Quantas vezes você já se perguntou quem realmente você é ? E quantas vezes você conseguiu respostas a essa pergunta ?
No meu caso, as respostas seriam: “Várias vezes” e “Ainda tentando confirmar a cada dia se a resposta está realmente correta”. Hehe...
Eu sempre tive dificuldades, e ainda tenho, em fazer escolhas para minha vida, isso porque, muitas vezes, não sei o que realmente quero.
Mantendo a linha de raciocínio, essa semana eu assisti o filme Cisne Negro que foi lançado nos cinemas no último dia 4, se não me engano. E lá percebi como a personagem principal a Nina (Natalie Portman), uma bailarina totalmente dedicada e metódica, era bem diferente de mim, pois ela sabia exatamente o que queria se tornar: A Rainha da nova versão do Lago dos Cisnes, digo nova versão, pois a mesma bailarina interpretaria tanto o cisne branco quanto o cisne negro.
A dificuldade da personagem estava então na interpretação do Cisne Negro que exigia dela uma versão totalmente diferente da Nina frágil, puritana e ingênua, qualidades essas que por outro lado, eram perfeitas para a representação do Cisne Branco.
Pois bem, o roteiro se foca nessa descoberta: a busca da personagem, mesmo que inconscientemente, pelos desejos eróticos, pelo seu lado sedutor e pela mulher selvagem que podia e estava reprimida dentro dela e que a ajudaria na realização do papel dessa ave que carrega a sorte do príncipe e da princesa.
Caminhos nebulosos, conflituosos e delirantes e cenas que vão do apaixonante ao paranóico, passando pelo intenso e acabando no elegante são escolhidas para conduzir essa busca da perfeição que a bailarina tanto almejava. E nós, meros espectadores, somos levados, propositalmente, a sentir o mundo conturbado dessa personagem que está tão absorta com o seu papel, o de bailarina, que acaba confundindo o que é real e o que é fruto de seus delírios.
E o que mais me chamou a atenção nesse filme é que mesmo com a verba reduzida, o diretor, com suas técnicas de câmera na mão e estilos de filmagem com cenas surpreendentes e impactantes, conseguiu passar várias sensações da personagem aos espectadores. Além de trazer, em sua maioria ao palco do teatro, o teor do Maravilhoso onde os devaneios de Nina são representados literalmente nessa mistura do real e do imaginário da personagem.
Como puderam perceber eu A-D-O-R-E-I o filme e super o sugiro a todos. O que não sugiro para ninguém é essa obsessão por alguma coisa em específico, pois o resultado de algo assim só pode ser trágico e a tragédia executa bem melhor o seu papel nos filmes, epopéias e odisséias do que ser vivenciada no mundo real.
Só para dar mais vontade, olha o trailer ai !!!
8 comentários:
Eu sei quem eu sou sim, sei listar os absurdos que eu sou capaz de fazer. O que eu não sei é o que vou fazer, apesar de já saber o que quero. Agora, não agir conforme o que quer é uma inconsistência? Então tá, eu sou.
Quero muito ver o filme, pelo que vc disse e pelo que ouvi, é muito bom.
ótimo texto!
beijo!
o trailer é mega forte.
o0
Adorei sua análise :) E concordo em todos os pontos. Ela sabia exatamente o que queria, só não sabia o que precisaria fazer para atingir o seu objetivo. E é isso o que aprende durante o filme. Tal processo é a sua voia crucis rumo a perfeição.
O filme é forte pra caramba e muito bom meeeeeeesmo.
Também fiz um post sobre o filme, mas foi algo bem modesto, se comparado ao seu rs
http://dascapivaraseoutrascoisas.blogspot.com/2011/02/vida-depois-de-black-swan.html
Um beijo,
FRau Forster
Dai...
Acho sim que vc se conhece super bem. E também concordo que vc tem dificuldades em executar as coisas que quer. Mas, também acho que vc deveria se dar mais créditos e arriscar mais. Muitas vezes as boas ideias só estão esperando pessoas críticas e conscientes como você para saírem da cabeça e se tornarem algo memorável.
Espero ter consegido me explicar. :P ... qualquer coisa, vem me perguntar pessoalmente que eu me enrolo menos.
Bjoo...obrigada pelo comentário, vc é minha maior incentivadora !
Eu tbm sou dessas que não sabem o que quer. Mas uma hora ou outra eu vou descobrir! Pode ser que exista sim um pouco de receio de assumir. É difícil lidar com essas coisas...
Tô muito afim de ver o filme!
Beijo.
ÉÉÉÉ... o medo das consequências das escolhas erradas é que aperta o caboco..rsrs
Muito bom o texto!
Bjo bjo
Larissa (o cisne branco, será???) rsrsrs
Interessante a tua resenha do filme =P
Mas acho que o certo que nunca podemos afimar o que somos, apenas o que procuramos ser (no momento)...
Fique com Deus, menina Lais.
Um abraço.
Assisti e é foda.
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