quarta-feira, 21 de julho de 2010

Felicidade... de consumo e outras mais.


Já citei em outros blogs uma obsessão recente que sofri pela melissa do pequeno príncipe. Eu queria muito, mas não achava meu número... Sábado a melissa surgiu na minha frente, justo quando eu havia desistido,  e ainda em três opções de cor. Ela praticamente salvou meu fim de semana depressivo!


Eu tinha acabado de assistir “Bonequinha de Luxo” e lembrei da Audrey Hepburn ir à Tiffany e, em meio a um monte de jóias caras demais pra ela, dizer ao seu semi-belo par: “Entende que nada de mal pode acontecer aqui?” (ou algo nesse sentido). Olhei pra melissa e pensei: você é a minha Tiffany! O ressarcimento pelos maltratos recentes que a vida me infligiu!
Apenas até o domingo, quando calcei meu antigo sonho de consumo e meus dedos pediram socorro depois de três horas...  Claro, claro... É questão de tempo. Em breve meus pés e a melissa se entenderão.  Não, não... Eu não sou tão fútil assim, não esperava que uma sandália me ajudasse a remar para fora do marasmo onde me encontro.  Vamos ao macro...


Acredito que a maioria das pessoas, até mesmo as mais inteligentes, já imaginou que iria adquirir algum produto com um bônus de felicidade, ainda que pequenino.  Seja um sapato, um notebook, um carro, uma casa, uma tv, um gibi, um all star...  ou qualquer badulaque! O ser humano tem essa mania de colocar a felicidade aqui ou ali, seja em pequenas ou grandes porções!

Adquire o objeto de desejo e aperta os pés com ele!

Mas não satisfeitas em colocar essa felicidade vazia em coisas compráveis, as pessoas o fazem também com pessoas, empregos, relacionamentos, etc e tal.

 Colocam suas porções de felicidade em pessoas e quando percebem que calcularam errado, as despacham!  Colocam sua felicidade em casar e ter filhos e se tornam aqueles pais que culpam a família pelas suas derrotas! Colocam sua felicidade no emprego, ficam frustrados e se tornam aqueles chefes tenebrosos!

Estou viajando nas comparações? Talvez um pouco... Mas o que quero dizer é que, a culpa das pessoas consumirem as coisas pensando que vão ficar felizes não é do capitalismo selvagem! Isso o ser humano deve fazer desde que inventaram a moeda...

Aposto que o cara que inventou a roda pensou que, depois dela, seria feliz pra sempre! Se foi? Duvido!

Creio que a felicidade, quase sempre, é uma coisa com um prazo de validade relativamente curto. Ela não está ali, naquilo ou em alguém, mas está em um monte de momentos que envolvem aquele lugar, aquela coisa ou aquela pessoa.


Você é feliz, e não é feliz!  Tipo um pisca-pisca, entende? Cada um configura seu pisca-pisca, prolongando ou diminuindo os momentos de felicidade .

4 comentários:

Daiany Maia disse...

Eu sou um pisca pisca que nem sabe quando está aceso...

Mas ó, primeiro, queria uma melissa do pequeno príncipe branca, mas sem salto

Segundo:

meus sonhos de consumo: uma bibliotecona (biblioteca no aumentativo é demais), uma mini-adega (pode ser só de doze garrafas), uma vitrola, um macbook e uma coleção de allstar...é querer muito?

Lógico que não.

Mas, comprar o que não precisa só me irrita menos que colocar a 'felicidade' no outro..nossa, depositar em alguém o motivo da sua felicidade única e exclusivamente é coisa que nunca vou entender.

=*

(ainda comento..)

Raquel de Carvalho disse...

A melhor comparação foi a do pisca-pisca!
É bem isso mesmo... felicidade vem e vai a todo tempo, acho que isso faz a gente dar tanto valor nela quando ela vem!!!!
Ou não, né! ehehehe

Beijosssss

disse...

Ruim é quando a tomada queima
:P

L.M disse...

Você é feliz, e não é feliz...

Essa parte me lembra quando alguém se depara na situação do " eu estou feliz, mas eu não sou feliz "


xD

Que seu pisca-pisca pisque sempre momentos feliz, mon amour!