Tema da semana: O que um peixe sabe sobre a água na qual nada a vida inteira?
Einstein
Quando eu era criança, adorava mergulhar. Não sabia nadar direito, então preferia mergulhar. Tomava fôlego, enfiava o corpo na água e, com um impulso com os pés na parede da piscina, tentava ir até o mais longe possível. E detalhe: de olhos fechados. Quando o fôlego acabava, eu me levantava na piscina e abria os olhos pra saber até onde tinha chegado.
Com o tempo, eu fui perdendo o medo e um dia, consegui abrir meus olhos. No início, me incomdei um pouco com o cloro, que os irritava e embaçava minha visão. Mas apesar de ser um pouco incômodo mergulhar de olhos abertos, eu pude perceber o caminho que eu percorria. E com isso, pude ter o controle sobre a minha trajetória e até me esforçar mais pra chegar onde eu queria, mesmo quando o fôlego estava se acabando.
É essa a minha reflexão: muitas pessoas nadam a vida inteira de olhos fechados e com isso, além de não saberem por onde estão indo, não tem a chance de escolher se é ali mesmo que querem mergulhar. Se estivermos de olhos abertos, fica mais fácil conhecer a água em que nadamos, controlar melhor o fôlego e até escolher mergulhar em outras águas.
2 comentários:
Filosófico e verdadeira essa reflexão.
Muitos querem ficar como no Mito da Caverna...na escuridão.
Carol, é isso mesmo, a questão de manter os olhos fechados é toda do medo, mas vale a pena olhar ao redor e avaliar se aquelas águas nos bastam, ou se não nos seria preferível nadar em "outra freguesia".
Abraço.
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