Sempre achei engraçadas as cenas onde
alguém acorda depois de um tombo ou coisa parecida e se percebe num ambiente “estranho”
indagando “onde estou?”, “quem sou eu?”... Embora eu imagine que na vida real isso
não tenha a menor graça. Imagina a sensação de desamparo que deve tomar conta
da pessoa!
Mas o que levaria alguém a ter atitude
“onde estou?” sem a queda em si?! Por que aquele hit cabível para os dias
de churrasco na laje “deixa a vida me
levar, vida leva eu...” é transformado em filosofia de vida?
Por que pedir a vida que me leve se tenho os instrumentos
para levá-la, e muito bem?!
É no mínimo assustador que uma criatura
dotada de inteligência não perceba as águas conturbadas* (*leia-se: mundo
cruel) atravessadas por todos, e ainda mais assustador que não se perceba na canoa da vida ou que o remo está em suas mãos...
Ignorar deliberadamente o remo ou a canoa não muda o fato de estamos atravessando as águas, o
diferencial é que as companheiras que assumem o comando da sua canoa vão chegar
onde querem, e aquelas das interrogações serão levadas pela vida enquanto vida
lhes restar. Chato isso!
Um comentário:
A canoa virou pq a pessoa nem percebeu q estava na canoa, né?
Isso é triste...
Entendo pessoas que se comportam assim em um ou outro momento da vida, afinal, remar cansa... e mesmo remando corremos o risco de ir parar em direção oposta a que planejavamos... mas passar a vida inteira sem tentar mudar o rumo da canoa é deprimente.
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