E qual a nossa parcela de responsabilidade em ser uma coisa e parecer outra? Ou, que obrigação temos de parecer o que somos? Ou ainda, que culpa temos em sermos o que parecemos e não nos darmos conta disso?
Às vezes é um fardo ser o que parecemos. Nos rotulam: nerd, patricinha, gostosa, hippie, supérflua, crítica, egocêntrica, inteligente, engraçada, “pau pra toda obra”, durona, frágil.
Somos e não parecemos
Quando nos rotulam pelo que parecemos mas não somos é triste. Nos rotulam de desencanadas e adeus, qualquer tentativa de se maquiar e arrumar vai parecer uma tentativa desesperada de desencalhar ou a “perda da essência”.
Parecemos e não somos
Quando não somos [apenas] o que parecemos é difícil. Nos rotulam de duronas e adeus, nunca mais você pode assumir que só queria um colo e poder chorar em paz pelo momento miserável que está passando.
Somos e parecemos
Quando somos o que os outros pensam que somos, e reconhecemos isso, agir conforme as expectativas pode ser um problema. Nos rotulam de engraçada e adeus, nunca mais você poderá ficar 3 minutos quieta em uma mesa.
Eu tenho a seguinte filosofia: o rótulo diz algo sobre o produto, mas para conhecê-lo é preciso prová-lo.
4 comentários:
Amei esse negócio de provar o produto. Vou compartilhar!
:)
Eu bem sei o que é sofrer com os rótulos, e tudo desse jeitinho mesmo. Triste isso.
A última frase falou tudo!
Exato, precisamos prová-los, e saber ainda que o produto puro tem um sabor, mas se misturado com algum outro tempero tem outro, e nem por isso deixou de ser "x" coisa. Se é que me fiz entender! rsrs
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