segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Férias Coletivas!!!


Como ninguém é de ferro, e muito menos nós que somos compostas de carne, sangue, intelecto e desejo...entre outras cositas...(ui!), também tiraremos nossas folguinhas.

As postagens voltarão dia 9 de janeiro, com todo o pique!!!

Beijos,
                 Meninas Improváveis


Boas festas!!!



quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Lembranças têm cheiro doce

Tem coisas que marcam a gente e depois vão embora. Eu não acho ruim, acho que as coisas são cíclicas, tudo tem o seu tempo e é bom que seja assim. Cada coisa a seu tempo é harmonia, equilíbrio. No entanto, deixar passar não é enterrar e colocar uma lápide para marcar a ocasião. Não, não é. É dar um grande suspiro. É esperar que as folhas opacas de outono terminem de cair, logo logo algo bom germinará.

E lembranças também são tão boas, possuem qualquer coisa de vida incubada. Então hoje foi muito bom quando me passaram um vídeo do O Teatro Mágico, há anos não ouvia. Teatro Mágico para mim tem cheiro de maresia. Me lembra menina vestida de saia rodada com camiseta escrita:

Só para raros.

Ser raro e, na raridade das coisas, ser grato por estar no mesmo lugar e ao mesmo tempo  que outro raro – Serendipity

domingo, 12 de dezembro de 2010

E aí é natal, perceberam?

Eu já estava desconfiando, devido às luzes, devido ao vermelho e verde, e também a um velhinho barbudo que eu via aqui e ali... Mas eu ainda não estava convencida.


Só ontem fui ter certeza, vi no sorriso de uma criança... Na verdade, nos sorrisos de doze crianças. Vi que era natal.

E eu sei que transformaram uma data cristã em uma data comercial, e eu sei que essa coisa de natal não é uma coisa politicamente correta às vezes... Mas adorei ver o natal no rosto de doze crianças.

Basta um embrulho, com um brinquedo dentro. Brinquedo este, que pode ser muito simples. E faz-se um natal.

Eu tenho agonia de adultos que ficam ambiciosos e ansiosos por presentes no natal. Eu tenho agonia de crianças que só aceitam isso ou aquilo de presente de natal. E, a melhor parte, eu tenho satisfação de participar do natal de crianças espertas como essas doze.

Natal que se faz com muito menos do que se mostra na tv. Natal que se faz em uma reunião de gente de coração aberto. Natal em que os adultos têm a oportunidade de aprender muita coisa com as crianças.

Olha que eu não sou a maior fã de crianças, mas não sou mulher de recusar uma boa aula de graça. E elas ensinam que é preciso pouco pra ser feliz, que não é preciso fazer muita cerimônia pra fazer amigos e que é uma delícia aproveitar o momento. E eu vou tentando aprender...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Epitáfio

- Sabe? Me sinto forte. Parece que posso abraçar o mundo. Não ria, é verdade! Nunca me senti tão revigorado como agora. Sorvo ar aos goles, meu peito bate acelerado, sinto o apert...cof.....me falta o ar, eu sinto que..

...

- Bem??? Benhêêê???

domingo, 5 de dezembro de 2010

Telefonema


Ele ligou, ela não ouviu.

Ele tentou mais uma vez, ela ficou com preguiça de atender.

Dois dias depois, ela resolveu retornar. Talvez ele estivesse precisando de alguma coisa. Ela não era uma instituição filantrópica, mas ainda tinha humanidade nas veias.

Depois do alô, ele agradeceu pelo retorno e blá, blá blá...

Ela não conseguia prestar atenção no que ele dizia, ela não se interessava mais. Ele não queria voltar, mas ele queria uma amiga. Ela não queria brigar, não queria voltar, não queria um amigo, ela só queria desligar o telefone e rir.

Ela não era fria o bastante para rir enquanto falava com ele, para rir quando ele dizia que a vida dele tinha mudado para pior. Ela não queria contar para ele que a vida dela tinha mudado para melhor.

Ela queria desligar o telefone, rir e voltar para a vida dela. A vida de não sentir falta dele, de seguir em frente e de, de vez em quando, se perguntar: “como eu consegui namorar aquele idiota?”.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Do Sentir


Se você não entende a força das palavras que arremessa na minha direção,


Se não percebe o deboche escorrendo pelo canto da sua boca quando recria mentiras já conhecidas,


Se não se importa com as feridas que causa com olhares em forma de lâminas...


E se não sente a minha dor, se não sente o meu veneno, se não sente quando uma alma goteja o sangue das palavras derramadas, querido... lamento, mas EU sinto. E muito.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Ter alguma opinião formada sobre tudo

O arrependimento cristão é único arrependimento que eu me lembro, assim, pensando de maneira rápida, que faz alguma diferença. Você se arrepende dos seus pecados e é salvo. Bom, fora isso, não me recordo de mais nada em que se arrepender faz alguma diferença. O arrependimento é sempre sobre algo que já foi, que aconteceu, que já foi feito o estrago. Tudo o que vier depois disso é uma atitude de barragem, contenção, minimizar efeitos - só.

Existem certas escolhas em nossas vidas que não importa o quanto você se arrependa, elas irão martelar, martelar e martelar na sua cabeça. Muitas delas irão te ferrar todos os dias te lembrando o quão estúpido você foi, o quão errado estava, ou ambas as coisas. Por isso acho o arrependimento um sentimento cômodo, depois que já foi feito é um pouco fácil dizer que preferia não ter feito.

Não fico remoendo sobre o que fiz, não mesmo. Fico remoendo sobre possibilidades, isso sim. E por quê? Porque chegar no outro dia de ressaca com a cara lavada e dizer que mudou ideia não adianta muito. Expõe você, o outro, terceiros. Expõe o quanto você é infantil. 

I N F A N T I L.

Tem horas que eu acho uma balela a canção que diz: “eu prefiro ser uma metamorfose ambulante”*.


*só às vezes, porque eu adoro o Raul. E sim, eu sei que o contexto da música é outro.