sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Adeus zona de conforto - de novo!

Engraçado como a gente muda. Até alguns anos atrás, eu daria qualquer coisa no mundo para que as coisas não mudassem. Talvez isso acontecesse porque eu estava na minha zona de conforto. Só que desde que me formei na faculdade, não sei mais o que é isso. E, estranhamente, só notei tal fato há alguns meses. E, estranhamente, isso não me encana - só me encanta.

E me perguntei por esses dias: se estou tão fora, por que não ir um pouco além e sair um pouco mais da minha zona de conforto?

Quando dei por mim, tinha escolhido fazer uma coisa totalmente nova em 2013, algo que sempre tive vontade, mas nunca a oportunidade. E, uma vez que me foi dada, a agarrei com toda a paixão e dedicação que tenho. Será um grande desafio, mas, estranhamente, não tenho medo. É como se eu finalmente tivesse entendido que não há nada a perder. E nesses momentos de conquista íntima, percebo como andei me preocupando com coisas tão pequenas...

Mudar é bom - e fim de papo. Não digo que a mudança é sempre feliz, mas ela te força a ir além, a se adaptar, a buscar novos caminhos. A minha vida não é nadinha do que eu esperava há alguns anos atrás e, hoje, não consigo imaginá-la diferente do que foi, do que tem sido. Porque eu tenho prazer em tudo o que faço e tenho visto do que sou capaz. Isso dá uma sensação de algodão-doce no parque.

Talvez eu nem queira voltar para a tal da zona de conforto: é muito mais emocionante viver fora da bolha, sabe? Arriscar, falhar e acertar - sou muito mais isso do que comer, rezar e amar.


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Irmandade Masculina



Entre várias outras, existe uma qualidade que eu admiro muito nos homens. Eles são mais leais que nós mulheres. Pelo menos entre eles, são capazes de guardar segredos e firmar parcerias mais sólidas do que as femininas. Vou contar uma história que ilustra um pouco do que vou falar. O caso aconteceu com alguns amigos, dos quais eu vou preservar os nomes já que se trata de um assunto um pouco delicado. Havia um casal de namorados. O cara era músico e fazia free lancer em uma banda. Certa vez, a mulher do cantor viu a namorada desse músico em atitude suspeita com outro rapaz e ficou desconfiada de que ela estava o traindo. Encucada, ela resolveu tirar a história a limpo e confirmou o fato. Aquela menina que ela conheceu no camarim dos shows de seu marido estava realmente tendo um relacionamento fora do namoro. Imediatamente ela correu aos ouvidos do marido e contou tudinho que tinha visto e a posterior confirmação. O cantor, apesar de não ser assim tão amigão do referido músico, logo tratou de alertar outro músico que também fazia parte da banda e era mais íntimo do tal corno. E assim os caras se reuniram e deram a notícia para o pobre rapaz. Resultado: o cara quase teve um ataque do coração e foi-se por água abaixo um namoro de anos.

Não vou entrar no mérito da traição da moça, porque esse não é o foco. A questão que me vem à cabeça é bem mais simples: se o caso fosse do tal músico estar traindo sua namorada e o cantor tivesse conhecimento disso, será que ele contaria à sua esposa, com a finalidade dela alertar a pobre menina que não sabia de nada? Duvido muito!  E ainda, se esse camarada que foi traído tivesse conhecimento que o cantor havia se relacionado com uma fã, por exemplo, em algum dos tantos shows que faziam sem a presença das esposas e namoradas, será que ele contaria à esposa que ficara em casa assistindo a novela das oito? Duvido mais ainda! E mais uma possibilidade: se a mulher do cantor soubesse de uma possível traição por parte do músico, seu marido jamais a deixaria contar a ninguém. Ele a ameaçaria. E ela, coitada, continuaria exibindo o sorriso amarelo pra menina no camarim como se nada tivesse acontecido. Em todas as possibilidades, a lealdade masculina conta muito mais. A irmandade masculina é invencível.                     

É por isso que tem muita mulher que prefere amizades masculinas que femininas. Os homens são leais feito cães. E nem precisam ser amigos de infância para compartilhar um segredo. Eles se entendem melhor que nós mulheres. Não sei se é por medo de magoar a colega de trabalho que não dizemos a verdade quando ela nos questiona sobre o novo corte de cabelo. A gente até tenta dizer que poderia ter ficado melhor. Mas dizer que ficou um desastre, nem pra melhor amiga. Nós mulheres estamos sempre querendo competir umas com as outras. Não é mentira aquele papo de que mulher se veste pra outra mulher. Esse deve ser um dos males dos quais ainda não conseguimos nos libertar: não somos amigas. Não temos a capacidade de olhar pra outra e enxergar uma parceira. Enxergamos as outras mulheres como adversárias. Isso nos afasta e só nos prejudica. Ganhamos rivais enquanto os homens colecionam chegados. É esse o nosso erro. No dia em que aprendermos a ser mais companheiras, seremos mais tranquilas. Nos tornaremos mais confiantes e seremos mais leves.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Desculpe, não sei como você se sente


Tema da semana: Só quem já morreu na fogueira sabe o que é ser carvão.


“É eu sei como você se sente...”


Não meu bem, nem eu e nem você sabe como o outro se sente, ok que talvez a frustração tenha sido parecida, mas nunca é o mesmo sentimento, nunca é a mesma dor, por que cada um é de um jeito e cada um sofre de uma maneira.Somos únicos então a forma de se transformar em “carvão” também é, tem gente que fica mais torcido, tem gente que sai retinho e tem aqueles que não aguentam e viram pó, não adianta tentar dizer que sabe como o outro se sente, isso é frustrá-lo e se frustrar, por que na realidade...




sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Caça às bruxas

Tema da semana: Só quem já morreu na fogueira sabe o que é ser carvão.


Tem gente que acha que bonito apontar o dedo na cara do outro e meter uma bela de uma etiqueta:

"Eu sou..."

E tudo isso para quê? Por que é mais fácil olhar para o outro do que para dentro de si? Para não olhar para si mesmo e chamar a atenção para os "defeitos" e "falhas" dos outros? Vale lembrar: dizem por aí que temos a tendência a apontar nos outros aquilo que nos incomoda em nós mesmos...

Pois é.

Se não tirasse as etiquetas que me colocam, eu deveria parecer uma múmia por essas horas: as pessoas acham bonito fazer um perfil meu, baseado na minha aparência (sim, na minha aparência, no que eu pareço ser) e no que elas acham.

É meio assustador o que conseguem montar. Não chega a ser um Frankenstein, mas é assustador. Isso quando não aproveitam para especular sobre sua vida e dizer o que é melhor para você. Oi?

- Você é tão...

- Ah, é mesmo? Eu não sabia.

Quem já passou por isso bem sabe como é ser o último a saber:

- Eu sou...?

Respondo delicadamente:

- Seja você.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Vai


Tema da semana: Só quem já morreu na fogueira sabe o que é ser carvão.



Pra que medo? Pra que essa cautela toda, esses passos tímidos, como se tivesse caminhando sobre cacos de vidro. Se machucar, cola um esparadrapo em cima e pronto. Sai dessa cama logo e vai ver o sol. Sai na chuva, que você não é de açúcar. Você é de carne e osso e dizem por aí que essa é a matéria perfeita pra aguentar trancos e barrancos. Se ficar aí parado o pior não irá acontecer. Nem o melhor. Confie nesses 50% de chance que a vida te dá de no final do dia, tudo dar certo. Melhor, confie em você e aposte que 100% pode dar certo. Esqueça aqueles tombos que você levou por aí e coloque toda a coragem que você esconde debaixo da cama dentro da mochila e vai. Não deixa escapar a chance que cada novo dia te dá.  

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

De exemplo


Tema da semana: Só quem já morreu na fogueira sabe o que é carvão. 







Deixe que eu sirva de mau exemplo. Vou falar de boca cheia, mastigar de boca aberta, sentar com as pernas abertas, vou falar palavrão, gritar por aí meus desejos mais obscuros e esfregar em qualquer cara amarrada o meu tesão. Não preciso de nome, só preciso ser exemplo, mau exemplo. Só o mau exemplo sabe da liberdade, do sorriso, só o mau exemplo tem o buraco mais em cima. E ser do avesso, ser mil e duvidar até do que eu mesma digo. Eu quero bagunçar e que falem, falem muito. 

sábado, 17 de novembro de 2012

Opa!


Tema: não ter compromisso com o erro.





Sempre digo que eu até erro, mas erro com convicção: com convicção de acertar. Sim, pois na dúvida, dou aquele chutinho e mantenho no fundo do peito o forte desejo de que fiz certo.

Contudo, se, durante toda a minha vida, eu tivesse acertado sempre, agradado a todos, recebido apenas sim e tirado apenas 10, isso indicaria ou que sempre fui maravilhosa, ou que sempre fingi muito bem, mas a verdade é que nem uma coisa nem outra.

Então, embora eu nunca queira errar_ acontece, e isso já me ensinou um bocado. 


sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Descompromissada


Tema da semana: Não ter compromisso com o erro.


Ultimamente, o único compromisso estabelecido é comigo mesma. É o mais pessoal que pode ser e a única coisa que me interessa. O compromisso que tenho comigo se estende para o meu trabalho, meus amigos, minha família. Para as coisas que acho corretas, minhas ideias e ideais. Só para o que vale a pena, sabe?

Não assinei nenhum contrato, nem negociei nada com o erro. Isso não impede que ele me imponha suas leis, leis de retorno. O erro é malandro: ele me aparece porque nós dois sabemos que ele terá que aparecer de vez em quando. E acabamos lidando um com o outro como podemos. Além disso, muitas vezes preciso dele para acertar coisas importantes e ver melhor o que está bem debaixo do meu nariz.

Entretanto, nossa relação é puramente transitória e efêmera. É assim que tem que ser. Quero que ele fique cada vez mais longe de mim e sei que cada vez ele irá me querer menos.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Por um mundo maior que a reputação

Tema: Não ter compromisso com o erro.


Ninguém quer ter compromisso com o erro, ou quase ninguém, pelo menos. Mas a gente se compromete, a gente se envolve, a gente mantém, a gente casa com o erro e o motivo? Muitas vezes, a reputação.

O que é que vão pensar de mim se eu mudar de direção? Se eu não quiser/fizer/ter mais determinada coisa?

Em nome da reputação compactuamos com o erro. Deixamos que ele faça parte da nossa vida porque aquilo que os outros pensam de nós se torna mais importante do que aquilo que somos.

Eu tenho compromisso com um erro que cometi há 6 anos: o grego; esse ano me livro dele, de um modo ou de outro. Fora isso, ou por causa disso, não tenho mais medo de voltar atrás, se seguir por ali e não mais por aqui.

Quem sabe da minha vida sou eu e ninguém carrega meu mundo por mim.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Dependência!?



Você faz de tudo para afastá-lo, dá pulos e pulos para não encontrá-lo, começa a ser mais centrada (o), desiste de algumas coisas para não o vê-lo em quaisquer situações, mas não adianta, ele parece te perseguir.

Parece saber exatamente a hora e o local em que você estará, a que horas se levanta ou se deita, isso quando não fica a espreita para te pegar no “pulo”, e tudo isso com aquele sorriso de lado, aquele olhar tenso que te faz pensar “Quero parar por aqui.”.

Ele é sorrateiro, é confuso e faz com que todos esqueçam exatamente todo o resto que passaram ao seu lado, todos os “bem feitos”, ele apaga as boas conquistas, por que um ERRO é capaz de eliminar todos os seus outros ACERTOS, e a temática de não errar te faz tão dependente dessa coisa chamada PERFEIÇÃO, que você já não sabe mais o quanto é natural.


                      


A dependência em ACERTAR te faz dependente do ERRO, de uma forma simples, singela e quase imperceptível, algo como uma PRISÃO de luxo, algo que não corresponde a VOCÊ.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O acerto


Tema da semana: Não ter compromisso com o erro.







Temos um relacionamento aberto, desleixado, relaxado, não remunerado. Um compromisso descompromissado, ele não me liga e eu não ligo para ele. Apareça quando puder, apareça só quando eu virar a esquina errada ou quando eu ligar para o número errado. Sem peso na consciência. Sabemos da sua importância. Não quero te ter como compromisso, sentimentos ou substantivos não foram feitos para isso. Se eu errar, foi sem querer, foi por tentativa, foi por besteira, foi por pouco, foi por ingenuidade. Foi para aprender, é o mínimo que posso fazer. Não fique do meu lado quando eu não precisar, pois é angustiante viver ao seu lado e te ver como fruto e não consequência. Seria uma prisão. 

sábado, 10 de novembro de 2012

Como mundo ainda não acabou...


Tema: não existe caminho novo, existe um novo jeito de caminhar.





Enquanto o dia 21 de dezembro não chega e esse mundão não tem um fim, como apontou o calendário Maia, vou-me me apegando à velha máxima de “enquanto há vida, há esperança” e ouso dizer que não faltarão “segundas-feiras” pra se emergir do fundo do poço, começar uma nova dieta, procurar ou mudar de emprego, desfazer mal-entendidos, regar aquela plantinha semimorta da mesa do escritório, enfim... Pois ainda que algumas coisas se repitam em nossa vida, basta que seja da nossa vontade agir diferente, afinal, quem é que precisa ser como a Sandy e o Júnior presos num replay?!


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Moonwalk no more!

Tema da semana: Não existe caminho novo, existe um novo jeito de caminhar.


Por vezes, esperamos que o mundo mude quando, na verdade, quem tem que mudar somos nós. O mesmo vale para o caminho: quero que as coisas sejam diferentes, mas não mexo uma palha. Fácil assim, né? Fácil nada: a vida vai ficando muito mais dificil.

Então, resolvo caminhar. Certo. E se decido brincar de Michael Jackson e fazer o moonwalk? Onde vou parar? Pergunto isso porque tem gente que adota isso como estilo de vida: sempre voltando, nunca seguindo adiante.

Esse pode ser um jeito de caminhar, é uma escolha.

Outra, muito mais interessante e saudável, jaz no modo como nós vemos - e vivemo - as coisas. O meu jeito de caminhar é uma mistura de tudo o que leio, ouço, sinto e vejo. 

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Cambaleando



Tema da semana: Não existe caminho novo, existe um novo jeito de caminhar.


Eu não sei andar em linha reta. Se tem uma coisa pra qual eu não tenho talento, é seguir regras, manuais, ter disciplina. Começo uma coisa e logo desisto. Não é por fraqueza, geralmente é o interesse que diminui e num instante eu já fico de olho em outro projeto. Às vezes quero fazer tudo ao mesmo tempo e não consigo concluir nada. Sinto uma necessidade muito louca, incontrolável, de estar sempre mudando. Deve ser por isso que eu estou sempre com essa sensação de que eu ainda não me encontrei. E por isso também que eu me sinto sempre tão perdida entre tantos caminhos. 

Nos últimos dias, por conta de alguns problemas pessoais e por conta dessa natureza escorregadia minha, eu tenho passado as noites (e os dias também) pensando em diversas alternativas de mudança. Em vários aspectos. Começando por mim, passando pelo lugar onde eu moro e chegando até naquela pergunta horrível que insiste em ficar parada sobre a minha cabeça: o que eu quero da minha vida? Minha vontade íntima é que mais uma vez uma grande revolução astral acontecesse e causasse uma mudança radical na minha vida, como já aconteceu diversas vezes. Nesses casos, eu sinto como se o destino é que estivesse jogando e eu, coitadinha, não tivesse escolha a não ser me adaptar. E assim eu faço, me ajusto às novas regras que o poderoso destino me impôs. Mas apenas por algum tempo. Atá a sarna começar a coçar denovo e eu, involuntariamente, começar a fazer com que a roleta gire mais uma vez.

Mas a frase lá em cima é cheia de razão: não existe caminho novo, existe um novo jeito de caminhar. É aí que está o ponto! O que eu preciso na verdade, é aprender a escolher meus novos passos e dar conta do caminho pra onde eles podem me levar. Eu preciso parar de esperar que o barco do destino passe e me leve "à força". Eu preciso é entrar no barco que eu escolher, com a consciência de que estou indo a um determinado lugar e só voltar quando eu chegar lá. Mesmo que a vontade de mudar a rota - ou o medo de continuar na mesma direção - seja tão forte quanto tem sido até agora. Eu queria mesmo é ser daquelas pessoas que olham pra frente e vão andando, correndo, sem parar nem pra respirar e nem pra olhar pros lados. Coisa muito dolorida é esse negócio de não saber se prender a lugar nenhum. 





terça-feira, 6 de novembro de 2012

Coragem!


Tema da semana: Não existe caminho novo, existe um novo jeito de caminhar.

Todos que se prezem já tentaram “mudar”, ai vem os cortes de cabelo loucos, a entrada na academia e as baladas, mas daqui a dois meses isso tudo volta a ser você em casa, vendo novela, esperando algo acontecer.

Sim, por que a “mudança” você já fez néh?!

Não, você não fez nenhuma “mudança”, você pensa que por que cortou o cabelo ficou mais linda (o), mas a beleza esta no seu entusiasmo de viver e não no novo corte de cabelo, tudo bem que isso impulsiona isso mesmo, impulsiona, não faz de você toda a mudança, mesmo por que até que ponto você pretende “mudar”?

O problema de todos é exatamente este, confundimos a “melhoria” com a “mudança”, por que uma coisa é você trocar a roupa, alguns hábitos, outra é você realmente seguir por novos caminhos, e ai então encontrar a “mudança” que faltava.



segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Sobre mato, cachorro e sapato


Tema da semana: Não existe caminho novo, existe um novo jeito de caminhar.






Somos teimosos por natureza. Inconsequentes. Talvez um desses animais (o único talvez) que não aprende através do erro. Insistentes correndo atrás do próprio rabo em um caminho que não leva a lugar nenhum. Traçamos a vida, pensamos em planos e construímos a história em cima de sonhos.

Acontece que às vezes agimos feito mulas (sem querer desmerecer o animal) e insistimos em uma estrada que não tem saída, ficamos obcecados por um mato onde não tem cachorro. Pega a sua mala, pega a sua vida, pega seu orgulho, pega a sua auto estima e comece a caminhar de novo longe desse lugar. Que angustia ficar parado esperando por nada. Esperando que um buraco se abra no chão e te livre desse destino. O caminho é você quem faz e só você pode caminhar com seus pés.

Chega um momento que o sapato fica apertado e ainda assim, temos que caminhar. Há quem procure um caminho novo e não percebe que o sapato já não lhe cabe mais, há quem não veja o dedinho que fica fora do sapato ou o calcanhar arranhado, cansado e sem espaço. Não é o caminho, não é o chão, não é o asfalto. É seu jeito de caminhar, é seu passo torto. É a teimosia do sapato que tem um número maior ou menor. Troca esse seu caminhar.

domingo, 4 de novembro de 2012

Sobre o meu caminho.


Tema da semana: Não existe um caminho novo, existe um novo jeito de caminhar.



Da minha parte, eu cansei de reclamar. Eu mudo o que for necessário. Pode não ser o caminho... Mas se não está bom, algo tem que mudar. Não necessariamente a direção... Talvez as companhias, talvez a forma de lidar com cada companhia... Talvez a mim mesma, talvez a forma de lidar com as minhas imperfeições, talvez a atenção que dou a quem recrimina as minhas imperfeições...

sábado, 3 de novembro de 2012

essa coisa de medo


Tema: Favor, não alimentar os medos.




Sabe, quando alguém me conta sobre algo que lhe assusta, ouço com todo respeito, porque essa coisa de medo é bem complicada, viu?!

Por exemplo, eu morria de medo de dormir no escuro, mas esse medo está tão morto na minha vida que hoje só sei dormir com a luz apagada.

Também já nutri o maior pavor de dormir sozinha. Inclusive, consegui convencer minhas irmãs a dividirem suas camas comigo até meus 16 anos. Mas um dia elas cansaram de mim e me mandaram encarar minha própria cama.

Daí eu fui, e meu medo mudou.

Eu dormia sempre tão sobressaltada que qualquer leve toque poderia criar uma cena de filme de terror em casa. Minha mãe, toda cuidadosa, temia que quando eu casasse e meu marido fosse “me procurar” de madrugada ele sofresse um ataque cardíaco, pois como comecei a dizer, quando acordo assustada é como se o próprio capeta estivesse segurando meu pé, e dá-lhe grito de pânico_ coisa tenebrosa, só quem já presenciou é capaz de medir o horror.

Mas deu tudo certo. Eu casei sem medo de ser feliz, fui “procurada” várias madrugadas e só gritei uma vez, e embora o então marido tenha ficado mais apavorado do que eu, ele nem morreu, minha mãe já tinha avisado, né?!

Eu ainda grito sim, mas isso não é consciente, além do mais, isso fez de mim uma lenda na minha família, e do meu leito um lugar sagrado.

Então, o que eu posso dizer é que medo é que nem ameba, em algum momento você vai ter, a questão é: você vai matar esse verme ou vai deixá-lo matar você?!

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Sobre medos e pombos

Tema da semana: Favor não alimentar os medos. 

Tenho um pouco de medo de pombos, como tenho medo dos medos. Que fazer? Não dar de comer a nenhum dos dois. Quem alimenta os pombos e os medos não me diz respeito - assim como os pombos e medos dessas pessoas.

Quem alimenta pombos e medos  multiplica-os. Na minha vida não há espaço para a multiplicação dessas coisas e debaixo da minha cama, só há espaço para cobertores e afins.

Quando o medo pinta por aí, não o convido para comer e sim para beber. E aí batemos um papo muito honesto, sabe? Às vezes, entramos num acordo. Noutras, ganho dele no truco. Só que ele também ganha de vez em quando. Talvez essa nossa relação tenha uma certa harmonia e vez por outra ele me chega de mansinho para dizer:

- Só vim para dizer que me importo e que você precisa ter cuidado nessa vida...

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Medo do escuro


Tema da semana: Favor não alimentar os medos. 



Houve um tempo em que frequentemente eu tinha aqueles sonhos. Acordava aflita e alguns segundos depois vinha o alívio ao perceber que era sonho. Ou melhor, pesadelo. As imagens sempre mostravam você rindo de mim, dizendo que não me amava e abraçando outra, cheio de amor e carinho. Ou então eu via você sorrindo como nunca ao lado de outra(s) e fingindo que eu não era ninguém.


Quando eu estava com você, te abraçava forte e agradecia a Deus por ser só mais um sonho. Se não, te ligava e esperava você dizer que me amava, pra me consolar do pesadelo. Isso aconteceu várias vezes. E esses sonhos ficavam grudados na minha cabeça. Eu chegava a pensar que poderiam ser avisos e teimava em estabelecer qualquer tipo de ligação com a realidade. Me machucava, sempre. 

Um dia uma amiga disse: é o medo que você tem de perder. E era mesmo. Eu não conseguia, no fundo, aceitar que era verdade que você me amava e não me sentia escolhida. Talvez ainda não me sinta. E esses sonhos vez ou outra reaparecem, mas agora não me tiram o sono. Eu percebi que quanto mais eu pensasse neles, mais eles seriam frequentes. E aprendi a acreditar em mim, a gostar de mim, e a pensar em mim. Assim, o medo de te perder foi diminuindo, porque eu comecei a desconfiar que, nesse caso, você também sairia perdendo. 


Hoje, antes de dormir, eu penso em nós dois juntos e felizes, como somos de verdade. Lembro de nossos momentos mais gostosos e imagino outros tantos, que eu sei que ainda virão. Eu te beijo e te abraço e me sinto bem por estar ao seu lado, por sentir que você está comigo e desejo que continue assim. Desse jeito, o medo e a insegurança vão pra longe e as minhas (nossas) noites são cada vez mais deliciosas.