Ela nem sabia o que sentia, mas sabia que era muito. Não cabia dentro dela, saía pelos poros, e não de uma maneira bonita. Uma vez solto, o sentimento se esfregava na cara das pessoas, magoava os sensíveis, insultava os conservadores, assustava os desavisados e, principalmente, enlouquecia-a.
Como não sabia o que fazer do muito que sentia, como não sabia o que fazer dela mesma com tanto sentimento, ela cantava:
♫E sinto muito
Por muito sentir
Meu descuido
Não saber mentir
Tenho escudo
Por muito sentir
Meu descuido
Não saber mentir
Tenho escudo
Quero uma escada
De preferência sem degraus
Levo emprestada
Trago depois do carnaval♫
De preferência sem degraus
Levo emprestada
Trago depois do carnaval♫
Los Porongas
2 comentários:
Oba! Música *_*
às vezes acho que o problema não é o muito sentir, mas o muito querer demonstrar.
Sim, o problema é o apreço pelo 'querer chocar', pelo 'demonstrar-se diferente', deixar claro que as opiniões são outras.
beijo
Engraçado que a primeira impressão que dá, é que o "sentir" poderia ser uma coisa tp "transbordando sentimentos bonitinhos", mas muito pelo contrário pode ser uma menina com coração de pedra que não sabe mentir que tem um coração de pedra e isso é um insulto para os corações de manteiga...há!
Gosto da música, gosto do post!
E ela cantava..
;)
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