quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Meu Querido Amigo, o Autor

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Não lembro exatamente qual foi o primeiro livro que li ou ganhei. Mas lembro detalhes do meu primeiro (e único) livro autografado pelo autor, da emoção de encontrar alguém tão inspirador e do sentimento estranho de estar diante de um senhorzinho que não conhecia pessoalmente, mas que no fundo era meu amigo de longa data. Seus livros acompanharam minha transição da infância para adolescência, me fizeram entender um pouco do Brasil do qual eu não participei e amadureceram meu gosto pelas histórias cotidianas bem contadas. Aliás, até hoje suas histórias me acompanham e me confortam, sempre com um perfume de novidade, por mais que seja a décima vez que leia a mesma crônica. Feira do Livro em Belém, no ano de 2001. No alto de meus 11 para 12 anos, aguardei uma ansiosa semana pela tarde de autógrafos. Meu irmão, Filipe, sempre companheiro dos eventos culturais e incentivador de leituras, foi o encarregado de me levar naquele dia. Assistimos a interessantíssima mesa redonda num anfiteatro abarrotado de leitores fanáticos e depois aguardamos (im)pacientes na fila. Não demorou mais que 5 minutos o nosso encontro. De longe ele foi o famoso mais simpático que eu já conheci, com suas bochechas rosadas e gordinhas perguntou meu nome, respondi entregando o livro comprado na feira mesmo. De sorriso aberto elogiou minha beleza enquanto autografava o livro, ao devolvê-lo não me contive e o cumprimentei, ganhei um beijo no rosto e fui feliz. Essa foi uma época antes de Crepúsculo ou da difusão da internet. Quando os pré-adolescentes não eram vistos como um público alvo de grande expressão. A febre Harry Potter estava ganhando fôlego no Brasil. Enquanto isso equilibrávamo-nos entre as histórias da série Vagalume e de livros como Christiane F. Dava tudo certo mesmo assim. Guardo com muito carinho o livro “Comédias para se ler na escola” autografado pelo meu querido Luís Fernando Veríssimo. Guardo com mais carinho ainda a lembrança daquela tarde quente em que ele o autografou. O livro por si só não teria deixado tantas lembranças se não fosse por este doce encontro com o seu autor, por isso ambos estão marcados para sempre em minha vida literária. E vocês, meus queridos leitores, qual livro entrou para sua história? Beijos e até semana que vem, Cah*

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