quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Sobre cliques, pessoas e gratidão

Como é possível que pequenas coisas despertem coisas tão grandes? Lembranças, músicas, sorrisos, textos, frases, cheiros e chuvas. Às vezes converso com alguém e uma frase dita fica ecoando por horas e horas, muitas vezes até dias, na minha cabeça. E como uma semente, esse elemento “despertador” faz com que outras coisas germinem.

Quantos textos eu escrevi sob a influência de outros? Quantos álbuns ouvi porque me apresentaram uma música? Quantos beijos eu dei porque me deram o primeiro?

Tem certas fases na vida que a gente repensa melhor nossos passos. Não fica olhando só pra frente, tentando adivinhar para onde vai. Não. Você fica [também] olhando pra trás tentando saber por que deu os passos que deu. O que te moveu. O que te fez chegar até ali. E isso é bom.

Dizem que quem vive de passado é museu. Quanta bobagem. Quem não sabe bem sua própria história não sabe direito para onde vai. Fica repetindo os mesmo erros, escolhe sempre a mesma opção achando que terá um resultado diferente. Perde tempo.

Da mesma forma, quem não conhece suas influências, quem não sabe delimitar seus gostos, fica sempre tateando em busca da definição da própria personalidade.

Reconhecer esses pequenos momentos. Dar crédito ao Acaso. Valorizar pessoas que estão em nossas vidas nos torna pessoas mais gratas.

Que bom.

4 comentários:

Daniel Savio disse...

Há muitos dos outros em nós, as vezes, chego a pensar que somos pedaços de várias pessoas...

Mas concordo com a parte de quem não entende o próprio passado não consegue escapar dos próprios erros.

Fique com Deus, menina Dai.
Um abraço.

Het disse...

É impressionante (muito mesmo) como somos previsíveis (não que saibamos) perante a vida.

Nossas escolhas, relações e atitudes, tudo isso tem um padrão, uma impressão digital nossa, que nos costuma levar para direções padronizadas também.

Só que a gente nem percebe, afinal, nem nos damos conta na maioria das vezes.

Um bom exercício é olhar pra trás, mapear as relações, os sucessos e os fracassos, e daí analisar friamente como terminaram e como foram nossas ações.

É assustador como somos parecidos com a gente mesmo ao longo dos anos.

Como já disse alguém: Insanidade é querer resultados diferentes a partir de atitudes iguais.

BJs

Renato disse...

enquanto uma pessoa se ver de modo incompleto, continuará sendo uma pessoa incompleta...
!!! Revolucione-se

Lipe disse...

Pura InsPiração.