domingo, 26 de setembro de 2010

Era uma vez...

Era uma vez uma menina que não acreditava que era capaz de viver o amor, ela amava, mas não vivia. Um dia ela se deixou convencer de que poderia viver o amor. Por alguns meses a menina se deixou enganar e quando acordou, estava em um buraco.

A menina ficou triste, muito triste, até se cansar de ficar triste, e sair do buraco. E a menina começou a perceber que para os outros havia um prazer na queda, que as pessoas saiam de um buraco e logo caiam em outro. As pessoas gostavam daquilo...

Para os outros no final havia mais amor do que buraco, para ela no final só havia o buraco. E viveu para sempre como uma menina que não acreditava que era capaz de viver o amor, e que se sentia estranha por não gostar de cair em buracos.

4 comentários:

Elaine Gaissler disse...

Eu acho que ninguém gosta de cair em buracos, mas como não há como prevê-los, o povo se arrisca...
Vai vê vão enchendo o buraco com as pedras do meio do caminho, eita metáfora! rsrs
Abraço.

Daniel Savio disse...

Um pouco triste, pois só nos lançamos em meio a tantos buracos porque um nao vai ser um buraco, mas um passaporte para a estrelas (mesmo que as vezes meio turbulenta a viagem)...

Fique com Deus, menina Ana B.
Um abraço.

Daiany Maia disse...

Mas como ela não gostava de buracos se pra ela só existia o buraco?

No final das contas, ela só ficou alimentando o maior medo e se agarrou a ele, me parece.

Numa primeira leitura, pode-se achar que os outros tem uma postura "fútil" por sair de um buraco e entrar em outro, mas no final, eles tiverem mais amor, e ela só o buraco.

A questão é: como dimensionar o que é buraco?


=*

Geisa disse...

Apesar de, às vezes, conseguirmos aprender com as quedas, elas sim, são doloridas! Erra menos quem age menos? Não necessariamente. Como também, nem sempre sofre menos quem se arrisca menos.
Bjos