sábado, 5 de novembro de 2011

Je ne regrette rien

                                                      Tema da semana: arrependimento, faz diferença?
 Se tem um tema que veio a calhar, com certeza, é o dessa semana. Confesso a vocês que fiquei com um baita nó na garganta ao ler os textos das outras meninas, me identifiquei com algumas partes, discordei com tantas outras, mas devo confessar: parece que o assunto foi escolhido na medida da minha carapuça.
A história é longa demais para que eu conte aqui agora e poderia soar sem noção ou dramática demais para a maioria dos leitores do Meninas Improváveis. Mas olha, estou arrependida. Aliás, sou uma pessoa constantemente arrependida. Isso quer dizer que eu só faço burradas? Talvez. Mas não deixo de tirar lição de tudo que passo.
Até um tempo eu queria fazer uma tatuagem com a frase Je ne regrette rien, da música da Edith  Piaf. A frase pode ser livremente traduzida como “não me arrependo de nada”. Logo parei a pensei: eu realmente não me arrependo de nada? Mentira, eu me arrependo sim e sofro com isso, fico remoendo, me contorcendo, autossabotando. Pelo menos reconheço as besteiras e ainda me sobra humildade para  tantas vezes me desculpar, me arrepender.
Estou acompanhando o seriado Being Erica. Nele, a protagonista, uma mulher de 30 e poucos anos, se vê cercada de problemas e arrependimentos que foram se acumulando ao longo da vida. As coisas começam a entrar nos eixos a partir do momento em que ela adere uma terapia “pouco convencional”. A partir de uma lista com as principais situações as quais ela gostaria de mudar, o terapeuta a transporta em uma viagem no tempo para que ela possa consertar os erros, sanar arrependimentos ou simplesmente perceber que ia dar merda de qualquer jeito. Estou encantada com a série, apesar de conhecer há tão pouco tempo.  
Tem dias que queria ter esse poderzinho da Erica do seriado, de voltar alguns anos, dias, horas, minutos até e remediar determinadas situações. Mas a vida não nos permite tal ousadia, infelizmente. Resta à pobre mortal que aqui escreve lamentar e tomar cuidado para não cair nas mesmas armadilhas mais uma vez.  Ou tomar uma dose de coragem para fazer algumas coisas e não cair naquela de “arrepender pelo que não fiz”.
Afinal, arrepender-se do que cometeu ou não, faz diferença? Faz a partir do momento que a pessoa tem consciência das coisas que fez (ou deixou de fazer) e busca tornar-se melhor por isso. E se não há mudanças de atitudes ou de pensamentos garanto que arrepender-se ou dizer-se arrependido é pura perda de tempo.

5 comentários:

Ana B. disse...

Engraçado, lendo seu texto percebi que me arrependo de coisas mais com relação a mim do que aos outros... Tipo, mais das coisas que fiz por mim, do que pelos outros... Devo ser mto egoísta.

E talvez por isso, por se tratar de mim, n sei se voltaria no tempo mts vezes. Talvez aqui ou ali, uma coisinha ou outra, mais pra me poupar de uma humilhação do que para corrigir algo em relação a alguém...

Ou, talvez, minha memória esteja muito fraca na parte que me convem...

Elaine Gaissler disse...

Tbm acho que apenas dizer-se arrependido é perda de tempo, mas acredito muito que, quando sincero, o arrependimento é válido.

Abraço.

Daiany Maia disse...

Eu concordo com o que vc disse. Acho que meu texto não ficou muito claro em relação ao que eu penso sobre arrependimento. Eu acho que existe sim, que ele é válido, e que a gente aprende muito revendo situações e se arrependendo, ou não. O meu ponto é a motivação. A gente se arrepende geralmente quando aquilo está ruim pra gente, e não pq é ruim para o outro. A gente se arrepende pela imagem que vai passar a ter com a pessoa que magoou, mas nao tanto por ter magoado...rs

enfim. eu nao falei nada com nada mas seu texto tá excelente. Sempre acho que vc dá um balanço geral da semana super pertinente.


beijo

Unknown disse...

Aeee Maria Rita! Concordo com a Dai, adorei o seu balanço geral!!

:)

Beijos!

Maria Rita disse...

Obrigada pelo "balanço geral", meninas" hehhe