Era carnaval e
ele tinha gosto de carnaval. Gosto de samba, gosto de copo pequeno carregado de
bebida. Tinha aquela voz na orelha de carnaval, voz apressada, voz de quem
acabou de chegar e já pensa em uma desculpa para ir. Pegou na cintura, fez
carinho, piscou. Fiquei perplexa, mal sentia os confetes caindo juntamente com
a chuva. Flertou e usava bigode ralo, fino, que me encantava ao sorrir. Não me
importava o meu trem, não me importava as onze horas.
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