Não me lembro da primeira vez que ouvi esse dito popular, só lembro de olhar pela janela algumas vezes enquanto chovia. E a vontade de sair na chuva - e se molhar - era grande.
Eu sempre fui muito na minha, nunca fui de grandes multidões nem de grandes desafios, era discreta até demais. Mas não demorou pra eu entender do que se tratava o dito: a mudança veio com a adolescência e com as paixões que a acompanharam.
Na verdade, foram poucas, mas, apesar da minha timidez, da minha insegurança e de todas aquelas coisas próprias da idade, eu sempre me lancei na direção do que queria. Sempre saí na chuva para me molhar, para dar a cara a tapa. Claro que há sempre o risco de gripe, pneumonia e até coisa pior. Mas ninguém morre de amor - nem de gripe. Quer dizer, acho que há controvérsias nos dois casos, mas não é disso o que estou falando.
Estou falando de correr atrás, de lutar por aquilo o que se acredita, de arriscar... Sabendo que sempre pode dar tudo errado! Acho que é por isso que eu gosto desse ditado: ele te dá a chance de fazer o que você quer, mas de modo consciente, porque as coisas podem não sair exata ou minimamente com a gente espera.
E isso me lembra outro ditado ainda: "Quem não arrisca, não petisca". E acho que vale sempre arriscar - o que não significa ser trouxa, né? Mas deixar coisas por fazer, não tentar, não ousar... Nossa, que vida sem cor, sem graça, sem viço, sem nada, sem vida...
Um comentário:
É difícil querer se molhar atualmente. Por mais que vc queira se molhar vc lembra que depois tem que ir não sei onde, que vai ficar ensopada e tra la la, todas as consequências. Eu sempre me molho, na verdade, mas preferia andar mais seca, viu? tem hora que a gente se molha de bobeira..rs
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