O de sempre. A mesma coisa que eu faria agora às cinco e meia da tarde de uma sexta-feira.
Nunca parei para pensar nisso, no que eu faria caso o mundo acabasse. E, agora, matutando a respeito, vejo que não faria nada de especial ou de diferente.
Eu já tinha pensado, várias vezes, no que eu faria caso descobrisse ter uma doença terminal: faria a minha partilha bem bonitinha, nada mais. Livros, filmes e vestidos. O fato é que morrendo sozinha ou com o mundo eu não deixaria nada por dizer, fazer, confessar, admitir.
As pessoas que eu amo sabem que as amo. Faço questão disso, porque a gente nunca sabe o dia de amanhã - com ou sem ameaça de fim do mundo. E, dentro do possível, evito deixar negócios pendentes por onde passo. Algumas coisas mal acabadas ficaram nos últimos dois anos, mas, mesmo assim, eu não ia tentar explicar, conversar, nem ir atrás para dar ou tirar satisfação. É coisa pela metade, mas também é página virada.
Se o mundo fosse acabar agora, eu beberia uma limonada gelada e daria um último abraço apertado na minha irmã. Simples assim: simples é o começo, simples como deve ser o fim. Assim.
Um comentário:
Pode ser simples e leve, né?
Importante é estar em paz.
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