Particularmente, acredito que o corpo nos dá sinais do que está acontecendo em nossas vidas. E as escolhas que cada um faz são refletidas no que o corpo diz... a escolha de viver intensamente apenas alguns aspectos do que a vida oferece se mostra algo, talvez, perigoso. Isso porque a vida barganha conosco e nos leva algo embora... pode nos levar alguns (ou muitos anos) de vida, pode nos levar alguma saúde, pode nos levar alguma leveza, pode nos levar um pouco de analgésico natural (e nesse caso, a dor aparece)...
O perigo mora na falta de percepção dessa barganha e, nesse caso, quem não quer ver se torna mais prejudicado. Quem faz uma opção e sabe, claramente, dos riscos que está correndo pode lidar melhor com as conseqüências de suas escolhas. Quem fecha os olhos, liga o motor e vai embora na vida, optando a torto e a direito, como se nada fosse acontecer, pode se tornar refém das próprias escolhas.
Nessas barganhas obrigatórias, a saúde está sempre presente. Como diz Beto Guedes em alguns trechos de Amor de Índio, um tempo fazendo algo vale o outro tempo fazendo outra coisa...
E por aí, tem todo tipo de escolha... tem gente que se acha super homem ou super mulher e, mesmo sem nenhum super poder, insiste na escolha de viver sem dormir, sem comer, sem se cuidar, nega sua humanidade até onde consegue e acha que tudo ficará bem (e coitado de quem convive com esse tipo de falso altruísta, porque quando a vida resolver levar algo embora, o que vai sobrar é: amargor, doença, falecimento precoce, feiúra, impaciência). Tem gente que insiste em atrofiar o cérebro ou o coração e só exercita os músculos dos braços, abdômen, pernas... (e falta conversa, compreensão, recheio). Tem pessoas que optam sempre por viver “cada momento intensamente” fingindo que isso é liberdade. Essas saem torpediando inconseqüências por ai, fazem os outros sofrerem e, precisam passar por algo avassalador para darem a desculpa de que aprenderam (vivem arrependimento como se fosse um evento, tipo o último capítulo da novela!).
Bem, acho que na hora de escolher, devemos nos lembrar de pensar nas trocas que a vida vai fazer. De repente, optar por maior variabilidade nas escolhas compromete menos a saúde (e os outros) e ajuda a passar pela vida com maior fluidez.
4 comentários:
Não para exercitar apenas os musculos e esquecer os assuntos do coração, bem como o contrario, o certo é haver um equilibrio entre as áreas de nossa vida.
Fique com Deus, menina Geisa.
Um abraço.
Geisa,
excelente texto.
ùltimamente tenho vivido (e sofrido) as consequências de várias decisões minhas. O problema das consequencias é que são coisas que você não escolhe, quero dizer, que você não pode dizer a elas: pronto, já deu. Não, as consequências virão e a gente quase sempre terá que sorver até a última gota delas.
=/
Acho que ter maior percepção das cosnequências do que fazemos é algo que devemos buscar, mesmo.
beijo
Daniel Savio, eu concordo com você sobre o equilíbrio. Acho que ele é uma busca constante que devemos fazer!
Dai, esse negócio das consequências é fato. Ficam conosco até o fim! Melhor mesmo se pudermos pensar em quais virão... mas é bem difícil!
Sim Geizinha,
Quando estamos em paz,fazemos escolhas mais acertadas.
Quando estamos eufóricos, enraivecidos,tristes, ensatisfeitos, sai de baixo, que os resultados serão sempre desastrosos, pela ausência do AMOR em nossas escolhas.
Bjs, mami
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