quarta-feira, 23 de março de 2011

Rema logo! ...saco

Pessoas negativas me cansam. Pessoas que acham que nunca são capazes. Pessoas que sempre se desmerecem. Que ficam o tempo todo na mesma ladainha: não sei se consigo.

Acham que não podem pegar o metrô, o ônibus, não vão ao mercado sozinhas, às compras sozinhas, ao banheiro. Pessoas que não aceitam um emprego por acharem que não darão conta do recado. Mulheres que nunca ligam para o cara com medo do que ele vai achar. Pessoas que se jogam em cima de um cara mas depois dizem que não vão beijar. Pessoas fracas.

O tipo de pessoa que estou falando é aquela que mesmo sozinha em um barco, no meio de um lago, olha para os remos e gagueja: não sei se consigo.

Eu não tenho paciência pra pessoas assim. Tenho pouco tempo pra aguentar insegurança, inclusive a minha. Não tenho estrutura para suportar o show que pessoas assim dão. São capazes de esgoelar no barco gritando que irão morrer ali mesmo, afinal TODO MUNDO SABE QUE EU NÃO CONSIGO REMAR, POR QUE NÃO ME DERAM UM BARCO MOVIDO A MOTOR?

Não sei, mimada. A vida não dá barcos motorizados. Tampouco ela não irá te oferecer um iate. Na verdade, o máximo que a vida está te oferecendo de graça é uma canoazinha com um remo quebrado e o outro com lodo.

Suspire um pouco. Reveja a situação. Se você está sozinha nesse barco, pouco importa se você acha que não consegue, você não tem opções, tente. Tentar é melhor que ficar dando birra dentro do barco enquanto o que estão de fora te olham e pensam:

- O que ela está fazendo? Ela está a um metro da margem.

8 comentários:

Anônimo disse...

Entendo sua impaciência com pessoas assim, mas é que às vezes, por inúmeros motivos, elas demoram pra perceber que estão perto da margem.

Tenho vários alunos assim, que ficam repetindo para si-mesmos que não sabem, que não conseguem, quem nem adianta tentar. É preciso ter paciência até que aprendam. Não adianta perder a paciência com eles.

Mesmo que tal pessoa saiba remar e mesmo que esteja a um metro da margem, é bastante nobre ir lá ajudá-la e sussurrar, enquanto ajuda: "faça assim, ó", ensinando =)

Anônimo disse...

http://cantoemsilencio.blogspot.com/2010/03/aprendizado.html

Elaine Gaissler disse...

rsrs... É até ridículo, não?!

Daiany Maia disse...

cantoemsilêncio,

entendo isso. Mas acredito que seus alunos sejam adolescentes ou mais novos, não é? Eu me refiro a pessoas adultas e também em uma situação específica: quando não há opção. No seu caso especifico, vamos supor que um aluno tenha que resolver um problema de matemática, olha para o papel e ficar dizendo que não consegue não vai resolver, é preciso pegar o lápis e ao menos perguntar: como faz?

Acho que as pessoas precisam tocar a vida de uma forma ou de outra, ficar se jogando pra baixo não adianta nada.

beijo!

___

Elaine,

é, dependendo é mesmo...rs

beijo

Unknown disse...

Conheço pessoa assim! Que simplesmente se fecham, acham que não vão conseguir e por isso, nem arriscam uma tentativa. Eu ainda bem, não sofro desse mal. Mas entendeo que deve ser muito difícil pra essas pessoa. E assim, a depend~encia do outro fica cada vez mais forte.

Uma pena, não é meninas?

Beijos!

Alline disse...

Eu conheço duas - uma é criança e outra passou dos sessenta. Realmente não tenho paciência, mas já tive uns ataques desse tipo.

Beeeeeeijo, Dai!

Mari disse...

Daii,

Pessoas mimadas tbm me irritam profundamente.
E pior de tudo é que conheço exemplos de pais maravilhosos que tentaram criar bem seus filhos e acabaram criando pessoas birrentas.
Seria isso um problema de criação ou de personalidade? Sempre me pergunto...

Rafael disse...

Hehehe..boa, Dai
Acho que, estando bem ou não,
gostando ou não,
a vida se apresenta com as mesmas condições.
Daí, cabe a nós fazermos dela algo mais pleno, ou seja; melhor viver remando do que morrer afogado.
Bjs