa propaganda e perceba o porquê de uma marca se tornar grande.
                           

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Use camisinha

Alguém ainda tem dúvidas de que uma boa propaganda pode influenciar em muito as pessoas?

Quantas barbies ou bonequinhos dos power rangers que você já não pediu para seus pais comprarem após ver na TV?

Acontece que quanto mais velhas as pessoas ficam, mais difícil persuadi-las. Por isso, propagandas devem saber, principalmente, como abordar seu público.

Essa abaixo, pra mim, é um clássico de propaganda que conversa com seu público!rs

Parabéns, Ana B.!

domingo, 10 de abril de 2011

Nos anos 80 era moda.

Se o dono de uma marca aparecesse ao lado de uma modelo seminua na propaganda, você compraria?

Bom, eu não. Hoje em dia, acho que a maioria não compraria. Posso estar enganada, mas creio que não é comum o próprio dono participar como garoto propaganda do anúncio publicitário, exceto em alguns casos em que o cara possui uma trajetória brilhante de modo que seu histórico dê credibilidade à marca.

Nos anos 80 Luiza Brunet foi a garota seminua ao lado do empresário, confere só o que a @Tina_Lo me mostrou:



E não é só a modelo seminua e o empresário com cara de cafetão, é o cabelo da Luiza Brunet, o cós da calça, a pose, enfim, uma série de detalhes que dão a impressão de que faz 1 século e não quase 30 anos, que te fazem pensar: “meu, essa propaganda funcionou?”.

Não sei se funcionou pra Dijon ganhar mercado, mas funcionou pra eu rir quando vi a propaganda.

sábado, 9 de abril de 2011

Deixem a máscara cair

     Como todos já sabem, os brasileiros possuem uma fama de serem extremamente receptivos, amáveis, amigáveis, sempre de bom humor, além disso, por inatistas que somos, já nascemos sambando e curtindo o Carnaval aos olhos dos estrangeiros, não é? AHAM! Continuem se iludindo aqueles que ainda acreditam nisso!
     Quer dizer então que nenhum brasileiro tem um dia ruim? O sorriso nunca sai do rosto? O Carnaval dura o ano inteiro (tirando a Bahia, :P)? E todos vivem dele? Só a amor constrói? AHAM ! Senta lá Cláudia !
     Minha genteee, isso tem que parar, pois os alimentadores dessa farsa somos nós mesmos, brasileiros, que propagamos isso pelo mundo. E enquanto mantivermos esse pensamento, nossas relações lá fora só serão do tipo:

- Brazilian?
- Yes, yes.
- Oh, Show me the Samba, Carnival!

     Quer dizer então que não tenho o direito de NÃO gostar do carnaval e NÃO saber sambar? Fala sério!!! Temos que parar de refletir somente isso lá fora. Tudo bem, podemos ser tudo isso, mas somos MAIS também, temos defeitos que também determinam nossa identidade, temos dias ruins como os franceses, ficamos no vermelho como os argentinos, sentimos medo como os japoneses.
     Vamos alimentar coisas diferentes e nos valorizar mais, vamos mostrar que nos interessamos por coisas que fazem mais a diferença, por que enquanto o Brasil inteiro samba, o mundo se move para um caminho nada agradável onde o Carnaval não foi convidado.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Era uma vez o Sr. Otário e seu burrinho

A gente confunde tolerância com condescendência. As duas ali, juntas, próximas, muitas vezes se mesclam e fica difícil definir em que pé que se está. Excesso de tolerância é veneno. O respeito ao livre-arbítrio do outro não pode interferir de modo nocivo no meu livre-arbítrio.

Perdoar não é ser otário. Mas se eu me permito enganar mais de uma vez pela mesma pessoa, talvez eu devesse rever certas coisas. Minhas companhias, por exemplo. O mesmo vale naqueles casos em que se vive situações similares com pessoas diferentes: errei e sofri da primeira vez e o que vou fazer na segunda? Repetir tudo de novo? Ser leal a alguém que simplesmente não é digno dessa lealdade? Aí é escolher o caminho da auto-flagelação, porque é isso o que vai se acabar fazendo.

Há coisas que são intoleráveis e cada um sabe o que pode tolerar/suportar. Bom, nem sempre sabe, na verdade e é por isso as pessoas sofrem. Acredito que em 70% dos casos em que alguém nos faz algum mal ou nos faz sofrer é porque nós permitimos. E me incluo nesses 70%, porque às vezes queremos ser amáveis, legais, agradáveis, prestativos ou simplesmente não queremos entrar em conflito ou ser rejeitados. E topamos qualquer coisa, sem ponderar o que aquilo vai nos custar. Depois, mais sóbrios (ou sofridos?) ponderamos arrependidos: Onde fui amarrar o meu burrinho? Se nos conscientizamos disso e não caímos na mesma da próxima, bom para o burrinho. Do contrário, se alimentamos pessoas que vão querer sugar nosso sangue/ energia/ amor/ dinheiro, bom, azar o nosso - e do burrinho, que esperará omisso a onda de um Tsunami  arrebatá-lo.

É preciso aprender a dizer "não". Crianças precisam de muitos "nãos" e nós também. Estamos numa cultura em que se cultua o "sim" e ninguém sabe ouvir "não", ninguém sabe/ pode/ quer se frustar, como se isso fosse a pior coisa do mundo. Não, não é: a gente erra, cai, quebra a perna, conserta o fêmur e depois continua. É simples, embora dolorido. Claro que a dor depende mais uma vez de cada um, tem a ver com o que cada um dentro de si e não com a gravidade da fratura.

Temos que aprender a nos impor, pois o preço/peso da permissividade é alto demais, na minha opinião. E estão inclusos os amigos, a família, os(as) namorados(as), os colegas de trabalhos, os prestadores de serviços, os atendentes etc.

Por que não posso respeitar o outro e ser igualmente respeitada? O fato é que o respeito é algo que se conquista dia-a-dia e algo que deve ser reconquistado continuamente. Do contrário, as relações entre as pessoas tendem a piorar, pois todo mundo vai achar que pode fazer/ dizer o que quiser. Bom, muitas pessoas já fazem/ dizem, e a culpa disso é muitas vezes nossa, porque tolerância pode se confundir com condescendência. E a condescência é a irmã gêmea da omissão.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

O "herói"

Na semana passada, perdemos o ex-vice-presidente José Alencar. Depois de sei lá quanto tempo doente, sei lá quantas internações e sei lá quantas cirurgias, ele morreu. Tinha câncer. Lutou contra esse câncer por bastante tempo. A cada notícia de mais uma internação sua, todo mundo pensava: agora vai! Mas não, ele resistia e, para a surpresa de todos, continuava vivo. Surpresa principalmente por se tratrar de uma doença que em geral, leva ao óbito muito rápido. Parece que basta apenas descobrir que se trata de um câncer, fazer algumas sessões de quimioterapia, retirar um nódulo e... pronto! A pessoa não resiste, o câncer atinge outros órgãos, gera outras complicações e não se pode fazer mais nada.

Não se pode fazer mais nada, no SUS. O Sistema Único de Saúde, que, para milhões de brasileiros é a única alternativa para o câncer e para qualquer doença que seja. Se para conseguir uma consulta com um clínico geral qualquer em um posto de saúde do SUS, às vezes é preciso esperar meses, imagina se você vai conseguir ser atendido por um oncologista? Será que existe oncologista no SUS? Quantas vezes vemos reportagens nos jornais da TV mostrando pacientes com febre, dor, no leito de morte, largados nos corredores de hospitais? Eu já passei várias vezes por atendimento do SUS. E sei bem como tudo é demorado, difícil, burocrático demais se pensarmos que estamos ali pra resolver problemas de saúde. 

Tenho uma tia que morreu de câncer. Ela começou com um nódulo na mama. Foi fazendo todos os tratamentos possíveis, pelo SUS. SEMPRE lutou para viver. Imagina, para uma mulher, o que é ter que retirar a mama e no lugar, usar um saquinho com alpiste para desfarçar. E ainda assim, continuar lutando contra o câncer. Pra mim, ela sim, lutou contra o câncer e contra as filas que enfrentou, a espera por médicos, por exames, etc. 

E agora eu ligo a TV e ouço: "José Alencar, o guerreiro"? "O herói"? Aquele que "lutou pela vida" ? Ah, tenha dó! Lutar contra qualquer doença que seja com o dinheiro que ele tinha, qualquer um lutaria. Fazer tratamento fora do país, com os melhores médicos da área. Com certeza qualquer pessoa lutaria assim. E assim a imprensa o promove e o povo enterra o nosso "herói". Enquanto isso, me digam, há quantos outros José's sofrendo em corredores de hospitais públicos no nosso país?

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Um cérebro ficaria melhor

Eu não queria escrever sobre isso, não queria dar ibope a isso. Mas as cortinas do freak show foram abertas e fazer o que diante do espetáculo que se coloca diante dos nossos olhos? Pois bem, a Angêla Bismarchi quer colocar um terceiro peito.

E por quê? 

Porque ela quer ser pioneira aqui no país. É claro que ela poderia fazer um projeto social que fosse pioneiro, entrar na Medicina e depois de uns aninhos descobrir um tratamento de algo. Poderia criar um método de alfabetização pioneiro. Poderia - algo mais fácil - criar um antirugas mega pioneiro: você passa e amanhece sem rugas. Mas não, ela quer um magnífico e INÚTIL terceiro peito.

Só tem algo que me indigna mais que a futilidade dessa decisão: a tentativa das pessoas demonstrarem que isso é normal. "Deixa, ela tem dinheiro, ela faz o que quiser com o corpo, o corpo é dela".

Não. 

Essa semana dois repórteres foram demitidos porque trocaram três mensagens no twitter. Se dois reportares não podem comentar que obituários ficam prontos à espera do morto e sobre uma morte anunciada antecipadamente, com a desculpa de que a opinião deles afeta o público, porque a mensagem que essa mulher transmitir cometendo com o próprio corpo, essa aberração é permitido? Porque as pessoas noticiam e o entrevistador tenta manter todo um tom normal pra essa coisa toda?

Ela está pensando que se tiver trigêmeos vai poder amamentá-los todo de uma vez, sim, porque neste caso eles vêm com dispositivos que alertam sempre ao mesmo tempo e além disso ela conseguirá um implante com glândulas mamárias e tudo - o pacote não é apenas silicone e pele.

Se algum defensor de plantão disser que plástica tem valor estético e que ela tem que sentir bem, reveja seu posicionamento, não estamos falando de um seio caído, estamos falando de inserir algo que não devia estar lá. Se ela quer implantar algo, coloque um olho no meio da testa, quem sabe esse terceiro olho ilumine a mente dela.

 A futilidade me cansa e certos defensores muito mais. As pessoas não deveriam financiar isso, nem para suscitar o debate. Qual a justificativa para fazer algo assim? Se ela é tão chegada assim em plástica, vá a qualquer hospital na seção de queimados e ela poderá empregar muito melhor o dinheiro dela e poderá ver a medicina trabalhando por algo que vale a pena.

Obs.: antes que alguém perca o foco, não concordei com a demissão dos repórteres.

ERRATA 08/04/2011: Essa notícia da Angêla Bismarchi era pegadinha, mas bem que podia ser verdade. Alguém duvida?

terça-feira, 5 de abril de 2011

A migalha que satisfaz

Técnica: fidelizando cliente (modalidade I)

Método: café novinho, suquinho de fruta gelado e sem açúcar, seu nome na ponta da língua, torpedo copiado como se fosse pessoal e exclusivo...

Objetivo: Apropriar-se de seus “valores”.

Técnica: fidelizando cliente (modalidade II)

Método: carinha de cachorro sem dono, beijinhos docemente ardis, “não vai acontecer outra vez”...

Objetivo: idem.

Técnica: fidelizando cliente (modalidade III)

Método: sorriso frouxo sob sol lascado, tapinha nas costas de desconhecidos, beijinho diante das câmeras em criança remelenta...

Objetivo: idem, idem.

Resultados: rédeas nos otários.


Glossário

Apropriar-se: tomar para si; apossar-se, usurpar. 

Cliente: "desavisados" de plantão*.

Valores: cifras, tempo, auto-estima, criticidade, voto de apoio, de confiança, de papel, digital...*


(*grifo meu)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

"A memória do povo é curta"

Quantas vezes não escutamos a velha frase “a memória do povo é curta”?
Infelizmente, parece que a memória de algumas pessoas no cenário político brasileiro, realmente, tende a não perdurar. Quantos casos absurdos de corrupção, extorsão, desvios de dinheiro e por aí vai que não escutamos todos os dias, e que, algum tempo depois, as mesmas pessoas envolvidas em tais casos são eleitas e re-eleitas pela população?
Talvez esse nem seja tanto um caso de memória, mas sim de cega lealdade. Cega lealdade por aquele político que asfaltou seu bairro (mesmo que com um orçamento superavaliado), por aquele engraçado palhaço, por aquele cantor que você tanto gosta, por aquele astro de cinema, por aquele seu amigo que arranjou um emprego pra sua irmã, por aquele cara que cada vez que é eleito faz grandes festas em sua cidade.
Agora, falando sério, é nisso que as pessoas se baseiam pra escolher o futuro do seu país, estado e cidade? Desculpem-me, mas qualquer pessoa que vote por alguma das razões acima, me enoja! A política não deveria evoluir a partir de conceitos podres como esses. Ela é, ou pelo menos deveria ser, uma maneira de organizar e melhorar as coisas, baseada no bem COLETIVO. Não deveria servir como palco de encenações, truques, farsas e, muito menos, como um meio de se auto-beneficiar.
Espero que em um futuro próximo, as pessoas comecem a raciocinar melhor ao escolher seus representantes, esquecendo-se apenas dessa tal lealdade.

domingo, 3 de abril de 2011

“Comigo ele vai ser diferente”

Os canalhas tem clientela fiel, isso é fato.

Não sei se o problema é a mania da mulherada de acreditar em ilusões do tipo: “comigo ele vai ser diferente”, ou se são as grandes aglomerações urbanas, que fazem com que as pessoas saibam pouco do histórico alheio.

A questão é que me cansa os olhos, me cansa a beleza e desgasta a minha crença na inteligência feminina ver o mesmo idiota enrolando pessoas novas quando já devia estar queimado na cidade, no estado onde mora e em mais uns três estados vizinhos.

Já acreditei que um cara verdadeiramente estúpido um dia teria que mudar de cidade pra conseguir mais uma otária que caia na sua lábia, mas infelizmente, hoje essa minha ilusão já foi desfeita pela vida, e já sei que ele, muitas vezes, não precisa nem mesmo procurar a nova vítima em outro círculo social.

A otária pode ter certeza que o cara traiu a namorada anterior em cada dia do namoro mas, ainda assim, quando ele disse que vai ser fiel com a trouxa, ela vai acreditar. Acho que algumas mulheres trocaram o cérebro por um acessório em algum brechó, só pode.

Enfim, pra finalizar, deixo uma frase clássica do No Lipstick: “Os homens são sacanas porque as mulheres são trouxas”. Vamos parar de patrocinar as farsas, mulherada.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Parabéns, Dai !


Maria Rosa, de carne e osso

Maria Rosa* é uma mulher comum. Não é uma heroína da história, uma militante ou grande escritora. Maria Rosa foi uma professora muito querida que conheci em 2007.

Me lembro de ouvi-la contando como ficava dentro do carro, no estacionamento da faculdade. Chorando. Foram meses a fio assim. O filho era pequeno na época e o marido a tinha deixado. Ela ficou sem chão e sem casa. Sim, a casa que tinham construído com o dinheiro dela tinha ficado com ele por algum motivo do qual não me recordo. Foi essa a época em que estava terminando o mestrado e que perdeu dois alunos queridos. Suicidaram-se. 

Ela conta sem rancor, mágoa, raiva, só com tranquilidade. Sem se vitimar, só fala como alguém que viveu várias coisas e que lidou com elas como pôde: como um ser humano bom. Sua bondade foi posta a prova tantas vezes, seu caráter, suas crenças. O suicídio de seus alunos e sua perda de rumo fizeram-na começar a buscar. Mas buscar o quê? Queria entender, só entender. Resolveu estudar Teologia e isso foi determinante para ela. Acho que percebeu que já conhecia Deus e não tinha se dado conta.

Maria Rosa estava superando a depressão de anos, tomava os seus remédios. Quando a conheci era uma senhora amorosa e dedicada. Gosto de pensar em Maria Rosa porque é alguém próxima, de carne e osso e abraço. Sempre hesito em me espelhar em pessoas muitíssimas vezes melhores do que eu, pois parece que nunca vou chegar lá onde estão. Mas Maria Rosa está próxima. Conheço seu trajeto, sua história, sua casa, seus livros de Filologia e os pequenos elefantes que decoram sua sala, junto ao piano. Ela tem um ar de vovó sábia: sempre com um bom conselho e uma boa xícara de chá.

Talvez ela esteja longe das outras personalidades femininas aqui apresentadas ao longo dessa semana, mas Maria Rosa conseguiu tocar todos aqueles que passaram pelo seu caminho. Eu poderia pensar que ela apenas superou seus dramas pessoais, mas quantos de nós conseguem fazer isso e ser bem resolvidos como ela?

Ela marcou e marca aqueles a sua volta e sempre traz uma mensagem de amor, bondade e respeito, além de um respeito infinito pelo ser humano. Seu mundo desabou um dia e ela pôde reconstruí-lo, aos poucos. Seja como for, ela me motiva a seguir em frente, a buscar o que quero, a me superar. Sempre. Gosto das heroínas do dia-a-dia: me fazem sentir mais forte do que as dos livros e da história. Quando desanimo, é em Maria Rosa que penso e é ela que me faz redobrar o fôlego e tocar a canoa.

* nome fictício