Não sou muito de beber - o que não quer dizer que eu não tenha uma postura ébria diante de certas coisas. Ah sim! Certas coisas pareciam me deixar quase fora de mim. Qualquer coisa docinha e ficava alta. É isso? Que raios de resistência era essa que eu tinha à bebida? Resistência nula. E aí você se embriaga com a primeira meia dúzia de coisas agradáveis que te apetecem. Muito maduro.
Sei lá, é bom estar fora de si de vez em quando. O corpo solto, a mente livre. Mas eu vejo o preço que a gente paga por baixar demais a guarda, por decidir mudar a regulagem do auto-controle. Porque o meu auto-controle é uma coisa realmente fora do sério - que de nada adianta se vai mais álcool do que aguenta o fígado.
Hoje eu escolho o que me deixa alta, sem os pés no chão, flutuando, leve. Cuido melhor do meu fígado metafórico, que tem que durar muito ainda. Escolho minha bebida, porque não quero dor de cabeça mais tarde. Não quero o prazer primeiro, sabendo que a dor vem logo em seguida. O contrário eu até toparia. Mas mesmo assim... Porque certas coisas deveriam ser de mão única ou, pelo menos, mais bem dosadas.
Entretanto, acho que nos últimos anos, aprendi a beber. Chega de porres homéricos. Chega de sujeira. Chega de drama. Pois é. Acho que eaprendi a dosar bem: cachaça e água de coco.
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