Tema da semana: Gerações
É você que ama o passado e que não vê que o novo sempre vem
No meu tempo... Essa é uma
frase que meu pai costuma usar até hoje. Lembro que quando era adolescente
bastava um deslize para que ele dissesse “no meu tempo não era assim” e eu
pensava “claro, no seu tempo isso nem devia existir”.
Tive uma
relação bem complicada com ele nessa fase. Hoje, percebo que boa parte do que “meu
velho” disse era pro meu bem, e encaro com carinho e respeito aquilo que eu achava
que era um saco.
Falar
sobre gerações e seus conflitos é complicado, uma vez que parece ser um ciclo. O
tempo passa e tudo se repete, mesmo com as adaptações, as “evoluções”. Mas as
atitudes parecem ser as mesmas. Daí você pensa: ah, mas no meu tempo não tinha
tanta violência, os filhos respeitavam mais os pais, as pessoas eram mais
amáveis... Pare pra pensar: você tinha todo esse acesso à informação que tem hoje? O mundo
estava tão superlotado? Provavelmente não, né? As coisas aconteciam
praticamente da mesma forma, por mais que parecessem fatos isolados, com menor frequência...
Mas era bem parecido, a mesma coisa, só não tínhamos o acesso a isso como temos hoje.
Por
mais generalizado e incoerente que isso possa parecer é mais ou menos assim que
funciona, independente das gerações: as crianças têm a sede de saber; os
adolescentes acham que sabem de tudo; os adultos tentam consertar alguns
deslizes da juventude e os velhos quase sempre têm muito a ensinar. E os
choques de ideias sempre vão existir e lá na frente a gente vai parar e pensar
que sim, Belchior tinha razão e continuará tendo: “ainda somos os mesmos e
vivemos como nossos pais”.
3 comentários:
o que eu acho, é que mesmo que as coisas tenham sido diferentes anteriormente, as geraçoes mais novas geralmente nao promoveram as mudanças que vivem... tipo, o que ouvimos de lixo musical hoje, é produzido e avalizado por empresários da musica de geraçoes anteriores, saca?
fora isso, qdo o assunto é violencia e cia, nao sei se houve realmente uma piora... creio que as coisas ficaram mais evidentes, e que o aumento é meio proporcional ao crescimento da populaçao
de qq forma, acredito que é sempre bom ouvir os mais velhos.. ainda q nao consideremos td, podemos pelo menos refletir a respeito =)
Eu tenho um lado super infância. Faço questão de manter hábitos que me fazem bem: gibis, molecagens.
Mas, sigo muito na fase adulta dos velhos que me ensinaram tudo.
Ou seja, somos uma mescla geral.
meu pai tem uma teoria: "os bons são maioria, só não dão tanto ibope". Acredito nisto! É aquela coisa de 1 fazer m35da e 99 fazerem a coisa certa. Quem ganhará os holofotes?
Desde sempre o homem foi cabeçudo... Se um dia mudará? espero que sim! mas nao botaria todas minhas fichas nisto...
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