sexta-feira, 13 de abril de 2012

Ai como você é mainstream!

Tema: "todo mundo tem direito aos seus clichês"

Fiquei chocada quando um conhecido me repreendeu:

- Nossa. Mas isso é tão clichê. Logo você?

Ele estava se referindo ao fato de eu ter comentado que gosto de usar salto alto de vez em quando. Acho uma perda de tempo o clichê de que mulher, para ser feminina (como ouvi certa vez - e me deixou também chocada), tem que estar sempre de salto alto. Nada que seja externo pode ser condição para você ser feminina. A minha feminilidade pelo menos é complementada por coisas externas - e não delas dependente.

Mas isso é totalmente diferente de gostar de usar salto alto de vez em quando.

Os clichês são partilhados socialmente. Como o hábito de presentear com rosas, por exemplo. É um clichê que eu dispenso, porque eu não gosto de rosas e acho falta de criatividade, logo, garantia de acerto [?]. Seja como for, nunca disse isso ao receber um buquê das tais flores, porque eu tento respeitar os clichês alheios - do mesmo modo que espero que respeitem os meus. Mesmo porque, aí tem as intenções de carinho e de agradar - o que coloca o presente em segundo plano.

Além disso, todo mundo tem direito aos seus clichês, sejam eles quais forem.

Porque acho que ao partilhar clichês não deixa de ser uma forma de inclusão social - o que não quer dizer que todo mundo tenha que partilhar/ partilhe todos os mesmos clichês. Acho que cada um de nós tem alguns clichês com os quais joga ao longo da vida - o que também não quer dizer que eles tenham que ser os mesmos para sempre [sempre é tempo demais].

Se por um lado, quem vive a base de clichê soa meio esquisito, por outro, quem sustenta o discurso clichê (por incrível que pareça) de "ai tudo isso é tão mainstream" soa chato. Porque está em voga isso de recusar as coisas que se tornam populares. Vejo muito isso com música: amigos meus deixam de ouvir bandas que se popularizam, passam a ser compartilhadas e se tornam clichês.

Talvez um dia eu até goste do clichê do buquê de rosas, gosto de manter minha mente aberta e não abraçar nenhum clichê como verdade absoluta - porque eles não são, né?

[e atire a primeira rosa quem não tem, nem nunca teve um clichê]

P.S. um clichê que eu adoro é  "Garotos" do Leoni.
 

2 comentários:

Ana B. disse...

é...

prefiro não ser clichê, mas pq lutaria contra uma coisa que gosto pra não ser clichê?
se na essência, continuaria gostando e talz...

eu adoro td do Leoni, mas tb não gosto de buquê de rosas... não gosto de buquê nenhum... gosto de flores qdo estão na terra, pq assim elas vivem... qdo são cortadas est"ao fadadas a morres....

n curto bandas q popularizam pq enjoam, não pq passam a ser clichê... mas se não enjôo, dá licença, vou gostar pra sempre. ai de quem me chamar de clichê pq eu curto los hermanos...

clichê é remar sempre contra corrente, clichê é sempre se deixar levar pela corrente...

não ser clichê é julgar cada situação de acordo com seu gosto, e se permitir cair no clichê tb x)

Daiany Maia disse...

Também não gosto de buquê de rosas. Logo, nós 3 andamos muito clichês...rs

Bom, concordo com vc em tudo e a Ana disse bem o que eu dizia se soubesse ser concisa como ela foi..rs

beijo

Também gosto de Garotos, mas daí não fico neutra, por ser o clichê dos clichês, vira quase bandeira eu gostar. Sabe aquela coisa do: noooooossa, vc gosta de Leoni? Não esperava.

Pois é.