Tema: Escolher um incidente e desprezar outro é um modo de inventar a própria vida
Às vezes, eu me vejo como uma dessas pessoas que abraça tudo o que a vida me coloca. Na verdade, nem sempre é assim. Com os incidentes é a mesma coisa: a vida embaralha e oferece as cartas, mas sou eu quem escolhe o que fazer, quando fazer, como fazer. E ainda se vai fazer. É um poder de escolha unicamente nosso. O que não quer dizer que a gente tenha o poder de escolher todas as coisas...
... Mas por que não escolher os incidentes que pudermos?
Bom, sempre se escolhe uma coisa em detrimento da outra, o que quer dizer que ao escolhermos alguns incidentes, desprezamos outros, certo? Afinal, não dá para ter tudo.
As nossas escolhas são em parte responsáveis por aquilo o que nos tornamos. Ou nos aquilo o que somos influência nas nossas escolhas? Acho que como várias coisas na vida, é uma via de mão dupla. O fato é que os incidentes que a gente escolhe fazem com que nosso caminhos possam ser os mais diversos.
E o que passa a nos rondar é: E se... o incidente fosse outro, o caminho fosse outro, o emprego fosse outra, a decisão fosse outra, a pessoa ao nosso lado fosse outra?
Se a gente não escolhe ao acaso, a vida também não é inventada ao acaso. Vejo as pessoas andando por aí com pranchetas, canetas e folhas de desenho invisíveis, podendo, a qualquer hora, inventar a própria vida. E toda a vez que alguém escolhe não escolher, se priva simplesmente de viver:
A sua folha de desenho existencial não passa de um borrão de carvão.
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