quarta-feira, 30 de março de 2011

Atitude: substantivo feminino

Sempre gostei desse título. E ele pertence a um blog. Essa semana o Meninas Improváveis vai falar sobre mulheres que foram além. Já citamos grandes nomes. Mas além dessas heroínas "famosas", existem as anônimas, as que fazem a diferença no seu dia a dia, em sua própria vida e das pessoas que estão ao seu redor. Hoje o texto falará sobre uma delas. Em vez de eu escrever sobre alguém, fiz um convite para que ela mesma dissesse tudo o que pensa. Não se acanhe pelo tamanho do texto. Valerá a pena cada linha.

Dai apresenta:

Atitude: substantivo feminino (clique neste título e vá para o blog dela).


Compreendi o sentido da palavra filha única quando minha mãe se separou do meu pai em 1986.
Ano em que eles tentaram uma nova vida em Petrópolis, região serrana do Rio.

Alugaram nosso apartamento aqui do Rio e compraram uma bela casa.
Estudei o segundo semestre de 86 em uma escola de Petrópolis. Minha mãe ficava em casa, pois havia conseguido uma licença prêmio do trabalho.
Aquela era a primeira experiência da minha mãe como dona de casa.
A nova vida veio. E eles se separaram.

Nos 6 meses seguintes retornei à minha escola aqui do Rio e minha mãe às suas atividades profissionais.
Me lembro do quanto era ruim acordar as 4 da manhã para  todo dia vir ao Rio e estudar. 
Comigo no banco de trás do carro, minha mãe dirigia sozinha naquela serra escura e sinuosa. 
Era fria, muito fria a serra naquela época.
Ouvia minha mãe falando sozinha coisas que só agora eu compreendo. Coisas sobre o fato dela não ter abandonado de vez o trabalho, dela ter conseguido ser racional.
Eu ia absorvendo aquilo tudo. Ouvindo minha mãe e fazendo desenhos no vidro embaçado pela neblina. Pensando sozinha.

Eu adorava a casa de Petrópolis, mas também adorava meus amigos e parentes daqui do Rio. Então, eu sabia que estaria feliz onde quer que eu estivesse.
E foi muito com essa imagem que cresci: de que é possível apagar e redesenhar sob o vidro embaçado.

Meu pai sempre pagou a pensão em dia, e eu sempre estudei em colégio particular.
Não era lá essas escolas de nome...de prestígio...mas era um bom colégio de irmãs no subúrbio do Rio.

Nunca fui aluna nota 10. 
Nem 9 e nem 8.
E em 1989 eu repeti a sexta série em matemática.
Acredite se quiser, isso foi a melhor coisa que aconteceu na minha adolescência.
No meu primeiro mês na turma como repetente, eu já sabia que não estava amargando a repetência por acaso.
Eu tinha que ter repetido para conhecer as pessoas que conheci.

Na escola, com a minha nova turma, eu aprendi a ser artista.
Formávamos um grupo que praticava dança, que organizava eventos, encenava peças...que produzia, que criava.
Aos 16 anos eu fazia teatro para defender um troco.

O teatro começou a me cansar, pois no fundo eu queria ser como as minhas amigas que se divertiam aos sábados e domingos. 
Minhas primas iam à praia em Iguabinha e eu lá, encenando peça final de semana.
Aquilo na verdade me irritava.
Chegava segunda de manhã, todo mundo tinha feito uma parada maneira para contar na escola. E eu? Tinha trabalhado encenando peça.
Era maneiro, mas estava virando obrigação.
Eu não nasci para o teatro. O teatro era o meu trabalho e só.

Então, quando finalmente terminei o segundo grau, decidi que queria estudar turismo, porque meu sonho era viajar muito e trabalhar com eventos.
Idiotice nível 5. 
Quem se forma em turismo é quem menos viaja. 
Se eu tivesse feito entrevista para motorista de ônibus da Viação Cometa, talvez  tivesse viajado mais.

Na verdade, quando eu comecei a estudar Turismo e trabalhar em agência foi quando eu parei de viajar. 
O fato é que eu já organizava milhares de pacotes por conta própria, levava a galera para micaretas, para exposições agropecuárias, alugava casa na praia e fechava com um grupo...até para a Disney como guia eu fui. Eu com 18 anos botando moral numa excursão de adolescentes sem educação, que só tinham três anos a menos que eu. Eu carregava o peso daquela responsabilidade que hoje eu vejo que era absurda.
Odiei a experiência de trabalhar com turismo. Achei o mercado míope, fechado, limitado demais para mim (eu.me.achando).

Acho que se eu tivesse feito na época um teste vocacional, a psicóloga teria me encaminhado ou para um tratamento psiquiátrico ou para um Jornalismo, para um Direito ou para a Administração...que é para onde vão todas as pessoas que não sabem bem o que querem mas gostam de trabalhar produzindo alguma coisa.

Emprego, eu não encontrava.
Contatos, só merda. Só amigo pobre, família pobre.
Meu pai, militar da reserva. Minha mãe, funcionária pública recém aposentada.




Chegava nas entrevistas:
- O que você fez?
- Turismo. Mas já fiz um pouco de tudo e posso trabalhar fazendo outras coisas.
- O próximo!

Caralho.
Que merda era andar a segunda-feira inteira com o jornal embaixo do braço.
Enquanto nada aparecia, eu fazia uns bicos de promoção. 
Eu gostava da ideia de ser demonstradora e fazer com que o cliente enfiasse o produto dentro do carrinho de compras.
Tirava de letra. O teatro e as experiências com o público contavam a meu favor.
Toda promoção que eu pegava, fazia bem. 
Decorava todos os rótulos, batia metas, ganhava bônus. Taí um negócio que eu gostava de fazer.
Representei inúúúmeras marcas, em diversos eventos, nas lojas Americanas, nos mercados...passava 10 horas em pé fácil. Rindo.
Mo-le-za.

Só que é foda.
Estamos no Brasil, o país do subemprego.
E aí que se você decide estudar Direito, Engenharia, Medicina, você é bacana. E se você decide estudar para ser cabeleireiro, você é maluco.
Eu me sentia bem olhando as lojas, tomando conta dos produtos, ensinando para a dona de casa o modo correto de usar o limpador de vidros.
E até que ganhava bem sabe..como demonstradora, promotora...mas porra...por que era (ou é) tão mal vista a atividade?
Por que querem que a gente sinta vergonha de fazer algo digno?

Até a própria empresa que contratava, discriminava e menosprezava a capacidade não só minha, mas de várias meninas que estavam ali representando suas marcas.
Putz..a gente tinha contato direto com o cliente, a gente ouvia o cliente e podia contribuir muito mais do que ficar em pé em frente a um display. 
Desculpa se seus profissionais de Marketing, engravatados que não saem do ar condicionado, te disseram que a embalagem é boa. Eu te digo: não é. Os clientes não gostaram. E ponto. 
Acredite em mim que eu estou aqui, vestindo a camisa e dando meu suor, segurando na mão do seu cliente e você não. 
Lembro-me de ter dito isso uma vez a um diretor de sei lá das quantas de uma empresa que foi me inspecionar.

Alguns caras, mais atenciosos, consideravam... faziam anotações, mudavam com base no que eu insistia em dizer. 
Porque eu sempre fui franca. Eu sempre trabalhei de forma muito séria e querendo fazer o melhor. 
Só que depois que a parada dava certo e eu pleiteava uma recompensa, um reconhecimento por ter visto algo em meio a tanta cegueira...hã-rã...tá..bom..quem você pensa que é, demostradorazinha de merda? Volta para trás do balcão que é o seu lugar!

E aí eu cansei dessa porra. Cansei muito mais da bitolação mental de certas empresas que do trabalho em si. Cansei de pintar o quadro e entregar para um babaca que não vale a bosta do meu rabo assinar em baixo.

E novamente, lá estava eu trabalhando por conta própria. Tentando achar um buraco para respirar com o mínimo de dignidade. Porque nessa altura, minha gente..eu já tava balançando bandeira em troca de 30 reais nas eleições para o Conde - mesmo odiando aquele bode velho, distribuindo papel de Mãe Sarah trago a pessoa amada em 10 dias, vendendo bijuteria, fazendo pesquisa de opinião e por aí vai.

E minha mãe me cobrando um trabalho normal, fixo, numa empresa de 8 as 5 e com a carteira assinada.
E meu pai me cobrando que eu estudasse para um concurso público e passasse. E com que dinheiro pago o curso para concurso?
Porque eu sempre fui aluna nota 6, lembra?

E certa vez, fazendo um bico numa loja de grife famosa, tive um insight criativo.
Percebi uma demanda e comecei a tentar trabalhar com moda.
Gosto do tema, falta gente pra fazer..por que não?
Me juntei com uma amiga que amargava uma situação bem parecida com a minha e iniciamos umas produções independentes.
Caçávamos modelos pelas ruas do subúrbio, produzíamos desfiles, ralávamos feito filhas da puta...mas sempre terminávamos o dia satisfeitas.
Começamos a produzir alguns eventos de repercussão e cavar um lugarzinho na mídia.
Eu estava certa, a ideia era boa e o nosso trabalho crescia a cada dia.


À medida que o lance com a moda crescia, mais a minha mãe me desestimulava.

Ela dizia que minha única solução era um concurso público. Que eu já estava velha para fazer bicos e tinha que arrumar logo uma firma para trabalhar.
Eu atendia o telefone e ao invés de alô eu ouvia: E aí? Arrumou? - Era meu pai, que eu não via há meses me ligando.
-Eu vou bem pai.
- Tá. Mas e o emprego? Arrumou ou não?????

E foi então que num tropeço, desses que eu poderia ter limpado os joelhos e seguido em frente, eu desanimei.
Estava cansada, afinal de contas eu morava na casa da minha mãe. Dependia dela nesse ponto. E ela deixava isso bem claro todo santo dia. 

Eu sabia que não arrumaria um emprego. 
Estava com 25 anos, me sentia uma velha em qualquer entrevista.
Ninguém queria saber o que eu tinha conseguido e conquistado durante todo este tempo. 
Ninguém nunca me perguntou que livros eu li, que programas e filmes eu assisti, que lugares eu frequentava.
Ninguém estava interessado em saber o quanto eu era honesta e como eu era como pessoa.
Nesta etapa da minha vida, eu tive a plena certeza de que não passamos de números.
- Quantos anos de experiência?
- Quantos anos de inglês?
- Quantos cursos?
Foda-se se você é dedicada e esperta. Dane-se sua força de vontade e espírito empreendedor. E daí que você é honesta? Guarde tudo isso pra você.

Eu estava num ônibus quando vi uma faixa estendida sobre um curso de Administração que selecionaria trainees ao final de dois anos.
Lembro-me como se fosse hoje. 
Eu anotei o número e comentei com a minha mãe, que é claro me criticou:
- Você vai fazer mais um curso? Mais um curso? O que vc precisa é trabalhar..é arrumar um emprego e blá, blá, blá.

De fato era tudo estranho. Uma faixa...esquisito. Se fosse bom não estava anunciado...
Mas sabe quando algo te diz alguma coisa?
E a coisa era boa.
Tratava-se de um novo modelo, uma experiência que eles fariam e como as vagas ainda não estavam preenchidas, resolveram pintar uma faixa.
Os selecionados receberiam uma espécie de bolsa auxílio e trabalhariam na multinacional de segunda a quarta, as quintas e sextas fariam o curso. 
Tudo por conta da empresa.

Nessa altura do campeonato minhas opções eram:
- Tentar essa merda cheirando a furada e ver qual vai ser, afinal Administração é legal;
- Dar o cu na Lapa;

Por questões de princípios, escolhi a primeira opção.
Puta sorte a minha.

Fiz provas seletivas. 
Não estudei para nenhuma porque não havia como. Eram de raciocínio lógico, conhecimentos gerais e redação.
Enfrentei entrevistas e mais entrevistas.
Chorei ao término de todas elas.
Meu inglês não era tão bom a ponto de sustentar uma entrevista inteira.
Olhava os concorrentes...nêgo com 18 anos, de família rica, que já tinha morado no exterior.
Caralho.
O que eu estava fazendo ali?????
Até hoje eu não sei, mas me ligaram um dia dizendo que eu poderia ir lá que eu estava dentro do esquema.

Estudei com afinco os dois anos de curso.
Fui trainee de uma multinacional que para chegar lá eu levava 2 horas e meia dentro de um ônibus.
A bolsa auxílio nem era tão ruim e foi praticamente o meu salário no período do curso, mas para complementar a renda eu vendia bolo caseiro e perfumes.

Me formei entregando um projeto final que guardo até hoje de tão lindo.
Ao final do curso e das atividades de trainee, a empresa poderia optar por me contratar ou não.
Eles optaram por ficar comigo.
Mas eu disse não.
Eu havia passado por vários setores, conhecia a empresa, sabia que meu trabalho não iria aparecer. Sabia que aquela empresa estava sufocada financeiramente embora a alta direção negasse.
E decidi ir embora.

Minha mãe quase infartou.
Foram dezenas de pessoas apontando o dedo na minha cara e dizendo: você é uma maluca irresponsável! Deus te dá uma oportunidade dessas, e você joga fora. Você se acha! Acha que é melhor que a empresa!!!
Sim, era isso.
Eu, no fundo do meu coração, sabia que eu era melhor que a empresa.
Não tenho vergonha em admitir isso. Não cabia ali no momento a humildade.
E de novo eu torno a desenhar e apagar os riscos no vidro embaçado. Sozinha.

Para não correr o risco de ficar desempregada novamente, aceitei uma vaga como secretária.

E logo vieram as críticas.
- Fez um curso desses para virar babá de chefe! Saiu de uma multinacional para ser secretária e atender telefone!

De boa: melhor coisa que eu fiz na minha vida. Ponto.

Tive uma oportunidade de ouro aonde muitos só enxergavam terra.
Trabalhei num setor onde errar era humano, onde aprender fazia parte de qualquer progresso, onde fui acima de tudo valorizada como ser humano.
Fiquei um ano como secretária e depois passei a assumir novas tarefas. 
Fui promovida e passei a me inteirar mais com os projetos da empresa.
As pessoas acreditaram em mim.
Parte do meu processo é a entrega. Por conta disso me matriculei na faculdade de Engenharia.
Se fosse uma escola, eu teria feito pedagogia. Se fosse um hospital, eu teria feito medicina.

Aí agora, aquela menina da nota 6, que todo ano ficava de recuperação em matemática, está mais uma vez dando a cara a tapa.
Nasci para isso?
Provavelmente não. Mas quem sabe?
Eu nasci para ser feliz, para me sentir bem onde quer que eu esteja, para fazer as pessoas felizes ao meu redor.
Não acho que temos que amar o nosso trabalho.
Acho que temos que dar valor àquilo que fazemos. Acho que devemos vestir a camisa e lutar pelo melhor.
Saí da multinacional por não acreditar na empresa e em seus valores, logo em seguida ela anunciou que tava mal das pernas e teve de ser vendida.
Para mim não foi surpresa. Os demais funcionários se sentiram enganados.

Não devemos ter medo das mudanças.
Quem fica parado, apodrece.
É melhor cair e germinar, que apodrecer numa árvore aparentemente bela.
O medo muitas vezes nos impede de quebrarmos um ciclo e iniciarmos outro, de rasgar uma página e escrever outras, de apagar com a mão o desenho mal feito no vidro embaçado.

Mas se tem uma coisa que aprendi sozinha foi isso: riscar o vidro embaçado e fazer outro desenho.

17 comentários:

Nara disse...

Ai Dai, adoro você, os textos e as pessoas lindas que vc me apresenta.

Beijo

Anônimo disse...

Poxa, eu acompanho o blog, mas, não sabia um terço da missa da vida da blogueira. Lição de vida!

Perplexa! o_O

Parabéns pela garra, qdo eu crescer qro ter a metade dessa força, sério mesmo!

Bjs meus

Atitude: substantivo feminino. disse...

ÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊ

Dai, vc é uma fofa mesmo.

Eu sou sem noção, né?
Escrevi tanto que quase não coube na postagem pffffff.

É que escrever coisas improváveis é comigo mesmo.

Alguém cala a minha boca?!

Unknown disse...

Gente, AMEI esse texto!

É a história de uma mulher real, de verdade, e muito forte!

Quem dera todas nós tivéssemos essa coragem toda!

Parabéns!!
Beijos!

Daiany Maia disse...

Atitude,

fofa só num sentido mais literal, né? rs

Ó, fala a verdade, você já ensaiou pra publicar sua biografia... :p

Eu adorei sua história, me identifiquei e o texto até me acenou pra nossas possibilidades.

beijo e obrigada pela participação!

Rossana disse...

Adoreiiii saber + da história da Atitude! Ela faz jus ao nome que escolheu para o próprio blog!
Parabéns as Meninas Improváveis pela iniciativa!
:)

Atitude do pensar disse...

Olha, conheci o blog dela lá na Dama de cinzas e desde o ínico tinha certeza que era alguém que não engolia sapos, mas fazia sopa com eles.
É bom nos identificar com gente de arne e osso - real.
Que não se encontram num pedestal ou numa tela quadrada, mas sim, logo ali.
Parabéns pelo blog.
Vou ficar por aqui.
K.

Lara Mello disse...

Adorei o texto e me vi em muitos pontos.. Sorte!

Elaine Gaissler disse...

Ótimo... Porque a vida nos dá muitas opções e sempre se pode começar de novo! Gostei "do lance" do vidro embaçado rsrs...
Ótima participação.

Luna Sanchez disse...

Eu não conhecia a história da Jou mas não poderia mesmo esperar algo diferente disso : coragem e determinação.

Sempre se pode apagar o desenho do vidro e desenhar de novo, é claro, a diferença é que a Jou desenha mais bonito. ;)

Beijo, beijo.

Ane Sik disse...

Eu tbém acompanho o blog dela, é inacreditável ver que alguém com uma história como essa, possa ter esse humor!!!
Mandou muito bem!!!
Parabéns!!!

PriViotto disse...

Realmente uma mulher de atitude, estou precisando encarar a mãe atitude em minha vida, chega de ficar parada no mesmo lugar.
Saiba que seu texto veio no melhor momento possível, mesmo não sendo direcionado para mim fez a diferença.
Obrigada, beijos Pri Viotto!

Unknown disse...

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Sem palavras

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Perá deixa eu levanta porque merece ser aplaudido em pé!


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A. Marcos disse...

A menina é talentosa...

Juliany Alencar disse...

Adorei conhecer um pouco mais da história dessa doida!

Só que ela me ofendeu... "Acho que se eu tivesse feito na época um teste vocacional, a psicóloga teria me encaminhado ou para um tratamento psiquiátrico ou para um Jornalismo, para um Direito ou para a Administração...que é para onde vão todas as pessoas que não sabem bem o que querem mas gostam de trabalhar produzindo alguma coisa".

angel red disse...

Não acompanhava nenhum dos dois blogs. Vim parar aqui nessas navegasdas da vida. Adorei a história de vida dela. Sua coragem é admirável. Parabens.

Du disse...

Adorei o post, cheguei por acaso (ou não). Tem coisas que tem que acontecer, acredito muito. Eu tinha que ler fala muita coisa legal. Abriu minha mente para novas perspectivas.
Bjs e até mais.