Eu preciso repetir aquele mantra que a Dai sugeriu, quase todos os dias. A comida é uma das válvulas de escape mais práticas que tenho para os momentos de crise e isso não é nada saudável, principalmente porque eu nunca me acabo em salada de frutas, mas sim em pizza, lasanha, big mac, pipoca doce e etc.
Em uma época trash da vida, em que eu trabalhava em um ambiente que me deixava louca, eu comia pra me recompensar. Quando eu tinha que trabalhar até mais tarde (tipo até meia noite) eu me prometia um big mac como prêmio. Quando ia ao rodízido de pizza, papai sempre me dizia: “lembre-se minha filha, você está aqui para comer e não para levar o dono da pizzaria a falência”.
A verdade é que uma vez que você usa a comida para desestressar, dificilmente consegue deixar esse “vício”. Depois de tantas idas e vindas dos ponteiros da balança, aprendi a me pesar com mais frequência, para controlar um pouco os impulsos. Se antes variava de 5 a 10kg, hoje tenho apenas 2kg que perco, mas sempre acho. Fico mais tranquila, mas sei que ainda não é o ideal. O ideal seria que eu sempre visse na comida algo para alimentar e não pra me ajudar a esquecer minhas frustrações, mas como sou muito impulsiva, quando vejo já estou empanturrada.
Muitas pessoas que me conhecem há pouco tempo ficam preocupadas ao me ver de dieta, e preciso explicar que não sou movida pela ditadura da beleza e sim pelo medo de me tornar uma sanfona que só vai e nunca volta. Quando eu tinha 17 anos, fui morar há uns 1700km dos meus pais, em um lugar muito bonito, mas onde vivi alguns probleminhas, que resolvi todos no garfo e faca. Engordei 15kg e percebi que precisava tomar um certo cuidado com isso, embora nunca tenha conseguido implementar esse cuidado de fato. A única coisa que mudei, desde então, é que procuro me preocupar quando começam os 5 ou 7kg, caso o contrário eu sigo para a “imensidão” ingerindo tudo o que eu vejo pela frente. Não é uma questão apenas de caber dentro de uma ou outra roupa, mas de preservar minha saúde (ainda que ela não esteja em muito bom estado).
Dizem que isso pode ser um sinal de compulsão alimentar, que era o assunto que eu pretendia abordar, mas acontece que hoje eu tava com tanta vontade de comer o mundo com cobertura de caramelo, que esse desabafo me pareceu mais propício!
3 comentários:
Pior que o efeito sanfona é o pior entre os efeitos de engordar, pois acaba estressando o organismo demais...
Fique com Deus, menina Ana B.
Um abraço.
Eu já estou muito mais pro efeito iô-iô: vai e volta, mas sempre redondo.
=/
Não me orgulho! Também já engordei, emagreci, engordei...e não emagreci :P
Acho que essa coisa de recompensar é tão balela, uma hora a gente descobre que está se castigando, isso sim! Acho besteira que uma pessoa tãããão espertinha como eu seja dominada por uma pizza, mas sou. Como você disse, a questão é pensar que você tem que cuidar da saúde e não da beleza, senão a gente já começa a usar aquela desculpa do 'quem quiser gostar de mim terá que gostar do jeito que eu sou".
Ou seja, APESAR DE.
=**
Ana, tá super difícil conciliar a vida com o blog e as leituras virtuais, mas sempre que dá estou por aqui!!
Amei o texto, me identifiquei muito, meu nome também é sanfona e ninguém entende essa preocupação com o peso! ;//
Obrigada por estar sempre presente no blog.
Beijos, M.A.
Postar um comentário