Tema da semana: Favor,
não alimentar os medos.
Somente em um
momento da minha vida, eu me entreguei a um medo. Cai de olhos fechados e mãos
atadas, estava cega, muda, surda e burra. Só conseguia enxergar uma opção e já
que essa opção já não fazia parte da minha vida, eu queria desistir de tudo, eu
queria desistir de mim. Depois disso eu acordei. Foi o que o tempo fez comigo,
ele me despertou daquele sono profundo, daquela dor absurda, dos dias
preguiçosos, da má vontade, daquela decepção guardada que cheirava a mofo.
Esses dias a
vida me passou a perna e eu caí mais uma vez. O tombo foi feio, escoriações no
coração, um arranhão na confiança, uma auto estima quebrada e largada, sonhos
atropelados e sei lá, vai ver eu sou um gato e tenho sete vidas. Sobrevivendo. Tá
doendo ainda? Tá e muito. Todos os dias doem. Mas eu percebi que só depende de
mim e de mais ninguém, só eu posso me curar, só eu posso decidir alimentar isso
ou não. E eu não quero. Eu não gosto de sofrer, não nasci pra fazer o papel da
mocinha que sofre na novela, seja ela mexicana ou das nove.
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