domingo, 31 de julho de 2011

“Te perdôo por te trair”

Tema da semana: Mil perdões – Chico Buarque.

Ah, quem precisa de Chico Buarque ou de Nelson Rodrigues pra vir a conhecer um pensamento/modus operandi  assim?

Quem nunca conheceu uma piriguete carente que disse trair o namorado porque ele a tratava mal? Quem nunca conheceu um homem que disse ter recorrido a uma piriguete porque a esposa era ruim de cama?

A arte imita a vida, as pessoas terceirizam as responsabilidades.

sábado, 30 de julho de 2011

O que a perda me traz...

     Perder um brinco, uma chave, um amor, uma mãe. Perdas que para mim não poderiam estar em igualdade nunca, mas que para algumas pessoas, elas estão apenas onde deveriam estar, num coração para lá de frio e oco. Eu admiro pessoas que conseguem lidar perfeitamente com perdas e não se desestabilizam nunca. Só não sei até onde isso é uma qualidade ou se trata de alguém sem coração mesmo.

     Tudo bem que quanto mais você perde, mais “fácil” fica lidar com a situação, ou aceitá-la (teoricamente), porém, acho que essas perdas, quando já somos mais crescidos, nos afetam mais do que percebemos. Quando perdemos pessoas essenciais, por exemplo, tenho a sensação de que parte de nós vai junto com a presença da pessoa, talvez um pouco da alegria, do amor que somos capazes de sentir. O fato é que acho que não permanecemos os mesmos, por não querermos ser os mesmos, também.

     O importante, acho, é que mesmo com essa perda interior de cada um, nós consigamos preenchê-la (pensando no buraco deixado) com alegrias e amores novos para continuar a viver sem se transformar em alguém frio e extremamente racional. E no caso da lembrança e da saudade dos que foram, esses possuem, com certeza, um lugar especial em cada um de nós, que não pode ser invadido ou perdido nem por nós mesmos.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Achados e perdidos

Tema: Perda

Fui ao hortifruti com a minha mãe no sábado passado e estacionei o carro longe para variar - dirijo relativamente bem, mas estaciono deveras mal. No trajeto de volta entre o hortifruti e o carro, o saquinho das beterrabas estourou e elas foram caindo e rolando pelo caminho - felizmente não eram muitas e fui hábil o bastante para recolhê-las, mesmo carregando outros trilhões de sacola e, posteriormente, abrindo o porta-malas. E foi então que pensei: se João e Maria tivessem feito uma trilha de beterrabas, eles nunca teriam se perdido. Mas aí também não teriam tido história...

Perder tempo, a fome, cabelo, o chão, o jogo, o caminho, paciência, dente, a vergonha, a luta, chaves, ônibus, chances, virgindade, fôlego, dinheiro, entes queridos, peso... Há inúmeras coisas que a gente pode perder e acaba perdendo vez ou outra. Mas e quando a gente se perde? O Morrissey canta:

Everybody's lost
But they're pretending they're not

E acho que todo mundo se perde em algum momento da vida. Eu já me perdi  algumas vezes e achar o caminho de volta nem sempre é fácil - ao menos nunca foi para mim. Mas será que quando a gente se perde o ideal é achar o caminho de volta? A gente se perde quando perde alguém, seja porque faleceu  seja porque não nos quer mais - o fato é que foi embora. A gente se perde quando perde o emprego. A gente se perde quando perde as esperanças.

A gente se perde com as perdas de nossas vidas. Quando as coisas mudam e é preciso recomeçar. Mas recomeçar mesmo? Se perder pode ser bom porque - quando a gente não surta - acaba parando pra pensar: Onde diabos eu estou? E o que vou fazer agora?

Da última vez que me perdi, acho que nem com uma trilha de beterrabas parrudas eu acharia o caminho de volta, mas quem se perde precisa de tempo. Às vezes até de uns chacoalhões, mas essencialmente tempo. Quem se perde não fica necessariamente alheio, porque a vida continua - seja qual for o baque. Porque dá para aprender com a perda - e com o fato de estarmos perdidos e isso se faz, creio, lidando com o novo...

... ou não também. Conheço pessoas que parecem que sempre estarão perdidas: não sabe quem são, não sabe o que querem e não se preocupam com isso - nem são menos felizes por isso.

 Em vez de pensar que se perder é um problema e nas coisas que podemos perder, prefiro pensar naquelas que ninguém pode tirar de nós. E sim, elas existem e aos montes.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O passo, o norte e os outros

Perdi a mão, o passo e o tempo. Perdi a linha, o centro e norte. Perdi. Perdi porque perco sempre. Perco aos outros, a mim e a quem quiser. Perco porque me distraio, me disperso, me espalho. Perco porque está em mim perder.  Perco porque busco a leveza.

E a leveza é insustentável e não é porque o Kundera disse que era, não não. A leveza é insustentável porque há em nós o nosso próprio peso, primeiramente. E depois, como levar uma vida que não carregue nada? Que não suporte nada? As leituras que fiz me pesam como o mundo - sou Atlas.

Embaraço-me com todos os blues e bossas que já ouvi. Chico me pesa como chumbo. Filipe Catto¹ passou a me pesar. Clarice, Nelson Rodrigues, Dostoievski, Álvaro de Campos, García Marques, Lorca, Neruda, Llosa² e tantos outros me pesam e eu não consigo desvencilhar-me. Não. Nem quero.

Aí pelo caminho eu coloco em meus ombros tantos outros, Almodóvar, Woody Allen, Lars Van Trier, Tarantino, Coppola...

E é por isso que perco. E já me sou tão pesada que perco outras coisas menores. Perco o jeito, perco a etiqueta, a regra, o “bom mocismo”. Perco. Perco o certo. E perco pessoas. Ganho outras tantas, é verdade, mas vivo perdendo pessoas pelo caminho. Estão todas na minha sacola de Félix³, mas de repente já não as encontro mais, não nos encontramos mais, não me encontro quando com elas.

É que toda a minha bagagem é peso, mas há pessoas que são fardos. Muitas vezes eu mesma me torno um.

¹ Quem me apresentou foi a Miss
² Apresentando a mim pela Menina Misteriosa
³ Expressão usada com todo lirismo pela Frau Forster e eu peguei emprestada 

terça-feira, 26 de julho de 2011

Perdi?!

Tema: Perdas

Talvez minha amizade com os mais velhos, que geralmente são bem mais sábios, tenha me ensinado que nada nessa vida me pertence, o que não me torna uma sábia como eles, porque eu tendo a acreditar que algo bom pode ser meu para sempre_ uma contradição, é verdade!

Contudo, posso dizer que coisas, aqueles objetinhos inanimados, não tomam minha afeição além da função prática que elas têm de fato, por isso, consigo substituí-las, ou viver sem numa boa;

Já as pessoas, essas realmente têm para mim um grau de importância maior, embora eu saiba que isso pode mudar de uma hora para outra, pois quem tem poder sobre os passos, pensamentos, sentimentos, ou vontades alheias?! Daí, entendo quando elas se vão, e ainda que as perceba caríssimas, isso é apenas registro de que são únicas, não de que são insubstituíveis. Então, eu sei que também consigo viver sem;

Mas, aquelas coisas de dentro, que fazem de nós quem somos, delas deveríamos ter o domínio absoluto, entretanto, muitas vezes, sei lá o que acontece, nós as perdemos, e se perceber sem sonho, esperança, fé, isso sim deixa vazio!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Perdi um pedaço meu


Tema: Perdas

Acho muito difícil falar sobre perdas. Perdemos todos os dias. Perdemos oportunidades, perdemos tempo, perdemos a paciência...e quer coisa mais chata do que perder?

Tenho pensado muito no que perdi desde o começo da minha adolescência até hoje. E o que mais me entristece não são as coisas exógenas a mim, e sim o que fazia parte da minha essência, que perdi. Não é triste quando perdemos parte da nossa inocência, por exemplo?

Quando somos mais novos acreditamos que todas as pessoas são boas, que promessas sempre são cumpridas, que “te amo” é para sempre, que confiar é fácil, que amizades são eternas, que pessoas que gostamos são imortais...

E conforme crescemos, dia a dia vamos perdendo um pouco disso tudo. Muitas vezes olho pra trás e tento buscar um pouco disso que perdi. Tento buscar a maneira como eu confiava no que as pessoas me diziam; era fácil, não acreditava que as pessoas pudessem simplesmente dizer uma coisa que muda a sua vida em um dia e mudar de opinião no dia seguinte, sem se importar com sentimentos. Também busco a visão que eu tinha do mundo, tão mais simples, tão melhor.

Acho que de todas as coisas que perdi de mim mesma, o que me faz mais falta é meu poder de confiar nas pessoas. Muitas vezes aceito o que me dizem, mas isso não quer dizer que eu confie. Um pé sempre permanece atrás. 

domingo, 24 de julho de 2011

Eu perco

Tema da semana: perda.

Acho que, com esse tema, perco a ironia e perco o sarcasmo...


Na vida, em geral, perco o chão, perco a noção, perco a cabeça...  Se eu fosse a Adriana Calconhoto perderia as chaves de casa e o freio também. O medo, ele eu nunca perco! Maldito!

E a dignidade? Na verdade, eu creio que nunca perdi. Já cometi deslizes na vida, mas sempre procuro consertar as coisas, acho que isso faz parte de ser digno. E, se perdi a oportunidade de ser bem vista por alguém devido a esses deslizes, creio que não perdi grande coisa. Não entendo gente que dá o filme inteiro como perdido por causa de uma ou outra cena medíocre.


 Não acredito em perder pessoas. Não se perde aquilo que nunca se teve, e acredito que cada um pertence a si mesmo... Embora, pensando agora, tenha a impressão de que quase me deixei pertencer a alguém uma vez... Um pequeno deslize.


Perdi uma coisa recentemente, que tenho medo de que me faça falta. Veja bem, estou falando de uma coisa, e não de uma pessoa. É tipo uma capacidade de acreditar, algo nesse sentido... Mas estou procurando reencontrar. Assim como reencontrei minha fé, outrora perdida.

Perco tempo, isso é fato... Mas é difícil distinguir quem merece e quem não merece meu tempo, e muitas vezes eu mesma não me sinto merecedora, por isso durmo. Durmo em excesso, é verdade, mas não sou a menina que sorri enquanto dorme? De fato, sou mais feliz dormindo, e se é assim, talvez não seja perda de tempo.

É o que tenho a dizer sobre perda...

E como diria Clarice, minha querida Clarice: “Perder-se também é caminho”.
 
*texto anteriormente publicado no blog No Lipstick, em julho de 2010.

sábado, 23 de julho de 2011

Can't Stand!

Tema da semana: Desabafo
Sabe o que não suporto?

Não suporto quando as pessoas pensam que te conhecem e numa conversa conseguem inverter, torcer, inventar coisas na cabeça delas que simplesmente não tem nada a ver com você ou coisas que você faria. Tudo piora quando essas mesmas pessoas acham que estão 100% certos sobre você no julgamento, mas na verdade o máximo que sabem é o seu nome, pelo visto. 

A incompreensão me irrita no sentido de julgamento inapropriado e sem noção. Por isso fico triste quando você acha que conhece as pessoas que estão ao seu redor, mas elas mostram que pelo fato de elas não te conhecerem direito você acaba as conhecendo menos ainda.

Pronto, falei!
=/

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Deus deu a vida para cada um cuidar da sua

Tema da semana: Desabafo


"Deus deu a vida para cada um cuidar da sua"

Li isso num parachoque de caminhão num passado recente. Ri. Mas não pude deixar de concordar: se cada um cuidasse da sua vida, a vida (de todo mundo) seria muitíssimo melhor.

Todo mundo diz que eu sou brava. Bom, isso eu sou, mas não o tempo todo. Independente disso, tenho o direito inalienável (como todo mundo no mundo) de ficar brava quando vejo haver motivo. E uma das coisas que me aporrinham é gente querendo se meter na minha vida.

Eu não dou palpite na vida alheia, não faço fofoca nem de gente famosa, não dou pitacos no romance de ninguém. Então por que tem gente que insiste em criticar o modo como me organizo, dirijo, namoro, fecho a porta do carro, tomo decisões, espirro, bocejo, falo, como - enfim, como levo minha vida? Por que tem gente que acha que sempre preciso de conselho, proteção e orientação - e, para isso, se acha no direito de se intrometer na minha vida, conjecturar e especular?

Ainda se eu fosse doida, irresponsável ou inconsequente. Se eu estivesse totalmente perdida, desempregada por opção ou quebrada. Bom, eu até entenderia... Mas eu sou justamente o contrário: nunca dei trabalho ou preocupação para ninguém e sempre me virei muito bem sozinha.

Sei que tem essa história de a gente dar liberdade para as pessoas fazerem isso. Mas eu avisei, risquei a linha no chão, coloquei a cerca branca... Mas nada, nenhum resultado. O que fazer agora?

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Chega de reclamar!

Tema da semana: desabafo.

Eu entendo o desabafo como uma reclamação. Falar sobre alguma coisa que te incomoda, te chateia, te deixa com muita raiva. E ao pensar em o que desabafar, descobri que isso é o que eu mais tenho feito nos últimos tempos. Descobri que tenho sido uma grande reclamona! E o pior: uma reclamona de barriga cheia. Até porque, fome eu não passo. E tenho comido muito bem, obrigada. 

O fato é que sempre há o que não está tão bom. O salário dá pra pagar as contas, mas não dá pra viajar. Ou será que as contas é que tem tomado conta do salário todo? O emprego não é o dos meus sonhos. Mas em algum momento eu fui atrás de algum sonho, ou fui atrás simplesmente de um emprego? Se eu for parar pra pensar na minha realidade, comparando à situação de outras pessoas que estão no mesmo barco que eu, até que eu tenho tido sorte. Claro, de alguma forma eu fiz minha parte pra estar onde estou e, se não estou bem aqui, trata-se de uma escolha minha e consequentemente uma mudança, se for realmente necessária, deve partir de mim também. E reclamar pode ser o pontapé. Mas não adianta ficar só na reclamação. 

Tudo tem dois lados. E o lado negativo não precisa ser o de maior evidência. Deve existir alguma coisa positiva sempre e agradecer a ela ao invés de reclamar da coisa ruim, já traz uma boa melhora no geral. Sempre gostei de agradecer por tudo. Até pelas minhas mancadas. E sempre acreditei que se eu estiver realmente disposta, poderei aproveitar as chances de receber sempre algo melhor amanhã. E sempre tive certeza de que quem precisa definitivamente acreditar na possibilidade do melhor pra mim, sou eu, quem mais haveria de ser? 

Sim, sou uma pessoa extremamente positiva. E quero me tornar vada vez mais positiva. E estou feliz assim. Andei tendo umas crises de reclamação e insatisfação, mas quero parar com isso já. Chega de reclamar! Não vai levar a nada, além de me tornar uma chata. Quero sorrir e agradecer. Estou pronta para a positividade!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Eu quero bater boca!

Confesso: sou chegada numa discussãozinha. Não, não sou de fazer barraco, não é a esse tipo de discussão a que me refiro. Estou falando é de discutir um assunto, de conversar sobre um livro, uma ideia, um filme, uma crença. Eu sou do tipo que acha que política, religião e futebol são pra discutir sim. Opa, por que não?

Então eu me frustro. Me frustro, me frustro e me frustro. As pessoas não querem mais conversar sobre pontos divergentes. Acham que só há diálogo na base do amém. Eu, hein? Não somos ovelhas nem nada pra ficarmos aí num eterno bahhh. 

Diálogo pode ser até um eco, mas ele bate e volta, certo? E nunca é a mesma voz, não é. A gente cresce discutindo, tentando entender o outro. Exercitando a paciência para não esganar o outro, inclusive. Que isso, minha gente?! Nos tornamos pessoas melhores quando tentamos compreender o que gosta de axé quando a gente gosta mesmo é de blues. Sim, transcendemos mais do que se fizéssemos 30 horas de meditação. Por isso, vamos discutir, vamos expor o que pensamos e deixar o outro fazer o mesmo.

Mas assim, se você não concordou com nada o que eu disse, fique na sua que na prática a teoria é outra.

ha! :P

obs.: brincadeira, se você não concordou, comente sim, a gente se estapeia mas se ama ;)

terça-feira, 19 de julho de 2011

"Rótulos"

Se algo me irrita na vida é, sem dúvida, gente metida à analista da existência alheia e sem a devida permissão e competência.

Será que não se pode ser reservado e guardar os infortúnios, as “glórias” e as outras coisas, apenas para si? Ser introspectivo e discreto incomoda tanto?

Eu que tenho a natureza mais comedida ouço muito que “essas santas que são as piores”... O que é isso?!

Quando eu tinha 13 anos uma menina que estudava comigo comentou com outras que eu me fazia de "santinha" na escola, mas que devia ser a maior “galinha” da minha rua... Quando eu soube disso, eu não entendi o porquê do comentário e não consegui não lagrimar, se ela soubesse que eu sequer havia beijado até alí, aliás, isso só aconteceu cinco anos depois daquele episódio. Eu era só uma menina tímida, mas para ela eu devia ser como ela: comunicativa e AUTÊNTICA em todos os lugares_ como se a minha timidez fosse forjada, sinônimo de falta de caráter, vai entender!

Hoje, não choro mais ao ser rotulada; quem me conhece jamais diria que sou "santa" em um lugar e "demônio" em outro, porque eu sou apenas eu em qualquer lugar e em qualquer situação. Se me sinto confortável e considero apropriado faço até piada, se não, fico quieta e pronto, e não acho que isso seja uma espécie de dissimulação, acho até que isso mostra o quanto sou transparente.


segunda-feira, 18 de julho de 2011

Amizade hipócrita

Como o tema dessa semana acabou como desabafo, vou contar o que anda me incomodando bastante nos últimos tempos - pessoas que insistem em amizades que não existem.

Há vários tipos de pessoas como essas, mas as que mais me irritam são aquelas que não te veem há anos, não te ligam, não fazem questão nenhuma de te encontrar, não sabem mais nada sobre sua vida e, de repente, quando lhes parece conveniente, te mandam e-mails e mensagens sobre o quanto te amam e sentem sua falta. Você, inocente, acaba caindo nessa balela de novo e dá mais uma chance. E novamente, tendo a segurança de ter você como "amiga", a pessoa some. Não importa se você estiver precisando dela, se quiser sua amizade de verdade, sua companhia, se quiser ajudá-la, ela simplesmente some.

Não entendo o que se passa na cabeça dessas pessoas. Não sei se querem apenas mostrar para os outros que continuam tendo amigas, ou se no mundinho delas a amizade é assim - sazional. Não precisam saber e participar da vida da amiga, não precisam apoiá-la ou repreendê-la, não precisam compartilhar e serem ajudadas, não precisam se ver, se falar...basta apenas um recadinho de vez em quando explicando o quão ocupadas andam para serem amigas de verdade.

Amizade pra mim tem que ser completa. Não preciso viver colada com minhas amigas, nem falar com elas todo dia. Mas sei que, não importa o que se passe na minha vida, elas não serão jogadas para o "décimo plano". Pelo contrário, é essencial sentir que participam de minha vida e que participo das vidas delas.

Enfim, só não aguento mais tanta hipocrisia em um relacionamento tão legal quanto a amizade.

domingo, 17 de julho de 2011

Desabafo de Domingo

Aparentemente não temos um tema para essa semana, mas eu não estou em clima de férias, apesar do mês de julho e talz, e pensei que poderia fazer um post descompromissado, meio sem assunto, falando sobre, sei lá, formatura. Mas aí o post é promovido de post descompromissado para post raivoso.

Bem, minha formatura já passou, foi  dia 16 de fevereiro. Só participei da colação de grau, sou uma menina abençoada e foi tudo rápido e indolor. Não foi exatamente penoso, mas eu não sou também o tipo de gente que gosta dessas coisas, fiz tudo pelo meu pai, que pagou até a trança do meu cabelo e só não pagou a cerveja do meu jantar, e também fiz tudo pelas fotos.

Eu sou uma garotinha meio desinformada, principalmente quando o assunto é frescura. Eu ainda tinha na minha cabeça aquelas coisas que aconteciam nas formaturas de pré escola e oitava série, em que o fotógrafo te mostrava as fotos e perguntava quais você queria no seu álbum. Hoje em dia as coisas parecem acontecer diferentes...

Eu sabia que as coisas eram caras e talz, mas não questionei para a comissão de formatura, talvez porque eu tenha ido na faculdade só umas quatro vezes durante o último ano, sei lá, eu achei que eu podia comprar quantas fotos eu quisesse, sabe como é, tenho cabecinha ingênua, de gente provinciana, suburbana, ou talvez pão-durae e talz. Achei que eu ia escolher umas fotos que ficassem tipo, no máximo em 800 contos, que eu pagaria com lágrimas nos olhos.

E hoje, nesse lindo domingo, oito horas da manhã meu pai vai no meu quarto avisar que o meu celular está tocando na sala. O mesmo numero que me ligou várias vezes entre 22:30 e 23:30 durante a semana. O sono para mim é sagrado, eu não atendo celular depois das 22:30 a não ser que eu considere muito quem está telefonando. Domingo de manhã então, imagina se vou atender... Mas por volta das nove horas, meu pai me acorda avisando que o “cara do álbum” está na porta da minha casa. Oi?

Não perguntem como, mas eu comprei um álbum que custou 1.600, com umas 4 fotos repetidas e 1 em que eu nem apareço, porque minha comissão de formatura, que eu nem conheço bem, tem um monte de gente feliz que achou bacana colocar um número de fotos feliz como o mínimo. Sei lá quantas fotos tem, mas enfim..

Eu comprei porque poxa... O momento é penoso, a roupa é quente, o discurso é um saco, mas as fotos são legais. Apesar da capa, apesar das montagens, apesar da caixa desnecessária que compõe o pacote. De qualquer forma, acho que a estratégia da abordagem no domingo de manhã é totalmente excelente, porque veja bem, 11 horas depois eu penso: “1.600 reais é praticamente o que vai custar meu notebook”.  

Enfim, eu não tenho cara de quem anda com 1.600 reals no bolso, né? E na verdade o álbum era 1.890... Mas eu não poderia deixar o vendedor de álbum impune por me acordar domingo de manhã, nem a empresa por encher meu álbum com fotos desnecessários devido a ausência de fotos do baile. Aí eu torci o cara, e ainda acho que eles podiam ter dado um descontoo bem maior.... Mas enfim, eu ainda pedi pra pagar em janeiro, com a ajuda do meu décimo terceiro, e meu pedido foi atendido. Só 11 horas depois eu me lembro que eu queria a ajuda do décimo terceiro pra trocar meu notebook que tá quase sofrendo de falência múltipla dos órgãos...

E o cara ainda tava me mostrando contratos de gente que pagou 6.400, 5.000, 3.000, e cia no álbum de formatura...  Eu não nasci assim. Eu pago 1.600, com 6 meses de prazo, e ainda vou me sofrer por isso durante um bom tempo, principalmente nas vezes em que meu notebook tiver um tilt e apagar sozinho.  =( E conheço muita gente que paga caro e fala pra mim: "mas você tá achando caro pq? você tem muito mais condições do que eu". Bem, talvez porque eu faça um planejamento financeiro melhor. Tanto que eu sei que o álbum ou vai me atrasar por 1 ano o notebook, ou passar a "troca" do meu carro de maio de 2013 pra agosto de 2013. Pode parecer pouco, mas para mim é suor.

Desculpem o desabafo...  E acho que podemos colocar desabafo como o tema da semana! ;)

sábado, 16 de julho de 2011

Eu não aceito que minha vida só comece aos quarenta!

Tema: "Quem foi que disse que a vida começa aos quarenta? A minha acabou faz tempo..."

     Acredito que digam isso, pois acham que com quarenta estamos mais maduros e conseguimos ver as coisas mais claramente, mas não concordo totalmente com isso, afinal se descobrir, se arriscar, se jogar também requer alguma reflexão além de ser muito bom e, na maioria das vezes, muito gratificante. Ser consciente sempre, não dá e eu tento, por mais pragmática e receosa que eu possa ser, ser assim.

     Acho também, que nunca paramos ou, quiça, deixamos de viver. Estamos sempre de alguma maneira vivendo e continuando, o que muda é o pensamento do que é viver para cada um. E se pensarmos, até o nosso próprio conceito de vida está em constante mudança, o que eu acho bom hoje pode não ser mais tão bom daqui uns anos.

     O importante nisso tudo é sempre ter consciência de que temos que viver, seja lá como for o jeito, mas que ele exista, pois estamos aqui para isso. Ainda mais se esse jeito for auto astral e de bem com a VIDA que espera, ansiosamente, ser vivida.

Quem disse que a vida começa aos quarenta?

Tema: "Quem foi que disse que a vida começa aos quarenta? A minha acabou faz tempo..."

Me disseram uma vez que depois dos vinte, a vida passava voando. E é a mais pura verdade. Mas eu fiz um acordo com o tempo: eu não corro atrás dele e ele não corre atrás de mim (tenho algo parecido rabiscado num caderno velho de versinhos). Então tenho vivido cada momento muito bem vivido.

Longe de achar que a vida começa aos quarenta, acho que ela começa quando a gente bate o pé e diz:

- Poxa, agora é pra valer.

Ser feliz é uma questão de escolha. Começar a viver também. Talvez isso esteja muito ligado ao que cada um de nós espera da vida e das pessoas. Mas tenho que admitir que a experiência de vida e a maturidade que (em tese) você tem aos 40 deve tornar as coisas mais simples e mais leve. Assim, deve ser mais fácil viver depois dos 40.

Então por que será que a gente às vezes tem essa sensação de que a vida acabou? Talvez justamente por não termos vivido o bastante para ver o que é problema de verdade e ter experiência para dar a cada coisa a devida importância ou porque só vemos o lado ruim das coisas e achamos (cedo demais!) que a vida acabou. 

Nem sempre é o fim do mundo. Muitas vezes, são só crises - que nada tem de meia idade. E parece que vivemos tanto quando, na verdade, vivemos pouco diante de todas as possibilidades por aí.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Já foi e continuará sendo

Tema: "Quem foi que disse que a vida começa aos quarenta? A minha acabou faz tempo..."

Ah, tá. E se eu não chegar aos 40? Não viverei? Então, até agora o que eu tive foi o quê, se não vida? Quer dizer que eu não vivi minha infância, da qual eu morro de saudades, não vivi minhas crises de adolescência, não vivi todos os meus sonhos, não vivi todas as minhas conquistas? E as paixões? Não vai me dizer que todas aquelas loucuras, aquelas dores, aqueles suspiros não significam que eu estava viva?!

A minha vida começou faz tempo... Pouco mais de 24 anos, na verdade. Pelo que me lembro, comecei a viver logo que nasci. Fui vivendo cada pedacinho de vida, ao meu modo e às vezes, inevitavelmente fui levada pelos acontecimentos, o que não exclui experiências, marcas, aprendizados, erros, acertos, enfim: vida. Pode ser que aos 40 anos eu saiba viver melhor ou aproveite mais a vida. Quem saberá dizer? 

Acho simplesmente impossível comparar a vida em diversas idades ou fases. São situações tão diferentes, que excluem possibilidades de se dizer onde foi que se viveu mais ou onde será que se viverá melhor.  E mais impossível ainda, alguém dizer como se vive. Se vive e pronto. Pra mim esse papo de que tem que ser assim, tem que ser assado é uma chatisse enorme. Cada um faz da sua vida o que quer. Claro que eu prefiro sempre tentar fazer o melhor. Mas o que é melhor pra mim, pode não ser tão bom pra você. Afinal de contas, estamos falando de vida, não é?Pois então, cada um que cuide da sua.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Sai pra lá, urubu

Tema: "Quem foi que disse que a vida começa aos quarenta? A minha acabou faz tempo..."

Já perceberam como sempre tem alguém dizendo como a gente tem que viver a vida e quando? Essa máxima de que a vida é assim e assado e quando ela está em seu ápice me cansa. Existem protótipos de fracassados em todas as idades. Ha!   :P

Essa música ilustra bem isso, o cara tem menos de quarenta anos mas já jogou a toalha. E aí? Tem gente com 15 jogando. Com 20, 30, 50... Há muitas toalhas por aí.

Se não há idade para se viver a vida, também não há receita, não há 3 passos seguros para nada. Tem gente que se sai bem agindo de certa forma e outro ao repetir as “mesmas” ações acaba se dando mal, o que foi velhinho? 

Eu estou perto dos 30 e ando vivendo desde os 5, que me lembro, vivendo muito mal às vezes. Mas faz parte mesmo, ué. Eu prefiro assim.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Vidas e Vidas, depois dos 40

Tema: "Quem foi que disse que a vida começa aos quarenta? A minha acabou faz tempo..."


De uma coisa eu tenho certeza: a afirmativa de que a vida começa aos quarenta tem garantido micos homéricos às celebridades e outros seres “especiais” que levam isso muito a sério.

O certo é que podemos nos sentir bem ou mal em qualquer momento da vida, independente de idade. Sim, é plausível que em áreas como a financeira e a emocional, por exemplo, alguém se avalie melhor aos 40, e neste caso o tempo foi um colaborador, contudo, também é nesse período da vida que a oleosidade natural das madeixas femininas diminui dando aquela impressão de cabelos quebradiços e secos; é neste período que se recomenda o tão temido exame de próstata, isso para não citar outras "mazelas”, por assim dizer, típicas da idade.

E muito embora o avanço científico e tecnológico esteja facilitando, melhorando e contribuindo enfim para o aumento da expectativa e qualidade de vida das pessoas, a verdade é que cada coisa tem seu tempo: eu posso ter turbinado meu corpo com lipo, silicones e tudo mais, mas se eu tenho meus mais de 40 convém que eu entenda que eu tenho mais de 40, o que não significa que eu deva ser “careta” e “vestir o traje da vovó” (o que me parece assustador para muitos), apenas que devo me apropriar do bom senso que a vida que já vivi me proporcionou livremente e me poupar da dor desnecessária de ser uma piada pública.


sexta-feira, 8 de julho de 2011

A decepção, meia-irmã da expectativa

Eu desisti de tentar não esperar nada, mas acho que aprendi a esperar um pouco menos. Só acho, porque vira e mexe eu me decepciono com as pessoas e as situações. "Somos todos humanos e erramos" não serve de consolo sempre. Não mesmo. Tem erros que não deveriam ser permitidos, mas é errando que se aprende - em tese. Há controvérsias para todas as teses de senso comum.

Há uns anos atrás, eu tinha uma gradação para isso e podia classificá-la em três categorias: chateação (leve), desapontamento (moderado) e decepção (fatal). Na verdade, acho que ainda levo isso em conta atualmente, só que agora para merecer a categoria decepção é muito mais difícil - o que tem me trazido grande tranquilidade.

Quem não quiser se decepcionar, é melhor nem sair de casa... Ou melhor, é melhor nem sair para a vida - afinal, mesmo em casa você pode se decepcionar com o almoço de natal que miou por sua causa.

Ter expectativas e se decepcionar são coisas que vivemos todos os dias e que fazem de nós, os seres humanos que somos. E, convenhamos, mesmo eu que adoro planejar reconheço que a vida seria um tédio se todas as nossas expecativas fossem atingidas. E como aprender a lidar com o que não dá certo? Durante a vida, ouvimos mais "nãos" do que "sins" e pobre daquele não consegue aceitar ou lidar com isso.

A gente muda, a nossa vida também - do mesmo modo que as nossas expectativas e as coisas que nos decepciona[riam]. Tem que ser assim, não? Não dá para esperar a mesma coisa da vida a vida toda, ou dá? Se der, acho que tem alguma coisa errada... Algumas coisas talvez permaneçam em essência, mas a roupagem e o olhar é outro, porque somos outros.

Se por um lado eu acredito que tanto as expectativas que dão frutos quanto as decepções sejam boas (por diferentes motivos), por outro, não acredito de modo algum em pessoas que dizem não ter expectativas - isso é discurso de quem tem medo de se frustar, de se decepcionar.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Sobre a responsabilidade

Segundo o dicionário Priberan da Língua Portuguesa, consultado através do Google:




expectativa
   s. f.

1. Expectação; espera.

2. Esperança baseada em supostos direitos, probabilidades ou promessas.

3. Esperança.
4. Probabilidade.

Claro que o item 2 foi o que mais me chamou a atenção. Olhe bem: supostos direitos, promessas. É, esse assunto não é fácil. Como já foi dito durante a semana, só sendo muito tonto, ou mesmo carente pra se encher de expectativas acerca de uma coisa que nem sequer existe, concordo. Então, vamos nos limitar a pensar esse caso da maneira mais coerente possível, mesmo que na prática seja tão difícil encontrar tal coerência em assuntos tão delicados quanto esse. Desse modo, entendemos que uma expectativa não nasce sozinha. Ela vem acompanhada de alguma coisa. De alguma frase estrategicamente dita ao pé do ouvido, de um sorriso seguido de uma piscadela safada, de uma confissão no meio de uma noite de bebedeira, enfim, há inúmeras formas de se apertar o botão do "será"? 

Será que ele me quer? Será que ele me acha gostosa? Será que ele gosta de mim? Será que ele quer transar comigo? Será que ele que casar comigo? E aí a nossa vida fica toda assim, cheia de interrogações. E a gente responde a essas interrogações com exclamações positivas ou negativas. Então vem: acho que sim, ele me quer; não, ele não quer namoro, quer só sexo mesmo; acho que no fundo, ele quer se casar comigo, mas ainda tem medo. São inúmeras as respostas que criamos para perguntas que fazemos acerca do que pensa, do que quer ou do que planeja outra pessoa. E, convenhamos, o que planeja, deseja, ou pensa a outra pesoa, é um problema todinho dela. A nós cabe apenas o que depende de nossos desejos e planos. 

E por isso é que devemos esperar de nós, aquilo que queremos e podemos fazer. Se queremos nos apaixonar e nos entregar a palavras ditas ao pé do ouvido, por que não? Se no final das contas, por algum acaso não ouvirmos mais o que gostaríamos, simples, afastamos os ouvidos. Vamos embora e pronto. Simples assim. 

O que interessa, na verdade é que uma expectativa pode até ser criada a partir do outro, mas quem a cria, somos nós. Nós somos responsáveis por ela. O discurso "tu és responsável por aquilo que cativas" é lindo e encantador. Mas não funciona muito bem na minha realidade. Ou talvez seja eu que tenha essa mania doida de me responsabilizar por tudo, mesmo sendo tão irreponsável com tantas coisas, principalmente eu mesma.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Se lambuzando

Eu gosto de expectativas. Eu gosto de esperar. Gosto de fantasiar, de imaginar, florear, “glacear”¹. Eu gosto. Eu gosto de ir muito além do que foi dado. Se me derem o mindinho eu já imagino o que farei com todo o resto. A expectativa pra mim tem gosto de calda de chocolate de bolo de cenoura de vó.

Que me interessa se o outro não vai corresponder à minha expectativa? Nunca fui boa em adivinhações, não tenho vocação pra mãe Dinah, o que me cabe é fazer a minha parte e a minha parte pra mim é me entregar inteira. Se o outro não soube usar a entrega, que se exploda, vai doer você tendo entregado um tico ou um tantão. E pior ainda é ficar pensando como seria se a gente tivesse agido diferente. Eu não. Eu me apresento numa embalagem com laço, o outro que se vire comigo. Eu cuido de mim. O outro? Que ele cuide de si mesmo, não posso dar um passinho bem pequenininho porque eu não sei até onde o sujeito está pronto pra ir. Dou passos largos, ou a gente acerta os passos uma hora ou pega caminhos diferentes logo de uma vez. 

Acredito sim que se possa criar expectativas sozinho. A carência move montanhas, baby. Um aceno e o mundo está dizendo algo para você. Um oi e isso se torna um sinal cabalístico de algo irá acontecer. Um olhar e você tem a certeza de que tudo está escrito nas estrelas. A carência, seja de que tipo for, faz qualquer anelzinho de bala se transformar na mais cara jóia. A carência pode dar o tom exato da sua expectativa.

Que seja, desejo até os ossos. Crio expectativas até dizer chega. A pessoa dizer chega, na maioria das vezes. Eu não gosto de receitas. Algo me dizendo até onde é o certo ir, até onde a convenção estipula que é o aceitável, o seguro. Não uso medidores. Gosto de botar a mão na massa, por todos os ingredientes “no olho” e sentir o gosto. Às vezes a coisa não sai como esperado, mas e daí? Ter menos vontade alteraria o resultado das coisas?


¹ de por glacê

terça-feira, 5 de julho de 2011

Sim, eu também espero!

Vou chover um pouquinho no molhado, pois concordo com a Ana B., "nós sempre esperamos algo das pessoas", embora em muitos momentos achemos melhor negar isso.

Acho até que, como seres humanos, precisemos traçar planos e esperar as conquistas, sejam quais forem elas, contudo, também precisamos nos lembrar, por exemplo, que existe a possibilidade de nós não estarmos no plano de outrem, ou que nossa maré não estará sempre  para o peixe que queremos, o que não significa necessariamente que não podemos levar outro peixe e sair tão bem alimentados quanto!


segunda-feira, 4 de julho de 2011

Minhas expectativas


As expectativas normalmente criam um problema da nossa cabeça, de sempre exagerar na imaginação do que nos acontecerá, sendo para mais ou para menos.

Há pessoas que quando esperam muito por algo, tendem a multiplicar por mil a dimensão e intensidade disto e, consequentemente, acabam se decepcionando. Outras pessoas, pelo contrário, sempre esperam de menos, talvez como um modo de defesa para não se decepcionar; mas evitar a decepção deste modo sempre pode torná-las pessoas muito pessimistas.

Já esperei de mais e já esperei de menos, já me surpreendi e já me decepcionei, mas hoje sempre tento manter minhas expectativas otimistas. Fica mais fácil de me decepcionar, mas também fica mais fácil de me reerguer após uma decepção, esperando que coisas boas aconteçam. Acredito que se não vivermos em um mundo de ilusão e mantermos sempre um pé no chão, não há problema nenhum em levitar com o outro pé!

domingo, 3 de julho de 2011

Em defesa das expectativas

Tema da semana: expectativas.

Vou bancar o advogado do diabo, talvez. Sei que o tema é delicado, pra não dizer que é um saco, mas fala-se tanto na importância de não criar expectativas que faz sentido pensar se isso é realmente possível. Além disso, é interessante falar da moda de dizer “não espero nada de ninguém”, quando estamos cansados de saber que sempre esperamos algo das pessoas: que elas nos amem, que elas nos deixem em paz ou que elas se explodam.

Alguém aí poderia dizer que é coisa de mulherzinha, se eu concordasse com isso diria, em contrapartida, que se a mulher cria a expectativa isso se deve ao fato de que o homem a planta. Olha, estou cansada de ver homem desesperado tentando iludir a mulher, achando que se a pobre estiver com os pés no chão ele não vai conseguir aquilo que almeja. E nem estou discursando o comum “homem só pensa naquilo”, não é só por isso que homem planta expectativa, planta também para reforçar a própria auto estima, pra manter a geladeira cheia ou mesmo para praticar o já banalizado esporte de fazer mulher de trouxa.

Enfim, expectativas existem. Se elas fazem mal aos relacionamentos? Não sou perita em relacionamentos, mas diria que elas só fazem mal quando se tornam gigantescas, e que são vitais para os mesmos quando em doses razoáveis. Afinal, o que te levaria a perder tempo com alguém de quem você acha que não pode esperar nada? O único relacionamento sem expectativas que possuo é com os governantes, não espero nada deles, e por isso, a cada ano que passa, estou mais distante da política. Do resto, eu espero! Espero que minhas amigas sejam amigas, espero que minha família seja família, espero que as pessoas estejam dispostas a fazer nossas relações valerem a pena, e quando elas não fazem, dou um jeito de deixá-las para trás. Quanto aos homens, atualmente, deles só espero distância (mulher ressentida mode on).

Uma expectativa nunca é produção independente. Por exemplo, eu não posso ter expectativas com o Brad Pitt, afinal, por razões óbvias ele não pode me ajudar a cria-las. Pelo menos falando de gente normal, é raro encontrar alguém realmente surtado que, a partir do nada, comece a esperar das pessoas coisas que elas não  deram a entendender ou não se comprometeram a fazer. O comum é que um dos pais das expectativas não queira a filha, mas veja nela a única alternativa de conseguir uma terceira intenção; ou ainda que, ele até tenha planejado conceber a expectativa, mas, de repente na última hora, percebeu que não era aquilo que ele queria, providenciando então um aborto (sanguinário o bastante para traumatizar a outra parte). Geralmente, o pai assassino da expectativa tem uma série de discursos: “você criou expectativas demais”, “você não entendeu o que eu queria dizer” ou a clássica “não é você, sou eu”. São discursos óbvios, mas nunca sinceros, afinal, como dizer a verdade? “Eu agi sem pensar, com irresponsabilidade e agora a única coisa que posso fazer é sair correndo”. “Eu não ia fazer isso nunca na vida, mas como achei que te iludindo conseguiria atingir meus interesses, eu fingi”.

As expectativas são inocentes, os culpados são os pais delas, os dois pais! Um por tê-la fecundado sem real interesse em supri-la, e outro por ter escolhido um irresponsável como parceiro pra criar a expectativa.

Obs: publiquei esse texto há pouco menos de um ano, no No Lipstick. Preferi republicá-lo a escrever outro, por continuar tendo a mesma opinião a respeito. 

sábado, 2 de julho de 2011

A menos secreta das amigas secretas.

 amiga secreta, que já não é tão secreta desde quinta feirae é a menina mais azarada entre as improváveis, afinal, foi “tirada” justamente por mim, a improvável mais enrolada, que só comprou o presente ontem e ainda não enviou.

Azar a parte, vamos ao que vi pelo facebook e pelos posts dela no meninas...

No facebook, descobri que minha amiga secreta gosta de livros e de cinema, o que temos em comum. Além disso, ela gosta de livros sobre vampiros, oba! Adoro livros sobre vampiros! E ela também curte o filme “Discurso do Rei”, um dos melhores filmes que assisti esse ano!

Não a conheço pessoalmente, mas pelas fotos  que vejo desde que participo do blog, vi que ela é linda! E os pais dela são muito espertos, pois sabiam que a beleza da filha ia fazer sucesso, e de cara, já fizeram outra filha igual: minha amiga secreta tem uma irmã gêmea!

No blog descobri outras coisas em comum, minha amiga secreta também gosta de True Blood, e também não gosta de carnaval.  Ah, outra coisaaaa, ela faz francês! Eu adoro música francesa, então ela é minha ídola, porque um dia quero ser como ela e ter ânimo pra fazer aulas de francês!

Segundo minha amiga secreta, ela tem problemas com a balança, o que seria outro ponto em comum entre a gente, mas as fotos não comprovam, portanto acho que ela tem paranoia com a balança! Kkkk

Como uma boa parte das Improváveis, na qual eu não me incluo, ela faz letras... Ah! Que delícia estar entre gente que entende mais de ler e escrever do que a gente, e aprender coisas com elas... A minha amiga secreta nos apresentou, em um post, o conceito de literatura, e fez uma reflexão sobre ele.

Quanto às impressões.. Afinal, quando a gente lê textos e vê perfis sociais, de alguém que não conhece pessoalmente, nos enchemos de impressões: a minha amiga secreta me parece uma pessoa delicada, ainda que ela não seja delicada ao pé da letra, pelo menos nas fotos ela parece delicada, daquelas pessoas leves, cuja presença não afronta, mas sim encanta. Outra coisa que percebi, pelos textos, é que ela é uma pessoa de caráter e valores sólidos, que também preza isso nas outras pessoas.

Bem, todo mundo sabe, minha amiga secreta é a Laís!

Foi um prazer ter saído com ela, ter descoberto mais da pessoa dela, mergulhado no que a internet tinha a oferecer sobre ela! A única parte difícil foi que a minha amiga secreta foi a que colocou menos dicas sobre o que queria ganhar no site do Amigo Secreto, o que me deu um trabalhão pra achar um presente, mas ainda assim, espero que ela goste do presente, que não vou contar qual é!

Ela vai ter que aguentar o suspense, ou vocês acham que eu devo contar o que é???

Por enquanto, um presentinho virtual, uma musiquinha em francês

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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Eu sou gulosa...tra la la la

A minha amiga secreta tem a mesma formação acadêmica que a minha, apesar de ser de uma universidade arquirrival. Eu não consigo imaginá-la cantando "porópópópópó..." #piadainterna

Ele gosta de Norah Jones, Cat Power, Coltrane, entre outros. Gosta de escrever e eu também. E eu acho que a gente tem uma porção de coisas em comum, até o cabelo curtinho.

Bom, minha amiga secreta é a Frau!

obs.: Eu sou gulosona mesmo, e daí?

E aí que ela vai ganhar algum desses, vamos fazer um bolão?