quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Sobre a vontade e o mover

Tema: O que te move?


Nem sempre estou em movimento de mudança, muitas vezes estou dando sequência às coisas e só, a vida muitas vezes é essa eterna esteira, você anda, anda e anda mas não sai do lugar e meio que as coisas têm que ser assim porque existe um processo, existe começo, meio e fim - existe o durante.

O que me move é a certeza de que dá para fazer mais - e melhor. Que dá para fazer diferente, que dá para ser diferente. Acho interessante como realmente achamos que as coisas são imutáveis:

- "Cursei essa faculdade, acabou-se, morro nessa profissão";
- "Não tenho problema de hormônios nem nada, mas sempre comi bem e fui gordinha, nunca vou mudar";  -
- "Quando eu tinha 8 anos meu pai tentou me ensinar outro idioma, mas eu não dou pra isso - nunca mais quis saber";
- "Sempre morei nessa cidade, não me vejo em outra";
- "Ah, nunca fiz, agora que tenho filho vou inventar moda?"... 

Fiz uma tatuagem recentemente e aprendi uma lição pra vida: as coisas podem ser muito menos impactantes do que parecem.

Calma lá com essa coisa de "efeito borboleta" porque o Universo também é muito maior que nós, ok? Há 13 anos queria fazer uma tatuagem, adiava por N motivos, mas sempre ficava na minha cabeça aquela imagem de que se fizesse, o mundo até sairia do eixo, de tanto impacto que causaria. Fiz, saí do estúdio e...   tchã     nã    nã     nã... NADA.

Ninguém olhou na rua, ninguém notou no trabalho, eu não mudei, não fiquei mais inteligente/burra/sexy/baranga/descolada/whatever, as estrelas não caíram do Céu e nem o Sol  virou gelo. Por fim, a sensação depois de pronta foi: ah tá, era isso?

E tenho seguido nessa vibe de não deixar para ser feliz ano que vem. Algumas mudanças têm surgido e a pergunta que tenho feito é por que não? Se der empate entre o "por que sim?" e o "por que não?", faça, porque o "por que não?" tem peso dois, vale mais porque mudança é bom, faz a gente se mover, aprender, conhecer, ter a chance de algo acontecer.

Eu não sou velha, mas olho pra trás e penso que dava pra ter feito muita coisa bacana se tivesse me atirado mais, arriscado mais, tirado por base quem está fora da curva e menos a manada. Mas tudo bem, tudo bem porque tem muita coisa pela frente então bora lá fazer algo diferente pela primeira vez.



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