Eu não queria falar sobre isso. Mas desde domingo não penso em outra coisa, não, não é só o fato que poderia passar o resto da vida ouvindo o Wagner Moura narrando no meu ouvido, não é isso. Me impressionei pela qualidade do filme e a dificuldade em defini-lo.
Poderia definir como um filme de ação, mas não é isso. Poderia definir como um drama, mas também não é isso, talvez a coisa mais acertada a ser fazer é defini-lo como uma ação dramática. Enfim, é difícil emoldurar.
O Tropa de Elite 2 fala sobre o BOPE? Fala. Fala sobre polícia corrupta? Fala. Fala sobre favela? Fala. Fala sobre os direitos humanos? Fala. Fala sobre corrupção? Fala.
Mas não. Não é mais um filme sobre favela.
O que eu quero dizer é que apesar de tratar desses temas, ele vai além. Não é mais do mesmo. Não é, é mais. Se eu saberia contar a história? Acho que não. Porque o interessante nesse filme, assim como em todos os filmes bons, não é o que acontece, mas a maneira de mostrar o que acontece.
A atuação do Wagner Moura é inegavelmente impecável. Na medida. Perfeito. Maduro. É além das expectativas. Demonstra, sim, como as coisas acontecem no Brasil (e muito possivelmente em outros lugares do mundo). Não achei nenhum exagero. Nada.
Considero o Tropa de Elite 2 muitíssimo melhor que o primeiro. É um filme mais denso, não (só) por causa das cenas de violência, dessa vez em menor quantidade que no outro, mas por causa da densidade psicológica do próprio personagem. O capitão Nascimento já não é mais utópico, sim, porque no primeiro longa ele acreditava que na polícia se encontrava toda salvação, a solução para todos os problemas. Agora ele vê a verdade, a polícia é parte do problema, talvez não apenas parte, mas força propulsora.
A polícia é a mantenedora do Sistema.
Enfim, é um filme que empolga como poucos, que fez (e faz) pensar como poucos. Um filme que fica no liame do exagero, no entanto, mais realista que nunca. É um filme que mostra o que quase ninguém quer ver. Um filme que nos faz saber como somos manipulados mesmo quando achamos que somos nós os detentores do poder. Um filme inconveniente.
Peço desculpas se fui evasiva, mas não quero adiantar nenhuma cena do filme para aqueles que ainda não o viram. Vale muita a pena ir assisti-lo. Não a uma versão pirata, mas ir assistir o original. Prestigiar uma grande obra do nosso cinema.
Site oficial do filme: http://www.tropa2.com.br/
10 comentários:
Boca! Falou bonito, hein?! Gostei quando você mencionou que achou o 2 melhor que o 1. Pensei o mesmo. Não só isso, eles ainda deram de lambuja uma ceninha do saco, né? Pô a cena do saco tinha que ter! Adoro o saco do capitão Nascimento. O saco plástico, entendeu? Não aquele que você pensou, e talvez cobice. O saquinho, aquele que eles põem na cabeça de vagabundo e esculacha, entendeu, né? Uffa.
Então, assisti duas vezes. Levei meus pais pra assistir na segunda vez. Eles gostaram, mas a minha mãe ficou impressionada com o número de crianças na sala. Ela se espantou com o fato de pais levarem crianças para filmes assim. Eu tentei explicar que era Dia das Crianças, e provavelmente os pais também iam deixá-las brincar com a pistola da família, comerem Cheetos dentro do carro, e jogarem futebol no telhado do edifício. Dia das crianças, né? Enfim, minha mãe nao aceitou minhas explicações não. Mas, foi bom eu levá-los ao cinema. Ficaram espantados, meu pai adorou o filme. Eu adorei causar o maior engarrafamento na escadinha do cinema ajudando os dois a descerem devagarzinho segurando o corrimão. Acredita que não acenderam as luzes na hora da saída? Seria ótimo pra dar uma encoxada, né? Mas péssimo para dois velhinhos descerem escadas. Mas, como eu disse, adorei o engarrafamento de gente, aquele bando de mulher com as bexigas apertadas, os fumantes desesperados para saírem, e meus pais, descendo devagarzinho, e eu segurando o braço dos dois. Me senti um miliciano, quer dizer, um caveira!!!
Ah, melhor frase do filme? Essa:
"Pô, Fabio! Quer me foder? Me beija!!"
Hahaha
Carinho.
Ivan.
Menino, tá excitado, hein? Tudo isso por causa do Capitão Nascimento?
:P
Queria ver a cena, vocês descendo devagarzinho...uma graça só!
Sim, teve a cena do saco. É ícone, né? Vai ficar mais famosa que a cena do Geny Kelly no filme Dançando na Chuva...rs
Esse é melhor que o primeiro sim, a única coisa que enche o saco são os palavrões, mas fazer o que se eles usam mesmo palavrão como pausa de frase?
beijo!
Hua, kkk, ha, ha, só rindo pelo comentários acima, mas o problemas dos filmes que muitas vezes esquecemos que ela também podem nos fazer pensar, nos questionar, bem como nos divertir =P
Fique com Deus, menina Dai.
Um abraço.
ô Daniel,
bom te ter de volta, quando você dá uma sumidinha eu já fico até preocupada, achando que aconteceu alguma coisa!
Ó, quando for sumir, dá uma passadinha aqui e avisa que não tá doente nem nada, tá? Que vai dar uma suminha pq te coisa mais interessante a fazer que ler esse bando de louca :P
beijo
Saí do cinema com a mesma sensação que vc. Poderia ficar muito mais horas alí...assistindo tudo..me entremeando nas rodas sujas da violência e da políticagem do Rio de Janeiro e do Brasil.
Esse filme é foda.
E em vários momentos olhei para o lado e disse ao meu marido: porra, que filme do caralho!
Muito bom.
O filme de 2010, com certeza.
Daaaaaaaai
o primeiro é ótimo! O segundo eu ainda não tive oportunidade de assistir... =/
Te contar um segredo: NÃO PERCO O WAGNER MOURA POR NADA NESSE MUNDO!
*suspira*
Tô super curiosa!Quero assistir!
Beijo
Atitude,
Eu também fiquei meio que me repetindo: que filme do c***!
=*
_________
Nara,
Eu também *suspiro*
Não perca, ele está e-x-c-e-l-e-n-t-e!
beijo
O filme começa com a frase informando se tratar de ficção e coincidência....
Eleições e políticos, aliás, têm um papel importante em "Tropa de Elite 2". Mas Padilha garante que a chegada do filme aos cinemas uma semana depois do primeiro turno e durante a campanha para o segundo é mera coincidência. "No final do primeiro semestre, havia filmes americanos de grande circuito. Em novembro chega "Harry Potter". Não estávamos com o filme pronto para lançar em setembro. A única data que restou foi essa em outubro", afirma.
O Padilha vai falar o que? Não importam mais os motivos, o filme não saiu antes das eleições
“Tem um deputado Federal do DEM de Brasília que também se chama Fraga, como o do filme. Me mandou até carta dizendo que não tem nada a ver com o personagem... O Marcelo Itagiba, do Rio, também ficou preocupado e saiu falando que não era ele retratado no filme... O que eu digo é que é um filme de ficção. O governador do filme não existe. Assim como ele é todos os governadores. O deputado miliciano que tem programa de TV não é o Wagner Montes, me inspirei mais nestes ‘Nadinhos’ da vida.”
- Josinaldo Francisco da Cruz, o Nadinho de Rio das Pedras (Rio de Janeiro, 13 de agosto de 1966 - Rio de Janeiro, 9 de junho de 2009) foi um político brasileiro. Com base eleitoral em Rio das Pedras, foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro. Ficou conhecido em fins de 2007 após ser preso acusado de planejar o assassinato do inspetor de polícia Félix Tostes, e de chefiar uma milícia[1]. Nadinho morreu em 9 de junho de 2009 vítima de assassinato[2]
Nitidamente o Padilha vai falar em ficção, mas claro que ele não poderia dizer outra coisa, a única pessoa que ele relacionou foi um cara Morto!
OS REAIS ENVOLVIDOS:
- Garotinho - Garotinho foi candidato a Deputado Federal, sendo eleito, a maior votação já registrada para o cargo de Deputado Federal no Estado do Rio. Garotinho obteve 694.862 votos (8,69%) sendo o 2º mais votado do Brasil ficando atrás apenas do Palhaço Tiririca também do PR
Em agosto de 2010, Garotinho foi condenado pela Justiça Federal, com Álvaro Lins, sob acusação de comandar um esquema de corrupção na polícia. A investigação havia se iniciado em 2006. A decisão é de primeira instância, cabendo recurso.
- Alvaro Lins - ex-chefe de Polícia Civil
- Wagner Montes
- Marcelo Itagiba (PSDB) - ex-secretário de Segurança no governo Garotinho
- Marcelo Freixo - Nas Eleições de 2010, reelegeu-se à Alerj, pelo PSOL, com 177.253 votos, tendo sido o segundo candidato mais votado daquele ano, atrás somente de Wagner Montes, com 528.628 votos - Em 2008, foi instalada a CPI das Milícias na Assembleia Legislativa fluminense, presidida pelo deputado estadual Marcelo Freixo.
Interessante que durante o filme, tem uma cena em que eles falam claramente sobre os problemas de se realizar uma CPI em ano de eleição, que pode facilmente retratar uma cena de autoridades discutinho os problemas de se lançar esse filme antes das eleições.
O filme recebeu apoio financeiro da prefeitura e do governo do Rio de Janeiro
Conclusão:
Daqui a 4 anos ninguém mais vai se lembrar do filme.
O sistema é foda!
É claro que não pessoa, é que as vezes fico sem acesso a Internet por causa das viagens, curso e a fins do trabalho, por isto que eu sumo =P
Fique com Deus, menina Dai.
Um abraço.
Ahhh!
To morrendo de vontade de assistir agora, mas não posso =/
Maldade me deixar na vontade ^^. Agora só em março!
p.s.: Voltando à ativa xD
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