sábado, 10 de julho de 2010

Des-União Européia

     Os anos 90 trouxe um período econômico mundial onde os países se viram obrigados a se juntar em blocos para evitar uma possível quebra generalizada. Assim nasceu o Mercosul, o Nafta e, lá na Europa, a União Européia. Uma união que deu tão certo que até a moeda foi unificada, o Euro.
     Mas já que o assunto da semana não é “geopolítico” aproveitei a partida final da Copa do Mundo de Futebol para concluir que essa União Européia não seria tão unida como pensava.
     Entre as 36 seleções classificadas os dois melhores times foram Espanha e Holanda. Ambos europeus, unidos sob um mesmo “bloco econômico” e pagando salários com a mesma moeda. A renda “per capta” entre eles também é muito próxima, ambas na casa dos 35mil dólares (a título de comparação, a renda “per capta” do Brasil é de 7.500 dólares).
     Ainda na onda das metáforas, duas nações tão antigas e tradicionalistas que ainda são administradas por reinos. Por lá não existem Presidentes, o Parlamento escolhe o Primeiro-Ministro e a família Real fica assistindo de camarote.
     O futebol dos finalistas está entre os mais caros do mundo, com os salários mais bem pagos de toda a Europa, porém, nem Espanha e nem Holanda nunca conseguiram ganhar uma copa do mundo. O Confronto final entre elas acabou sendo surpresa, pois os bolões ao redor do globo giravam entre Alemanha, Itália, Brasil e Argentina. Havia sim gente apostando na Espanha, claro, mas eram minorias.
     Mas o tema aqui abordado foi Copa do Mundo, que escolheu a África do Sul para representar a união entre as raças, a inexistência do preconceito, a superação de todas as diferenças sendo resumida em uma única competição esportiva que celebrava a paz como forma de união.
     Agora eu me pergunto: “Tanta união, tanta paz, tanta igualdade, quem vai me explicar por que o jogo da final teve 13 cartões amarelos e foi o jogo mais violento de toda a história do futebol ?” Afinal, o que a Copa da Mundo na África do Sul me ensinou ?

*Laís*

Um comentário:

Daiany Maia disse...

ô Lais,

muito boa sua abordagem, muito mesmo!

É isso mesmo, como em quase tudo, a distância entre teoria e prática é um abismo. E com a COpa não foi diferente. Já começaram a passar reportagem falando sobre como ficaria a situação da África depois que acabasse a Copa, ou seja, milhares de desempregados, povo em situação de miséria. Toda essa desigualdade que a gente tá cansado de saber. Acho que os países mais desenvolvidos estão esperando eles ganharem alguma grana com a reciclagem das vuvuzelas.

¬¬

beijo