Das conversas de fim de noite entre
a Dai e eu.
Nara fazendo biquinho para o lado e
jeito de decepção, olha pra Dai, que brinca com o canudinho da batida de
morango. Dai diz:
- Que bebida mais frouxa, Nara.
Nara pensando na frouxidão,
responde:
- Veja você, onde é que o barco foi desaguar.
- Veja você, onde é que o barco foi desaguar.
- Nem me fale, a gente só queria um
amor. Deus (Deeeeeeus?) parece às vezes se esquecer.
- Ai não fala isso. Como diz a música, Dai, se eu peco é na vontade. Tem erro? Vai ver Deus tá focando é no
pecado.
- É que a gente gosta do estrago,
Nara. Do que tira o ar, do que faz ser vida. A gente tem mania de deixar a
janela aberta, de deixar o sol entrar e nem adianta o moço bater dizendo que a
casa tá caindo. Diz aí, quem é maior que o amor?
- Pois é, eu já cansei dessa fuga
faz é tempo. Desde quando amor tem que dar ruga? A vida não é mesmo passageira?
- Que preparem a avenida, estamos passando.
A bebida acaba, ouve-se o barulho
do canudinho lutando contra a última gota. Bateu-se a bota da batida.
Um comentário:
Adorei nossa prosa!
A gente só quer um amor mesmo =)
beijo!
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