A questão do equílibrio é sempre aquela de se afastar dos extremos: nem ébrio demais, nem sóbrio demais. Ébrio demais perde o controle. Sóbrio demais perde a graça. Difícil? Depende da pessoa, depende da situação. Mas creio que um dos "equilíbrios" mais desafiadores de se conseguir, por assim dizer, é o entre razão e emoção. Ou entre paixão e lógica, sendo que paixão aqui vai além da relação homem-mulher.
Li por esses dias que "[...] a lógica nos permite organizar nossas idéias e ver com maior
clareza se podemos chegar às conclusões às quais acreditamos poder
chegar, com base em nossas idéias. A lógica ajuda-nos a colocar as
idéias em ordem da forma tal que os outros teriam que aceitar nossas
conclusões se aceitassem nossas premissas e se o raciocínio fosse
rigoroso. Apesar dessas vantagens, a lógica tem os seus limites" (Carraher)
E isso me desmontou porque eu nunca pensei que a lógica tivesse limites. Gosto de acreditar que razão e emoção são complementares, então talvez eu não devesse nem ter oposto um ao outro. Não dá para mergulhar de cabeça sem saber a profundidade da piscina. Bom, dar até dá, mas pode dar também em óbito. Mas também não dá para ficar só nas bordas sem entrar na água, dá?
Um comentário:
a lógica é falha e o homem é racional é uma fraude
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