sábado, 7 de julho de 2012

Escolher o amor





Quando a chefa do Meninas Improváveis definiu o tema dessa semana fiquei pensando em um assunto que foi abordado pela Carol semana passada: a liberdade de escolha. 

Talvez pareça viagem, mas é isso que penso quando ouço a música Conversa de Botas Batidas e lembro da história do casal que a inspirou. Dois velhinhos, apaixonados, mas casados com outras pessoas. Porque tanto tempo vivendo uma vida dupla?

Sabe-se lá... Mas como eu tenho um coração de pedra que pende pro romance,  sempre tento acreditar que, se eles se amavam, traíram os conjugues apenas porque estavam presos em um modelo social conservador. 

Há um tempo não muito distante, os pais muitas vezes escolhiam os casamentos dos filhos. Além disso, o divórcio não era simples, nem aceito. Ainda que continue não sendo amplamente aceito, hoje é mais fácil vislumbrar a felicidade após a separação... Em linhas gerais, boa parte dos ocidentais tem liberdade de escolher o amor, e não o mais conveniente.

E sim, eu acredito no amor. Pasmem! A Carol mesmo chegou a achar que eu não gostaria desse tema... Não sei se é a imagem de durona que muitas vezes as pessoas tem, apesar dos meus post´s emo aqui no Meninas.. 

Justamente esse meu lado sentimental é que me faz desprezar tanto a maioria dos relacionamentos atuais... Eu não entendo como, em um mundo de tantas escolhas e opções, as pessoas ainda escolhem se relacionar por medo da solidão, por sexo, ou por conveniência, ao invés de escolher o amor.  Isso é uma coisa antiga, as pessoas faziam porque não tinham liberdade de escolha... nós temos!

Eu curto minha solidão. Já senti meu coração acelerar umas duas vezes nessa vida, e abriria mão de estar só pelas pessoas envolvidas... Mas só nesses casos. Não entendo porque abrir mão da minha solidão para ocupar o espaço na vida de uma pessoa que não me interessa, porque ela me acha interessante. Relacionamentos precisam de reciprocidade, eu estaria “ocupando” um espaço que poderia ser melhor ocupado e viveria uma relação baseada em um sentimento inexistente. A gente não cria sentimentos... A gente pode se aproximar da pessoa e esperar o sentimento chegar, mas as vezes ele não chega. 

Enfim, meu coração romântico acredita que, diante da possibilidade de escolha, de uma sociedade relativamente livre, o casal da música não teria morrido abraçado na clandestinidade, mas viveria abraçado diariamente. É isso que eu escolho pra minha vida. E se eu não achar o amor, desculpa, mas não vou substitui-lo pela conveniência.

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