quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Sobre escrever








Não me lembro de quando foi que comecei. Sei que as notas das produções de texto na escola sempre foram boas. E guardo até hoje uma medalha de um concurso de redação. E guardo também os boletins com as notas vermelhas de matemática. E de repente, veio a internet e essa coisa de diário virtual. E aí eu me apaixonei. No início, meio sem jeito, sem graça, sem assunto. Devagarinho fui me despindo da timidez e me vestindo de palavras, me enfeitando de reticências, exclamações e interrogações. E fui conhecendo outras letras, outros diários e aos poucos, entrando nesse universo alternativo chamado blogosfera. Hoje, me sinto em casa. Ainda guardo alguma timidez, alguma falta de jeito e vez ou outra repito os assuntos ou fico sem nenhum.

Encontro inspiração pras baranguices que escrevo no meu cotidiano e nas caraminholas da minha cabeça. E às vezes misturo uma coisa com a outra. No Transbordando, rola muita coisa minha. Muito sentimento, muitas perguntas, poucas respostas, algumas alegrias, algumas angústias, poucas lágrimas, muitos sorrisos e sonhos infinitos. Aqui, no Meninas, sempre precedida por um tema, cada semana é um desafio. Às vezes, a D. Dai faz a gente quebrar a cabeça e juntar tudo denovo pra ver se sai alguma coisa. E no final, acaba saindo! E eu sempre me surpreendo com o que consigo expor e mais ainda com a repercussão disso e as diversas opiniões e discussões que surgem a partir de uma ideia. Gosto da forma como algumas palavras minhas podem tocar o outro e fazer o outro refletir ou até se emocionar com o que me emociona. Isso se chama identidade. E a identidade entre leitor e autor é feito mágica. É lindo! Brilha, pisca, reluz.

Às vezes me chateia quando vem alguém e diz: "isso foi pra mim?" "Isso foi pro fulano?" "Isso aconteceu ou você inventou?" Preferia que não existissem esses questionamentos. Preferia que isso não importasse tanto. Mas entendo a curiosidade das pessoas e sei também que isso faz parte do processo de identidade com o texto, que é o que me fascina. O que importa é que sendo ficção, sendo baseado em fatos reais ou verídico, é meu. É meu pro mundo. É o que sai de mim e que eu gosto de dividir com os outros com uma pergunta implícita: acontece com você também? Escrever é o que eu mais gosto de fazer. E eu agradeço a vocês que me lêem pela paciência. Agradeço à Dai pela oportunidade. E agradeço às meninas pela companhia. E espero ficar por aqui, por quanto tempo for possível, porque isso aqui tá uma delícia!

Um comentário:

Elaine Gaissler disse...

"Isso foi pra mim?!" rsrs
Lindo texto. Também amo escrever, amo ler seus textos e das outras meninas e a fluidez daqui me dá uma alegria danada de poder fazer parte disso, ai, ai... Também tenho muito a agradecer, e agradeço!

Abraço, Carol.