sábado, 28 de abril de 2012

Amando e sendo escravo do medo de ser


E se eu te disser que eu quero aprender a me
Amar e te amar também ao mesmo tempo?
Você teria tempo?

(...)
Eu inventei o inalcançável você
Me fiz escravo do meu medo de ser
E agora preciso me permitir
Falar de amor não é coisa fácil. Esse sentimento que uma hora ou outra acaba pegando a gente de jeito é mesmo complicado. É possível se amar e amar ao outro ao mesmo tempo, aprender a fazer isso? Eu acredito que sim, mas é um processo longo.

O problema começa antes mesmo do amor aparecer. A paixão é intensa, engana e cega. Criamos expectativas em cima do outro e tantas vezes nos fazemos de cegos para não enxergamos os defeitos de quem está ou queremos que esteja ao nosso lado. Abrimos mão de tantas coisas pelo outro... até de nós mesmos. Então os problemas continuam e tomam outro rumo. Para que uma relação dê certo é necessário ter equilíbrio, respeito e é necessário também que as pessoas se gostem, se amem.

Então, como amar o outro se tantas vezes falta o amor próprio? Nos prendemos à projeção daquilo que queremos que ele seja (e tantas vezes nem é) e esquecemos de nós. Depois precisamos sair nos procurando, nos permitindo por aí.
   
Amar e ser amado é muito bom, mas para que isso aconteça é preciso, antes de mais nada, de uma dose de amor próprio. É preciso ser e aceitar-se, caso contrário, não há amor. Pode haver paixão, obsessão, sei lá o que, mas amor, não.