quarta-feira, 19 de maio de 2010

Só para brincar com fogo



OI DELÍCIA, TUDO BEM? NOSSA, QUE TESÃO QUE VOCÊ ME DÁ. QUE BOQUINHA MAIS GOSTOSA QUE VOCÊ TEM. E A SUA BARRIGUINHA... AI, SÓ DE PENSAR DÁ VONTADE DE LAMBER ELA INTEIRINHA. TÔ IMAGINADO O CORPO QUE ESSA SUA ROUPA ESCONDE. IMAGINE VOCÊ, COMO VEIO AO MUNDO, SÓ PARA MIM. UM DIA EU TE PEGO DE JEITO, COISA GOSTOSA!
Rsrsrs Estranho? Sente-se constrangido? Incomodado? Ou melhor, excitado!
Acho que a luxúria é um dos pecados que mais nos esforçamos para esconder. É uma faceta de nossa personalidade que não é bem aceita como a gula, ou a preguiça. É algo velado, que só se comenta em determinados ambientes e com certas pessoas de muita confiança.
Afinal, não é para todo mundo que você diz que quase não se segurou de tesão de vontade de “comer” aquele(a) colega. E já que estamos tratando desse assunto, acho que as palavras aqui não devem ser eufêmicas. Ninguém diz: - Aí querido, gostaria de ter uma relação sexual contigo. Ou, seus beijos fazem com que o meu corpo se lubrifique. (Rsrsr) É de cortar qualquer barato, não é? O fato das palavras empregadas no ato sexual ou no jogo do prazer serem mais vulgares, revela o ato proibido da luxúria. Aquilo que se dá na alcova, longe dos olhos e do senso de moralidade.
O prazer da luxúria vem justamente desse proibido. O perverso de desejar o outro como um objeto de prazer, o outro como um dispositivo para a nossa satisfação.
No entanto, perversões e fetiches à parte, me chamou a atenção essa nossa dificuldade em falar da luxúria. Porque é tão difícil, principalmente para nós mulheres, chegar para o nosso pai e dizer: - Nossa pai, aquele menino me deixa excitadíssima. Ou ouvir o seu pai falando: - A sua mãe ainda hoje, depois de anos de casado, me deixa louco de tesão. São exemplos para instigar mesmo!
Afinal, há algum problema em você dizer para o seu pai: - Nossa, tô com uma preguiça... ou: - Comi demais? Porque com o prazer sexual tem de ser diferente?
E pensando nessas coisas cheguei a uma descoberta que pode esclarecer um pouco as coisas. De todos os pecados, a luxúria é a que está mais próxima de usar o outro ser humano como um objeto de nosso prazer. Na avareza o objeto é o dinheiro, na gula, a comida, na ira ou na inveja, os sentimentos recaem sobre o outro, mas apenas os sentimentos, não utilizamos, tal como acontece na luxúria, o corpo do outro para a nossa satisfação.
Dessa forma, a luxúria é o pecado que deixa mais evidente o uso do outro como objeto. E é um uso egoísta e exacerbado, que prioriza apenas o bem próprio. Dessa forma, não há de se admirar que seja classificada como pecado, já que está intimamente ligada com diablos (divisão).
Aprendi que Deus é aquilo que une, congrega, comunga. É a possibilidade de encontrar o outro em sua plenitude e graça, reconhecendo o ser humano existente na pessoa à frente. Contudo, os pecados, tal como a luxúria, insistem em reduzir o outro a um fetiche, fantasia, bonecos de nosso desejo. E aí, meus amigos, alguém pode sair machucado, ou você, que perde o brinquedo, ou o brinquedo, que acaba por tornar-se somente isso.
Porém, aos diabos com a moralidade! Somos adultos, e como adultos temos o direito de brincar de vez em quando, não é mesmo? Não é uma delícia ter uma Barbie nos finais de semana, só para você? Ou, para as moçoilas, um Ken bonitão ao seu lado?
Mas lembrem-se, acordem quando puderem, porque a brincadeira pode se tornar realidade. E quem brinca muito com fogo (ui!) faz xixi na cama.
Abraços e beijos calientes, Tati Mitleton

3 comentários:

Daniel Savio disse...

Concordo em parte, eu não diria exatamente por transformar em um mero objeto, mas um foco para se saciar...

Para mim, um objeto é frio, mas um foco, pode ser tão quente quanto queremos.

E penso que uma volupia inesquecivel tem de se alimentada com um pequeno jogo de gato e rato, uma pequena de segunda e terceiras intenções.

Fique com Deus, menina Tati.
Um abraço.

Raquel de Carvalho disse...

Muito bem, Tatiii!!!!
Adorei o texto!!!! Tá de parabéns!!!
Falou da luxúria como eu nunca tinha visto!! ehehehe

Beijos

Tatiane Mitleton disse...

Agradeço as respostas. Para mim é muito bom ouvir as críticas, elogios e sugestões. As opiniões de vocês me alimentam.

Beijos, Tati