Tema da semana: Não existe caminho
novo, existe um novo jeito de caminhar.
Nos últimos dias, por conta de alguns problemas pessoais e por conta dessa natureza escorregadia minha, eu tenho passado as noites (e os dias também) pensando em diversas alternativas de mudança. Em vários aspectos. Começando por mim, passando pelo lugar onde eu moro e chegando até naquela pergunta horrível que insiste em ficar parada sobre a minha cabeça: o que eu quero da minha vida? Minha vontade íntima é que mais uma vez uma grande revolução astral acontecesse e causasse uma mudança radical na minha vida, como já aconteceu diversas vezes. Nesses casos, eu sinto como se o destino é que estivesse jogando e eu, coitadinha, não tivesse escolha a não ser me adaptar. E assim eu faço, me ajusto às novas regras que o poderoso destino me impôs. Mas apenas por algum tempo. Atá a sarna começar a coçar denovo e eu, involuntariamente, começar a fazer com que a roleta gire mais uma vez.
Mas a frase lá em cima é cheia de razão: não existe caminho novo, existe um novo jeito de caminhar. É aí que está o ponto! O que eu preciso na verdade, é aprender a escolher meus novos passos e dar conta do caminho pra onde eles podem me levar. Eu preciso parar de esperar que o barco do destino passe e me leve "à força". Eu preciso é entrar no barco que eu escolher, com a consciência de que estou indo a um determinado lugar e só voltar quando eu chegar lá. Mesmo que a vontade de mudar a rota - ou o medo de continuar na mesma direção - seja tão forte quanto tem sido até agora. Eu queria mesmo é ser daquelas pessoas que olham pra frente e vão andando, correndo, sem parar nem pra respirar e nem pra olhar pros lados. Coisa muito dolorida é esse negócio de não saber se prender a lugar nenhum.
Um comentário:
Era exatamente assim q eu me sentia até casar, ter minhas filhas, e conhecer problemas que pareciam fora da minha capacidade de resolvê-los (mas resolvi). Então, com a atenção voltada para tudo q amo, eu relaxei. Foi quando de repente, percebi que vivia para o q eu amava e não amava plenamente o q eu vivia. Esquisito. To aqui de novo, tentando me encontrar mais uma vez. Mas eu digo, acima de tudo, q procuro algo q eu faça p mim onde encontre um prazer bem íntimo e individual, mas eu sei q nunca vai se comparar a felicidade que eu tenho hoje. Encontrar minha família foi mais importante do que encontrar a mim mesma. Incrível.
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