domingo, 23 de maio de 2010

Diga-me o que vestes que te direi com quem andas


O que é “ser bonito” para você?

Ainda bem que, apesar do que muita gente acha, o conceito de beleza não é universal.

Ufa... ainda bem, não é?

Não, beleza não está nos “olhos de quem vê” (como se fosse mais uma qualidade de quem olha do que de quem é olhado) e sim na concepção muito bem definida, mesmo que não racionalizada, sobre beleza daquele, aí sim, que está olhando.

E isso nos leva às tribos.

As tribos urbanas têm muitas características, objetivos e valores. Mas o que me interessa falar aqui hoje é sobre a concepção de beleza que cada integrante da tribo terá. Algumas pessoas desses grupos, como os emos, punks, rastafáris, hippies, e etc. podem parecer muito diferentes, até estranhos, para a grande maioria das pessoas, e inclusive, de um grupo para o outro.

No entantp, dentro do próprio grupo, o mais bonito é aquele que mais representa o ideário defendido por eles, e uma maneira de expressar é o vestuário. Parece óbvio? Mas não é. O jeito de se vestir determina também a quem queremos conquistar.

Se eu acho bonito calça jeans, camiseta branca e allstar, quando eu ver um cara assim, acharei interessante, porque tenho para mim que o estilo de se vestir determina quem a pessoa é.

Assim, por a pessoa ser de determinada forma, ela se veste da maneira como se veste. Por mais que eu não necessariamente ache a pessoa bonita, acharei que tem conteúdo. E isso é um pré conceito que todos temos, porque já temos opinião formada.

Assim como eu já me simpatizaria de cara com uma pessoa que gostasse de uma banda que eu acho muito boa e que não é tão conhecida, ou então que gostasse de um livro, por mim, preferido, da mesma maneira eu também me simpatizo de cara por uma pessoa que tem o estilo que eu tenho ou o estilo que admiro muito, mas não tenho por um motivo qualquer.

Como qualquer animal (soou forte isso, né?) a gente também se comporta de maneira a atrair os nossos ‘pares’, nem que para isso a gente tenha que mudar a cor da plumagem.

5 comentários:

Ivan disse...

Boca,

Qual a sua tribo? Com quem você anda? Com quem você se envolve?

:P

O texto aparentemente óbvio é na verdade uma verdade muitas vezes desprezadas quando queremos padronizar todo mundo ao nosso estilo e interesses, não é mesmo?

Beijinhos.

Ivan.

Érica Ferro disse...

Faz um sentido enorme isso que você disse.
Acho que é assim mesmo.
A gente gosta nos outros o que gostamos em nós mesmos.
Hummm, esse meu último pensamento ficou meio confuso, rs.

Beijo.

Daniel Savio disse...

Muitas vezes é parte do ritual se tornar o (a) mais belo (a) para atrair os nossos pares, até no que se refere aos sentimentos...

Fique com Deus, menina Maya.
Um abraço.

Anônimo disse...

Dai,

gostei do "trocar a plumagem". Eu concordo que muitas vezes a gente gosta de alguém pelo modo como ela se veste (e se esse vestir-se tem a ver com o que gostamos). Mas isso acontece quando nos identificamos com algo, por semelhança (gosto de calça jeans = gosto de homens de calça jeans). Mas às vezes podemos gostar justamente do oposto: somos punks, mas queremos os engravatados, ajustados ao "sistema" e com "possibilidades de contratação" (em empresas e na nossa vida afetiva também).
De qualquer forma, a discussão não é simples e eu acho mesmo que a forma como nos vestimos é mais uma "fôrma" do que uma livre expressão de algo - algo que não é nosso, mas é cultural.

Beijocas e lambidas!

Luna Sanchez disse...

Homens de paletó e gravata me chamam a atenção. Em um minuto e meio de observação dos "modos" do vivente, posso arriscar um palpite, dizer se, para mim, é claro, aquela roupa reflete, de fato, o que parece refletir.

Preconceito puro, sim. Simples.

Beijos.

ℓυηα