quarta-feira, 12 de outubro de 2011

"Se eu fechar os olhos"

Tema da semana: O que um peixe sabe sobre a água na qual nada a vida inteira?
                                                                                                                 Einstein


Estava lendo "Se eu fechar meus olhos", ganhador do prêmio Jabuti 2010, li de um folêgo só cerca de 150 páginas. Agora estou lendo aos poucos, aos goles, sorvendo com cuidado cada linha. Cada página. Cada diálogo e cena que a mim é apresentada pelo Edney.

E, como os leitores mais leais devem ter percebido, eu não postei no meu dia correto, que é na quarta. Posto atrasada e retroativa. E por quê? Porque me foi imprescindível. Sabia eu o que queria dizer com essa frase do Einstein assim que me caiu as mãos. Todavia, com esta leitura,  a coisa toda mudou de figura e estou aqui, de tecla em tecla, tentando descobrir o que fazer, como falar, como cuspir aqui o que a frase me trouxe e o que a leitura da obra me trouxe.

O livro fala sobre vários mundos. Sobre ditaduras, leis secretas, comportamentos, ranço, infância, amizade. Mas fala sobre o que viemos falando ao longo dessa semana. O que sabe o peixe a respeito da água que nada? O que sabe o peixe da "rasidez" da poça que mergulha? O que sabe o ser humano das águas turvas, ora cristalina, que o circundam?

Nesse livro tem-se dois meninos que, mais por instinto do que por qualquer outra coisa, sabem que o mundo é muito mais profundo que o espelho d'água que querem que eles acreditem que o mundo é. Tem-se um velho que já viveu todas as mazalas que as águas escuras do mundo ofereceu a ele e sabe que as águas não são tão doces como o fazem acreditar.

O que sei eu e você sobre os vários tipos de água? Eu, quase nada. Tenho aproveitado das poças e poços que os literatos deram a mim, pulando de fonte e fonte e adivinhando-me seca - nada mais.

2 comentários:

Maria Rita disse...

Ainda não terminei a leitura do Se Eu Fechar os Olhos Agora, mas é instigante mesmo! Estou adorando!

renatocinema disse...

Fiquei curioso para ler o livro que você cita.

Sobre não publicar seu texto no dia "Correto". Adoro quando essas "Falhas" acontecem.

Tudo, por um motivo justo e ousado, vale na arte.
Sua arte de escrever.