Farol de trânsito, sinal vermelho, primeira da fila, do seu lado um Crysler 300c e a sua frente à faixa de pedestre, e nela ? Pessoas atravessando, mas aposto que também veio a sua cabeça o Tiozinho do malabares, a Tia da balinha, a criança que lava pára-brisas, ou os tão adorados entregadores de panfletos ou os simples pedintes mesmo (esses são os melhores, a ausência de vergonha é total e além disso,tenho que conviver com a idéia de que eles ganham bem mais que eu ao final do mês, <<).
É impressionante como esse pessoal apavora a população motorizada, os faróis chegam, os vidros sobem. É tanta aversão que quando, por um ato falho, o encontro inevitavelmente acontece, o ser que se encontra no carro fica ao mesmo tempo frustrado, tipo: “afff...devia ter ido mais rápido, ai teria dado para eu passar no sinal ”, e com raiva: “Afinal, por que esse pessoal não procura um emprego e para de vagabundar pelas ruas ? ”. Fazendo uma confissão, sou assim também, mas se pararmos para pensar temos a horrível mania de estereotipar a todos, resumimos todos, a um mesmo conceito. As pessoas da panfletagem e os artistas de rua eu até sou mais receptiva, agora, quanto as Tias das balinhas e os Caras de pau que só pedem dinheiro, esses afff...se for preconceito, eu sou a primeira a falar que tenho, hehe.
Por outro lado, encontramos o preconceito invertido. Sabe por quê? Experiente andar em uma Brasilia 1978 bem cansada e precisando urgentemente de uma restauração. O que você encontrará ? Haha... paz e tranqüilidade em todos os faróis da cidade. Os “trabalhadores” de 5 segundos nem chegam perto do seu distinto carro, muito menos falam com você, e inversamente você pode acabar sendo ajudado por um deles. Tenho conhecimento empírico para afirmar que pior que ter um PREconceito das coisas é ser alvo do preconceito alheio, pois este segundo não depende de VOCÊ para alguma coisa mudar.
Adivinhem qual era o meu carro ?
Um comentário:
Hua, kkk, ha, ha, realmente dúvido que alguém venha pedir alguma ajuda quando você esteja numa Brasilia, mas com certeza vai ser um forte cadidato ao Lata Velha do programa do Luciano Huck.
Fique com Deus, menina Lais.
Um abraço.
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