Essa semana li uma entrevista da Adélia Prado na edição número 01 da Lola Magazine, apesar de curtinha, a entrevista era densa em conteúdo. Abordando diversos pontos interessantes do mundo feminino e do estilo de vida peculiar da escritora, muita do que ela falou me inspirou a enxergar certos aspectos da vida com outra ponderação.
Depois de passar um mês de cão em busca de serenidade e equilíbrio para encarar minha existência, conciliando a vida profissional, acadêmica, social e familiar, para tudo funcionar na sua devida maneira a despeito dos problemas pelos quais eu estava passando, percebi que sofrer menos ou mais é uma questão de escolha e postura.
O sofrimento é quase inerente à nossa existência, sempre estaremos passando por momentos difíceis, se recuperando destes momentos ou mergulhando de cabeça em situações que nos levarão aos maus bocados. Tudo é uma questão de saber se colocar frente a ele, encará-lo com jeito, dobrá-lo e guardá-lo no bolso. Pois o conflito que o sofrimento nos causa, traz aprendizado para a vida, tal que você nunca aprenderá na universidade, mas que levará para sempre consigo.
Em certa parte da entrevista, quando questionado sobre amor, sacrifício e recompensa, Adélia profere um discurso que me pegou de jeito:
“A experiência amorosa exige sacrifício. Não se ama para ser recompensado. O amor é sua própria recompensa. (...) Do ‘sacrifício’ de amar nasce a mais perfeita alegria. Ninguém faz cara feia quando se sacrifica por amor.”
Daí eu tirei minha grande lição do dia, transpirando clichês, mas transbordante de verdades:
Se for pra sofrer que eu sofra de amor, se for pra cair que eu caia na gargalhada com meus amigos e se for pra doer que doam meus pés de tanto dançar ou a cabeça depois de alguns mojitos.
E com esse bom humor, pretendo seguir andando.
Beijos e até semana que vem!
Cah*
7 comentários:
Uhhh
I like it
To dentro, só não sei dançar
rs
bonito, mas tem um que de sentimento bom...
Fique com Deus, menina Cah.
Um abraço.
Não sei, acho que o amor tem implícito esse "sacrificar-se" sim, mas pra mim, ele se refere a você adequar, adaptar certas coisas para viver com o outro, afinal, são duas pessoas com gostos/ideologias/educações diferentes querendo conviver harmonicamente.
No entanto, isso não pode servir de desculpas para oferecermos nosso pescoço a prêmio, oferecer o nosso amor a quem não está nem aí pra ele.
Sacrificar tem limites.
beijo
A bem da verdade, eu não acredito muito nessa coisa de sacrificar, não.
Falei sobre isso aqui:
http://sobnossalente.blogspot.com/2010/08/me-sacrifico-por-voce-nao-quero.html
Gostei da ideia de guardar o sofrimento no bolso! Vou tentar fazer isso.
Parabéns pelo texto, Cá!
beijos =*
Ps.: não consegui acessar o link da entrevista \:
Karina
eu diria q a Dai está certa, mas concordo que o amor em si é uma grande recompensa. O meio termo deve ser o ideal se sacrificando, mas que a pessoa amada também se sacrifique por você...
pelo menos é oque penso, de qualquer forma, excelente texto, não imaginava que tu escrevia assim.
bjs
esqueci de comentar que concordo plenamente na parte que "percebi que sofrer menos ou mais é uma questão de escolha e postura"
D+ de verídico.
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