“Quem garante
Que o que você é
É o que o outro espera de você?
(...)
Quem garante
Que seguindo adiante eu possa enfim viver?
Sem me comparar
Sem me entristecer
Sem tentar mudar
Sem poder entender
(...)
Quem garante
Que o que você é
É o que o outro enxerga?”
Eu garanto, não sou o que o outro, ou os outros,
esperam de mim. E não sou também o que eu espero de mim. Sou só uma pessoa
perdida em um labirinto do qual não consegue sair... E nós sabemos, é esperado mais que isso das pessoas, é esperado que tenham algum senso de direção,
principalmente quanto à própria vida, aos próprios sentimentos..
E se eu conseguir sair desse labirinto, eu garanto que não
vou partir pra uma vida diferente, não vou “enfim viver” , principalmente se isso implica em
seguir um caminho de maneira leve, sem muitos devaneios, sem muitas paranóias, sem muitos questionamentos, pois provavelmente entrarei em um novo
labirinto . Não consigo evitar, sempre vou comparar o que eu sou com o que eu
poderia ser, caso não fosse tão fraca. Vou sempre me entristecer pela minha
fraqueza, sempre tentar mudar... E, infelizmente, não vou entender porque não
consigo nem mudar, nem me conformar. Eu devia conseguir fazer pelo menos um dos
dois.
Por fim, também garanto, não sou o que os outros
enxergam. Mas não importa... Afinal, quero ser vista?
3 comentários:
Eu tenho essa coisa de querer ser invisível!
Ana, esse é o texto seu que mais gostei. O que senti que você se abriu completamente.
E sabe, acho que estamos todos nesse labirinto. Uma hora a gente a algum lugar. Ou não.
Um beijo!
:)
E quem é que não tem seu próprio labirinto? =/
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