Tema:
É como se fosse, mas não é.
É como se fosse amor, mas não é. Então é o quê? Era o quê? Achei a carta que escrevi para te mandar quando você terminou nosso namoro por telegrama - para estar noivo uma semana depois.
Não era amor: nem seu, nem meu. Era temor? Amortemor? Medo de ficar sozinho. Medo da solidão. Medo de não saber lidar consigo mesmo. Era medo então?
É como se fosse medo, mas não é. Não achei nenhuma das cartas que você mandou, porque você não mandou. Só uma foto 3x4. Nela, é como se você fosse sério, mas não era.
Talvez seja rejeição. Orgulho ferido. Essa história de você implicar com as minhas roupas e falar de como as meninas te olhavam cobiçosas. Tudo gratuito. É como se você me quisesse como sua mulher, mas não queria. É como se você fosse homem, mas não é. É apenas um menino. Um menino lindo, mas um menino. Apenas.
É como se fosse vidro moído, mas não é, mas me machuca. Vidro moído é areia que passa pela ampulheta. Vai logo e passa. Me deixa passar. Deixa o tempo me levar.
É qualquer coisa que me dói por dentro, por eu não saber o que houve de errado. É como se fosse de verdade, mas não é. É como se fosse pra valer, mas nada parece valer a pena. É como se eu ainda esperasse de mim todas as definições para o que tivemos. Mas dor é dor e não preciso me explicar.
4 comentários:
Que mais lindo.
Mesmo.
Beijo
Lindo mesmo.....e a definição final é bem verdadeira: Dor é DOR.
eu sempre preciso definir e explicar uma dor para poder superá-la. mesmo que não seja a definição verdadeira.
Dor é dor e não é como se fosse. É e pronto.
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