segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Posso desesperar agora?


Tema: Desespero

O desespero é algo muito louco pra mim. Quando algo de desesperador acontece, se estou sozinha ou sinto que sou a pessoa mais calma do grupo, lido com tudo muito bem, com a maior tranqüilidade do mundo. Surto só depois de tudo resolvido.

Mas se sei que tenho alguém “mais forte” junto comigo, sejam meus pais, algum amigo que eu confie ou simplesmente uma pessoa calma, me permito desesperar, chorar, tremer, só não sou muito de gritar.

E o mais estranho é que se eu permaneço calma na hora, o desespero vem depois que tudo já está bem e em maior intensidade! Não sei se é porque fica acumulando dentro de mim, mas se agüento épocas de desespero por muito tempo, quando tudo passa, desabo.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Há uma luz no túnel dos desesperados?


Tema da semana: Desespero.

“Só uma vez fiquei realmente desesperado e cheguei a atear fogo às vestes. Tive, porém, o cuidado de coloca-las bem longe.” Millôr Fernandes

Queria eu ter a prudência do Millôr Fernandes, e manter uma distância segura das coisas em que ateio fogo nos meus momentos de desespero.  Infelizmente, esperteza não é meu forte... Quando me torno adepta do desespero, não tomo cuidado algum, incendeio qualquer coisa e acabo me queimando. No desespero de resolver as coisas, muitas vezes aumento os problemas e não apresento solução alguma. Queimo coisas, e acabo queimada, passando por louca, estranha e atrapalhada...

Millôr também diz que pouco se desespera, porque pouco espera. Eu espero demais... Espero demais até de mim, porque espero um dia não esperar tanto... E a espera por não esperar me dá desespero, porque creio que nunca chegará o dia em que eu não esperarei nada da vida, do mundo, das pessoas... Me resta chegar na lanterna dos afogados...


sábado, 28 de janeiro de 2012

Sim, eu tenho manias

                                                                     Tema da semana: Cada um com a sua mania.

Já fui uma pessoa bem mais cheia de manias. Hoje em dia sou meio alheia a essas coisas, às vezes acho que tem a ver com a fase apática pela qual eu tenho passado. Minhas manias não são hilárias ou extraordinárias, nada que mude o destino da humanidade ou me defina como portadora de algum transtorno obsessivo compulsivo, longe disso, eu acho. No entanto, achei que seria interessante listar no post de hoje algumas manias que já tive ou ainda tenho.

Mania de colecionar canetas: na verdade essa mania se deu por conta dos "ossos do ofício".  Como corretora sempre gastei muitas canetas. Chegou uma época em que eu passei a escolher as que eram mais legais, delizavam mais, duravam e tinham um preço legal. Resultado: tenho hoje potes e caixas de canetas, há esferográficas por toda casa, especificamente as vermelhas.

Mania de adiantar o relógio: sim, por um tempo eu tive essa mania, o relógio do meu quarto era adiantado 15 minutos, pra que eu não me atrasasse pra nada. Isso durou anos e não me pergunte qual a utilidade disso. Sério.

Mania de ler revistas de trás pra frente:  porque é no final de muitas revistas que se encontram algumas coisas de cultura e até fofocas (rs).

Avisei que não era nada de emocionante, mas isso serve pra provar aquela velha história de que "olhando bem de perto ninguém é 100% normal". O importante é se entender e/ou se sentir bem com sua mania. Desde que isso não prejudique os outros, está "tudo" certo.



terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Estranha, mas não mordo!

Tema da semana: Cada um com a sua mania.


Tenho muitas manias, mas todas inofensivas, garanto! Perceba:
   
O tempo que um indivíduo “normal” leva para lavar as mãos, eu levo o triplo, e se porventura algum pingo de água cair no braço direito, eu molho o esquerdo também, e ainda fica mais problemático se respingar na perna, porque daí eu molho uma e depois a outra na mesma direção do pingo e na mesma proporção de água. Nem vou tentar descrever como fico girando em baixo do chuveiro pra molhar todo o corpo na mesma medida (nada sexy, eu sei!). Outro dia, inclusive, conversando com um amigo sobre esse hábito, ele me sugeriu que eu tomasse banho de balde, tipo assim, um balde pro lado esquerdo do corpo e outro pro direito, só pra eu ter certeza de que a mesma quantidade de água estava sendo usada em todo corpo. Pode rir, eu estou acostumada!

Também evito maçanetas, eu disfarço, pois não acho isso bonito, mas sempre espero que alguém abra a porta pra eu aproveitar “o vácuo”; ou uso lenço de papel, eu sempre carrego uma caixa de lencinhos na bolsa; ou se estou sem lenços, dou um jeito de abrir com um pedaço da blusa; e só em último caso abro com a mão, que eu higienizo depois com álcool em gel, que também nunca me falta, embora o gel não me dê a mesma sensação de limpeza que uma boa lavada com água e sabão. Então já dá pra imaginar que apertos de mão me apavoram, né?! Pois é, mas eu não evito abraços. Pode achar estranho, eu estou acostumada!

Mas, talvez a “limpeza” mais formidável seja “lavar” da minha vida quem me faz mal, não aguento abuso, intriga, desconfiança, falsidade, essas coisas, daí eu corto o mal pela raiz e sigo em frente, mudo e-mail, caminho, conversa, e tudo mais que possa me esbarrar à pessoa, super vivo "os incomodados que se mudem", eu me mudo, é o que eu chamo de higienizar as relações.

Outra mania é me desconectar quando uma situação ou conversa não me interessam, outro amigo meu diz que eu fico em standby. E eu considero essa uma mania deveras saudável já que o silêncio é “o amigo que nunca trai”.

E, sabe, eu convivo até bem com essas manias, elas não são perigosas pra mim, e nem machucam a outras pessoas. Perigoso é ter mania de infringir as leis de trânsito, por exemplo, achando que, só porque o trajeto que se vai fazer é curto, dirigir sem habilitação e na contra mão é inofensivo, pois não é. Ontem mesmo meu pai foi atropelado por um motoqueiro que dirigia sem habilitação um curto trecho na contra mão. Essa aí sim é uma mania irresponsável, perigosa, e que deveria ser combatida com firmeza.

P.S: Meu pai ficou muito machucado, tá internado em observação médica, mas vai se recuperar, pelo menos é o que mais estamos desejando hoje.

domingo, 22 de janeiro de 2012

"De perto ninguém é normal"


Tema da semana: cada um com a sua mania.

A tendência do ser humano é se achar normal e acreditar que não existem pessoas como os personagens cheios de manias que normalmente são apresentados nas histórias de ficção... Mas será?

Acho que todo mundo tem seu lado estranho e manias que aos olhos dos outros são desnecessárias ou ridículas. Não significa que a pessoa é anormal por causa disso, mas sim, muitos hábitos e gostos nossos podem ser considerados anormais, se analisados individualmente.

Eu, por exemplo, adoro tomate cortado em cubos mas não consigo comer tomate em rodelas. Eu não consigo falar bom dia para pessoas, principalmente as que vejo todos os dias. Normalmente, quando consigo falar o superestimado bom dia, não consigo ter a expressão facial de quem está tendo um bom dia. Detesto falar ao telefone, por mais que eu ame a pessoa, é um processo sofrido pra mim, a não ser que se trate de alguém com quem tenho muita intimidade. Não é sempre, mas as vezes preciso de férias de seres humanos... Numa dessas, fiquei 3 dias em casa, fingindo para amigos, para o porteiro e pra zeladora do prédio que eu estava viajando (a parte mais difícil foi manter todas as janelas fechadas)... Sou compulsiva, sempre estou fazendo uma coisa em excesso, mas sou grata por conseguir mudar o objeto da minha compulsividade, acho que isso me poupa de algumas complicações. Até gosto de fazer musculação, mas não consigo ficar nem meia hora na academia se ela estiver cheia. Odeio lugares cheios, odeio desconhecidos, odeio um monte de coisas... Pelo menos quando paro pra pensar nelas. Por isso, as vezes penso que as manias e os desesperos são penalidades por pensarmos em certas coisas... Se não pensássemos, as vezes nos livraríamos... A não ser que realmente se trate de um caso psiquiátrico (não que eu não tenha meus problemas psiquiátricos)...

Enfim, acho que não tenho manias graves, não me sinto o Monk, mas também não me sinto no direito de julgar as manias alheias. Afinal, cada um tem seu jeito de lidar com a vida e se sente incomodado alguns detalhes dela... Normal, normal, acho que ninguém é.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Não sei lidar


Tema: Despedidas

Nunca fui boa em despedidas, ou porque sentia um pesar muito grande ou não dava muita bola para o que de fato estava acontecendo. 

A verdade é que eu detesto despedidas, sejam elas quais forem, desde a saída de uma das professoras do primário até uma amiga que de repente resolveu não cursar a mesma faculdade que eu. Quando namorava, dar tchau para o amado era também quase um parto, mesmo sabendo que nos veríamos logo depois. Não gosto mesmo. Fico triste, meio apática por alguns instantes e me sinto pior ainda por saber que algumas coisas são definitivas, que aquela partida quer dizer que provavelmente o contato futuro não será o mesmo, que a pessoa tantas vezes deixará de fazer parte da minha vida.

Não sei lidar com perdas, nem com despedidas, esse é  o fato. 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Despedida

É esse o sentimento que uma despedida me traz: um enorme vazio.








Esse post também é um protesto contra o Enem, que deu nota mínima a uma candidata que deixou todas as questões em
branco. ABSURDO!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Quem vai dizer tchau?

Sabe aquela coisa do:
- Oun.. desliga
- Desliga você...
- Ah não, desliga você ...


Nunca enfrentei essa situação, a não ser como brincadeira. Mas eu realmente não sei falar tchau em ligações de trabalho ou amizade, sou péssima em finalizações, pelo jeito.

O fato é que encerrar o que quer que seja é difícil. Seja uma atividade, seja um telefone, uma conversa delicada, seja um relacionamento.

Eu nunca tive que encerrar uma relação, elas se acabam sozinhas, me parece. Nosso papel é no máximo reconhecer o fim. Assim, se você tem que colocar muito uma pedra em cima da coisa toda, é porque ela ainda não terminou. É um término a fórceps. Eu nunca tive desses. Aliás, recentemente tive algo parecido, mas estou deixando à deriva, quem vai dizer tchau? Eu que não. No máximo consegui um não. Um não a mim mesma. É em mim que eu tenho que terminar, não no outro.

Fins de relacionamentos são complicados porque quer se terminar de um lado o que é construído a dois. Como matar algo que está muito vivo dentro do outro? Doído isso.

Eu não quero dizer tchau. Nunca quis. Eu sou sempre do seja bem-vindo, porque eu sou assim, do esgotar-se.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Pra dizer adeus!


Tema: despedidas


Ao partir, ou ao ver alguém querido partir, sempre acabo envolvida por certa melancolia, é como se aquele apego pelas pessoas, lugares, ou mesmo pela “atmosfera” do ambiente (também me apego a isso) que deixo pra trás, ou deixo seguir, tomassem uma forma gigantesca nesse momento.

Talvez seja pela mudança que toda partida representa, pois ainda que haja a possibilidade de um reencontro, ou retorno, romper um laço é sim desfazer-se dele, e isso em tempo algum será algo fácil, porque de certa forma isso é definitivo, ora, nunca mais seremos os mesmos, a vida seguiu!

Mas, ainda mais dolorosa é a certeza de que um reencontro nesta vida, ou um retorno, não mais acontecerão. Saber, por exemplo, que aqueles últimos instantes são de fato os últimos com aquela pessoa que a simples existência o fazia feliz vai além de qualquer descrição de apego, e por mais doloroso que seja o momento do adeus, aquele que fica sempre espera que esse momento se prolongue um pouquinho mais. 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Eu to voltando pra casa


Tema: Despedidas

Hoje faltam exatamente 15 dias pra eu me despedir de Santander. 15 dias pra me despedir de todos os queridos amigos que fiz, da faculdade que estudei por 5 meses, das festas e bebidas típicas espanholas, da certeza de conhecer algo ou alguém novo todo dia.

Posso dizer que essa despedida está mexendo muito mais comigo do que a despedida do Brasil, quando vim pra cá, em que deixei família e amigos. Não porque gosto mais daqui (muito pelo contrário), mas porque sei que o que tenho aqui é algo que jamais terei de novo. Por mais que daqui a alguns anos eu consiga reencontrar alguns amigos, é praticamente impossível juntar todos novamente, por causa da maldita distância. Também posso voltar a viver em Santander um dia, mas nunca mais será uma vida universitária.

O que me conforta é que, dada essa data de validade que minha vida aqui tinha, eu pude aproveitar ao máximo cada momento. Não deixei passar nenhuma oportunidade de me divertir, de sair, de fazer o que tinha vontade.

Agora é hora de voltar pra realidade...


domingo, 15 de janeiro de 2012

"Say goodbye on a night like this"


Tema da semana: despedidas.

Até que eu tive muitas despedidas nessa vida, talvez mais do que o é esperado pra minha idade... Algumas vezes eu parti, outras vezes pessoas que eu amava partiram, sem contar aqueles  que deixaram de viver e passar por todas essas coisas às quais a vida nos submete...

Acho fácil quando eu me despeço e difícil quando os outros se despedem. Acho bom quando as pessoas se tornaram pesadas e acho ruim quando elas se tornaram necessárias. Acho inútil chorar quando sei que já era hora, mas mesmo assim chorei uma vez...

Gosto de lembrar que algumas pessoas são permanentes, se despedem para voltar depois... E como é bom o reencontro com aqueles que sempre estiveram conosco de alguma forma.. Por outro lado, não gosto de lembrar que há pessoas de quem nunca me despedi, que se despediram de mim, e que sabem que eu permaneço enquanto elas partiram...

E sim, quando penso em despedidas, penso em pessoas. Os lugares são apenas cenários... Eu gosto dos lugares por onde passei, mas nenhum deles foi mais importante que as pessoas que encontrei...

E é isso.. Porque talvez, eu não saiba me despedir dos textos, e não saiba criar finais legais...

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

E é feita de quê?

Tema: "Ano novo, vida velha. A vida é mais do que calendários, fusos ou órbita gravitacional". (Cony)

As pessoas costumam escolher segunda-feira para começar dietas. Poderia ser qualquer outro dia, mas por ser o primeiro dia (letivo) da semana, nos sentimos mais motivados e confiantes. Agora vai ser diferente! É a mesma coisa para o ano novo: se a gente quiser alguma coisa nova, não precisa esperar até ele para concretizá-la/ tentar concretizá-la, mas nos sentimos mais motivoados e confiantes. E, religiosamente, elaboramos nossa listinha de resoluções.

A vida é realmente mais do que calendários, fusos ou órbita gravitacional. Por que então a gente complica tanto? Por que tentamos prever cada movimento - nosso e dos outros? Eu mesma não posso falar muita coisa, porque gosto de tudo sob controle, calendários e datas certinhas. Mas também é uma necessidade da minha profissão, acho.

E será que é tão ruim manter certas coisas? Tão ruim assim manter (ao menos em parte) o ano velho? Por que será que temos que ter tudo sempre novo e de novo? Precisa mesmo? Pode ser o medo de se acomodar. Já outras pessoas sempre precisam da emoção do novo. Outras ainda temem a rotina ou o tédio.

Estou chegando a conclusão de que a vida é muitíssimo mais complexa do que eu imaginava uns doze anos atrás. Então não sei dizer ao certo do que ela é feita, qual a sua matéria. Certamente, sei que é mais do que calendários, fusos ou órbita gravitacional. Mas se alguém souber de sua receita, favor comentar. Ando cada vez mais bestificada. Bom, acho que no fundo isso é bom. Pelo menos assim espero (sorriso esperançoso).

E um som novo para meu ano novo:



quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

De hora marcada

Tema: "Ano novo, vida velha. A vida é mais do que calendários, fusos ou órbita gravitacional".

Carlos Heitor Cony



Sou uma pessoa completamente favorável a transformações. De todos os tipos. Transformações mexem comigo. E acho que algumas mudanças mínimas, como a disposição dos móveis no quarto ou de repente usar um batom de cor diferente podem ter uma influência absurda na vida da gente. Acho bacana o fato das pessoas enxergarem a virada do ano como uma oportunidade ou mesmo uma transformação em si. Realmente, a combinação 31 de dezembro e 1º de janeiro é bastante sugestiva pra quem quer mudar as coisas seja na casa, no corpo ou - melhor ainda - na cabeça.

É um bom momento para repensar o que foi feito e como foi feito no decorrer de um ano e traçar objetivos futuros para o ano que se inicia. Não vejo problema algum nisso e dizem os especialistas que essa prática é fundamental pra quem quer alguma coisa dessa vida. Porém, com os últimos tropeços que dei por aí, descobri que planejar, pensar, repensar e mudar de rumo quando necessário é bom sim, mas sem foco a gente se perde mesmo. E me reencontrar no meio de tanta gente, de tantas possibilidades, tem sido a minha cruz. Eu acho que o calendário e o relógio são instrumentos de medida de tempo perfeitos para a humanidade. Nós já temos essa natureza escorregadia, imagina se não tivéssemos alguma forma de controle? Não sei o que seria de mim.

Mas nesse ano, particularmente, não quero ter tanta pressa. E como já disse no Transbordando, não quero perder a noção de continidade que tem a minha vida. Mas também não quero me preocupar tanto com hora marcada ou datas. Preciso tomar cuidado pra não me atrasar, mas não quero chegar antes do momento e dizem por aí que um dia ele chega. Pode ser nesse ou no próximo ano, mas um dia o tal momento chega. Então eu vou ficando por aqui, fazendo minha parte para que aos poucos esse tal momento chegue e chegue do jeitinho que eu espero: meu.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A vida em dias


Tema: "Ano novo, vida velha. A vida é mais do que calendários, fusos ou órbita gravitacional".
Carlos Heitor Cony


Sempre pensei a passagem de um ano para o outro como um dia a mais na vida das pessoas, ou a menos, dependendo dos meus hormônios da ótica do momento. E eu, que costumo fazer um balanço do ano ao fim de cada ano, e traço metas para o próximo também (não exatamente com a esperança de que “daqui pra frente, tudo vai ser diferente”, mas pelo hábito de planejar mesmo, aliás, faço planos diários, semanais), acho curioso como ao longo do ano aquelas convicções e desejos acabam sendo deixados às sombras das imposições do dia-a-dia, às vezes.

Então, como disse, faço planos, estabeleço datas e tal, muito embora, deva confessar: nem sempre sigo, é que a vida por vezes nos apresenta rumos impensáveis a princípio, o que não necessariamente é ruim, no entanto, bem ou mal, esses novos rumos nos fazem desviar do que havia sido calculado sim, daí, penso eu, a necessidade em considerar algumas opções, tipo:
  1. A tal margem de erros para mais ou para menos, como fazem os estatísticos;
  2. Um plano B, X, +1;
  3. Uma fuga pela tangente, e por que não?!
Pois, mesmo que as coisas não se apresentem como esperávamos, ainda podemos “fazer um suco com os limões que a vida nos deu; ou batê-los num coquetel qualquer (há quem goste!); ou simplesmente plantá-los para vender depois”, oras! Afinal, “enquanto há vida, há esperança” (Uh, eu tô tão clichê!), e não é uma marcação num calendário que vai alterar o que nos move, a menos que os Maias estejam realmente certos e tudo mude daqui a alguns dias.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Vida nova só quando eu quiser!


Tema: "Ano novo, vida velha. A vida é mais do que calendários, fusos ou orbita gravitacional".
Carlos Heitor Cony


A mudança de um ano para outro não me parece ser um fato milagroso como muitos enxergam. Para mim, a vida não é dividida em anos, senão em fases. Tem a fase de ser criança, a fase do colégio, a fase da faculdade, a fase do primeiro emprego, a fase do namoro, a fase do casamento, a fase dos filhos, a fase de superar obstáculos e ralar muito, a fase de relaxar e seguir a rotina...

Devemos aproveitar ao máximo todas essas fases, e se para isso é necessário mudar algumas atitudes, isso deve ser feito o quanto antes, sem esperar a próxima semana, o próximo mês ou o próximo ano. Cada fase da vida é importante de alguma maneira, até mesmo as fases ruins. Não devemos deixá-las passar de qualquer jeito por preguiça ou falta de vontade.


Se a Terra terminando de dar sua volta ao redor do Sol inspira as pessoas a mudarem para melhor, ótimo. Mas não gosto de pensar que um evento desses seja necessário para tomar providências com relação à minha vida. 

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Promessas possíveis

As únicas promessas que eu faço são para mim. Não prometo nada para os outros e só prometo o que me é possível. Mas também não fico paranóica para seguir tudo a risca. Bom, não muito.

Todo ano faço uma listinha simpática e despretenciosa. Mas, para 2012, eu resolvi ousar. Resolvi ir bem além da minha zona de conforto e tentar algo grande. Realmente grande. Tanto que é segredo. Um amigo quis saber e eu fiz mistério - não contei. Ele arriscou:

- Vai casar?

Por que as pessoas sempre pensam em casamento quando falo de "planos grandes"? E se tem uma coisa da qual desisti em 2012 foi o coração. Meu sorriso é o dos descrentes que simpatizam com o amor ficcional. E só. De repente, me voltei para outra grandeza e é nisso que mergulho e me concentro para este ano novo em folha.

De resto, outro curso de pós, mais pilates, mais aulas de canto...

Mas meu grande plano é segredo secreto.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Atitude!


Primeiro, quero me desculpar pelo atraso. Tenhos péssimos motivos, mas de tão péssimos, posso dizer que tenho bons motivos pra ter começado o ano em falta aqui. No último domingo, primeiro dia do ano, a chuva caía constantemente aqui em Congonhas. Passei o dia em família, com direito àquela comilança toda e tudo mais. Anoiteceu e a chuva só piorando, caindo forte e sem trégua. Na madrugada do dia 02 de janeiro, eu dormia na casa do meu namorado quando minha mãe me ligou, por volta de 02:00, avisando que o rio estava transbordando e a casa da minha tia estava prestes a ser inundada. Fui pra casa dela, ajudei a tirar o que deu, trouxe suas três gatas siamesas pra casa da minha mãe e ficamos esperando. Pois a enchente veio! E veio MESMO! Minha mãe também mora nas margens do rio, porém no segundo andar. No dia 02 de janeiro, à tarde, a casa da minha tia já estava embaixo d'água e vários pontos da cidade alagados, inclusive a minha rua. Fui até o centro da cidade resolver algumas coisas no banco e quando voltei, meia hora depois, já não havia como entrar na minha casa e minha mãe estava presa. Fui pra casa do meu namorado. Por volta das 19:30, eu e ele resolvemos ir até próximo da minha rua, para ver como estava a situação e tentar tirar a minha mãe de casa, já que ela estava sozinha e sem energia elétrica. Não sei descrever o tamanho da minha surpresa e do meu desespero quando cheguei e vi o estado da minha rua. A casa abaixo à minha, estava com água até a metade das janelas. E a água subia com uma rapidez assustadora. Liguei pro corpo de bombeiros, pedindo ajuda pra tirar a minha mãe de casa, porque eu não podia deixá-la sozinha, no meio de tanta água, sem energia elétrica e com a possibilidade da água entrar em casa. Fiquei das 20:30 da noite, até as 03:00 da madrugada ligando, insistindo, pedindo ajuda e vigiando a minha mãe que estava na janela. Depois de todo esse tempo e de quase desistir, apareceu um pescador com um barco e meu namorado ajudou ele e um outro rapaz a resgatar a minha mãe e outras três vizinhas que estavam isoladas. Não havia como agradecê-los. O alívio que senti quando pude tocar em minha mãe é inexplicável.

Depois desse dia difícil, ainda tinha um outro problema. Eu fui aprovada na primeira etapa da UFMG e as provas da segunda, começariam no dia seguinte, dia 03 de janeiro, em Belo Horizonte. A estrada que liga Congonhas a BH estava interditada em dois pontos, por causa dos estragos das chuvas. Além disso, não havia meio de chegar até a rodoviária de Congonhas, porque a cidade estava toda alagada, em vários pontos e nem carro passava. Fui dormir já praticamente conformada com a perda da prova.

Na manhã do dia 03 busquei informações e descobri que havia como ir pra BH, porém estava demorando bem mais que o habitual. Saí da casa do meu namorado com a roupa do corpo e fui em direção à rodoviária. No meio do caminho não consegui continuar porque havia água e barro demais. No desespero meu namorado ligou pra um taxista e eu consegui sair da cidade. Na estarada, ficamos quase três horas parados, no trecho que estava com problemas por causa da chuva. Acabei conseguindo chegar no local da prova faltando dez minutos para seu início. Mas ainda tinha um detalhe: não tinha lápis, nem borracha, nem caneta. Um guarda me emprestou uma caneta. Fui fazer a prova. Me deparei com a informação de que as questões deveriam ser respondidas à LÁPIS. Morrendo de vergonha, avisei ao fiscal que eu não tinha lápis e uma moça linda e muito simpática me emprestou um. O bom foi que eu não tinha borracha, então tive que responder às questões de Português e Literatura de uma só vez, sem chance de apagar e consertar qualquer coisa.

Então, mesmo atrasada, eu quero escrever aqui o que eu espero de 2012. Aliás, o que eu pretendo realizar em 2012. Nesses dias, eu experimentei a pior das sensações que tive até hoje: a impotência. As coisas acontecerem bem ali, na sua frente e, por conta de um rio no meio do caminho, uma tempestade ou o que for, você não poder fazer NADA, é a coisa mais cruel que existe. Por isso é que mais do que qualquer coisa, em 2012 eu quero ter atitude. Eu quero fazer TUDO o que eu quiser e puder! Quero aproveitar cada oportunidade e fazer o que tiver que ser feito, independente do lugar, da hora e do clima. E desejo a todos um ano cheio de coisas boas! E muita força a quem, assim como minha tia, perdeu suas coisas e agora precisa reconstruir o pouco do que sobrou.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Balanço geral da Dai

A ideia é contar meus resultados desse ano, como eu havia prometido e era o último item da lista, então eu vou colar aqui minha lista de janeiro de 2011 e ver o que fiz, o que não fiz e o que ficaria ou não e tal. Vamos lá? Meus comentários estão em outra cor.


Lista para 2011
  • Passar, uma vez por todas, em todas as disciplinas de grego;
Ainda não sei se obtive resultado nisso  =S


  • Ir na maldita academia ou fazer outro tipo de exercício;
Me inscrevi na academia essa semana, posso considerar um ok?


  • Comprar o Box de filmes do Woody Allen;
Não sabia que tinha isso como meta, aliás, vou comprar só pra poder dar um ok




  • Assistir pelo menos dois filmes por semana – nem que um seja Tela Quente;
Definitivamente, não consegui. E não me orgulho disso.


  • Não exceder em mais que mil reais os meus gastos mensais;  O_o
Aha! Isso eu consegui, finalmente consegui deixar sobra no banco. Mega ok.


  • Descobrir a fórmula de um perfume que eu sinto quando sonho, às vezes;
Não consegui e, mais grave ainda, não lembro mais que cheiro é esse  =S


  •  Comprar um allstar branco cano alto (mas não “a botinha” terrível);
Ahhh...procurei hoje para comprar, não comprei, mas irei! Fica na lista


  • Encontrar outro emprego que eu ganhe mais e não precise trabalhar 70 horas por semana, ou mais;
Isso é mais ou menos, eu fui promovida, consegui outro emprego mas trabalho ainda 70 horas por semana, ou mais
  • Ganhar dinheiro com texto;
Aha!!! Isso eu consegui, hoje trabalho fazendo texto e é bem legal!


  • Dar aula no segundo semestre;
Não dei aula mas tive convite, conta como meio ok?


  • Achar um perfume pra mim, que finalmente, tenha a ver comigo;
Não achei. Ganhei um que eu gosto e todos gostam mas não me sinto nele


  • Me formar – oficialmente;
Depende do primeiro item
  • Aprender a tocar violão;
Ganhei um, vale?  


  • Me manter longe de encrencas, sejam de que tipo for;
Não, e me enfiei em mais!


  • Não sucumbir ao formalismo de escrever “manter-me”;
Ufa, consegui!


  • Comprar os livros do Caio Fernando Abreu;
Por que mesmo eu queria comprar? 


  • Não comprar qualquer livro que comece com “Dez passos”... (coloquei na lista pra fazer charme, nunca compro mesmo  ;) );
Vou ter que comprar por causa do trabalho. To perdoada?


  • Me organizar e postar em todos os meus blogs, pelo menos uma vez por mês;
Falhei terrivelmente. Não postei nem no Meninas e o Baú está uma tristeza só.


  • Comprar uma bicicleta ergométrica e USÁ-LA;
Comprei, mas ela quebrou na primeira semana (vergonha)


  • Comprar o Box da Editora Abril sobre o Chico Buarque;
Não comprei e não sei se quero mais
  • Incorporar o chá verde na minha vida;
Fuma aqui, toma um chá... não incorporei!


  • Diminuir o consumo de carnes (desculpe, nem é ideológico, é porque meu tipo de sangue é o A e na dieta ortomolecular disseram que é o tipo vegetariano)
Pelo contrário, passei a consumir peixe, coisa que não fazia


  • Ler pelo menos 2 livros por mês (coisa que fazia muito mais facilmente, e geralmente era mais que isso, mas a faculdade te tira as coisas boas);
Acho que sim, fiz isso


  • Comprar um livro do Jamie Oliver;
Não comprei e não pretendo..rs


  • Fazer pelo menos 5 receitas desse livro depois que comprar;
Viu?


  • Mandar, via correios, lembrancinhas para três pessoas especialíssimas;
Esqueci quem são as pessoas, aliás, não tenho certeza de que sejam elas


  • Comprar o meu compartimento giratório para condimentos;
Gente!!! Como eu estava envolvida com comida! Não comprei!


  • Ir em três shows;
Fui no João Rock que vale por três, tá?


  • Não deixar, pelo menos, meu quarto parecido com o labirinto de Minos;
Nas últimas três semanas não está


  • Visitar e COMENTAR mais blogs que são muito muito bons e na maior parte das vezes eu apenas leio e nunca registro que eu estive por lá;
Não consegui e piorei, mas leio os meus!  =(
  • Caber em calças 2 números menores que o atual;
Seja qual for, eu aumentei...rs


  • Ir mais ao teatro;
Fui APENAS a um musical. Definitivamente algo a melhorar


  • Fazer algum tipo de oficina nas férias de julho;
Não fiz, mas trabalhei bastante


  • Conseguir fazer algo que me estabeleci há 4 anos (mas é segredo..shhhhiu);
Não fiz mas está perto de fazer, se eu ainda quiser, coisa que questiono


  • Trocar de moto;
Não troquei e está um terror, banco rasgado e etc. Fica na lista


  • Ficar mais com meus sobrinhos;
Não fiquei, acho até que fiquei menos, trabalhando demais, mas não é desculpa


  • Postar meus resultado em relação a essa lista.
Feito. Mas não fiz a maioria da lista e hoje nem me identifico com muitos objetivos. Realmente, esse ano passou rápido, mas aconteceram coisas demais. 


Semana que vem eu conto com mais sentimento as coisas e faço um listinha para o próximo ano. 
Feliz 2012

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O resto a gente corre atrás!




2011 não poderia ter começado pior pra mim. Definitivamente, pensava que seria o pior ano de todos. Tive muitos problemas, problemas na família, e todos de saúde... Foi um começo de bem tenso. Mas em compensação, o segundo semestre do ano foi totalmente o oposto. Os problemas do começo do ano se resolveram e uma ótima época começou.

Conheci pessoas maravilhosas, visitei lugares de tirar o fôlego, me aproximei mais das pessoas que estavam longe. Aprendi que às vezes tudo parece desmoronar ao mesmo tempo, mas com tempo e paciência, você percebe que consegue agüentar aquilo tudo, aprende a conviver com as dificuldades, e se torna mais forte. As coisas que você pensava ser o fim do mundo foram apenas um começo de uma nova fase.

Espero que 2012 comece melhor do que 2011 e termine tão bom quanto. Não quero dinheiro, um guarda-roupas novo, um carro, quilos a menos, viagens, milhões de novos amigos, um amor avassalador. Este ano, peço somente saúde a todos! O restante que vier, é lucro!