Preciso confessar que custei a pensar no que escrever hoje. Apesar de não ter postado na semana passada e de gostar muito das composições do Chico Buarque, parece que tive um bloqueio e não conseguia pensar em nada. O que mais gosto nele é da inteligência para falar de coisas tão sérias e difíceis de um jeito que, aos nossos ouvidos chegam leves e tão belas. Ele consegue transformar a realidade de um cotidiano duro em música, poesia. E assim ele vai nos amolecendo. Enfim, quem sou eu pra falar sobre uma personalidade dessas. Não estou aqui pra explicar as características de um cara tão cheio de personalidade, criatividade, inteligência, beleza, charme, etc... O fato é que ele é foda!
Daí, entre tantas canções, que falam de amor, de política, da vida das pessoas e entre tantas composições que, mesmo tendo sido construídas em outras épocas que não fazem mais parte do nosso cotidiano, relatando temas que aparentemente não são mais presentes em nossa realidade, mas que ainda assim jamais perderão seu valor em qualquer geração, fica complicado escolher uma. E mais complicado ainda seria falar de toda uma obra com tamanha complexidade.
Por isso eu escolhi hoje uma canção que me parece mais leve, mais inocente e com a qual eu corro menos risco de errar. Essa canção se chama Jorge Maravilha e a história dela se parece um pouco comigo, porque minha mãe não gosta muito do meu namorado, embora eu seja louca por ele. E ele, assim como o Jorge não está nem aí. Diz a lenda que o refrão "Você não gosta de mim, mas sua filha gosta" é uma ironia com o fato da filha do General Ernesto Geisel ser fã do Chico Buarque. Enfim, é uma música bacana pra se ouvir numa quinta-feira despretenciosa. E pra dar uma balançada...
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