Por muito sentir
Meu descuido
Não saber mentir
Tenho escudo
De preferência sem degraus
Levo emprestada
Trago depois do carnaval♫
Não se sabe o que se passa realmente dentro da mente humana e muitos cientistas vêm estudando diferentes métodos para desvendar os mistérios que se encontram dentro dessa caixa preta*. Mas, mesmo não sabendo como pensamos e como tomamos cada decisão, sabemos que pessoas de diferentes culturas e sociedades crescem com gostos e linhas de pensamento diferentes umas das outras.
Porém uma boa quantidade delas mantém a mente fechada a sete chaves para aceitar as diferenças dos outros e entender que o diferente para elas é o quão diferente elas mesmas são para os outros.
Ter a mente aberta não é só aceitar diferenças, mas também estar disposto a conhecer novos lugares, pessoas e se aventurar no desconhecido. É a coragem de sair do comum e ter um olhar mais amplo sobre as coisas criando idéias fortes, estimulando a criatividade e ao mesmo tempo com respeito às idéias de seus semelhantes.
Sempre que uma boa oportunidade surgir, não faça corpo mole, ou tenha medo de enfrentar o desconhecido. Antes de vir para Coréia do Sul tive medo de vir sozinha, num lugar completamente diferente, primeira vez longe da família, e ainda mais sem saber a língua. Como eu iria me virar? E se acontecer algo grave? E se eu não me adaptar? Mas como me disseram, é preciso ir com a mente aberta e preparada para aventuras e contratempos, pois é assim que se ganha experiência de vida e aprende-se a ver a vida por diferentes ângulos.
Realmente vim preparada para conhecer a cultura e o comportamento das pessoas daqui. No começo tive um grande choque cultural, principalmente com a comida e certos hábitos coreanos que não são comuns no Brasil. Mas tentei ter a mente aberta e tem sido uma grande experiência e estou aproveitando ao máximo a estadia.
Assim sempre que alguém disser que você está sendo teimoso ou não procura entender o outro lado da situação, pegue a sua chave e abra sua caixa preta para as possibilidades. Coisas maravilhosas podem acontecer.
*Em teoria dos sistemas denomina-se caixa preta um sistema fechado de complexidade potencialmente alta, no qual a sua estrutura interna é desconhecida ou não é levada em consideração em sua análise, que limita-se, assim, a medidas das relações de entrada e saída. Muitas coisas podem ser denominadas como caixa preta: um transistor, um algoritmo, ou a mente humana.
Eu mesma digo que quem vive de passado é museu, mas muitas vezes já caí na armadilha de pensar em alguém do passado várias vezes. Quando passamos por algo que nos marcou muito e nos fez sofrer muito, leva um tempo para esquecer e deixar as feridas se curarem.
Depois de um tempo, estamos prontos para seguir em frente, aí dizemos a nós mesmos que não vamos mais perder mais tempo, mas mesmo assim, vira e mexe uma lembrancinha ruim ou outra cisma em aparecer nos nossos pensamentos. Já lembrei muitas vezes de algumas coisas do passado por causa de um ser do qual muitas coisas já esqueci, mas outras ainda me lembro, mas cada dia que passa isso vai acontecendo cada vez menos, e agora eu não deixo isso afetar nos meus problemas atuais e nem me deixo aborrecer, por que se for para realmente focar em algo importante é melhor focar no que precisamos resolver agora do que no já não tem como remediar.
Então cada vez que sinto que vou acabar remexendo em alguma coisa que me fez sofrer no passado eu paro e penso que foi ruim e eu me livrei, então pra que voltar a pensar nisso? Mesmo se você está agora passando por um momento ruim, e pensa que nunca vai esquecer e se irrita com as pessoas que te cobram pra seguir em frente, tome seu tempo. Nada é melhor do que o tempo para ajudar a esquecer, e cada vez que o que te fez sofrer voltar a atormentar seus pensamentos, balance a cabeça e jogue esse pensamento ruim fora, então pense em algo novo que vem acontecendo em sua vida, que cada vez mais isso vai se tornando algo tão distante que nem lhe incomodará mais. Assim seguir em frente e olhar para o que está por vir será tão natural quanto respirar.
Esses dias eu estava em uma aula e ouvi meu professor falar sobre a diferença entre o “homem econômico” e o “homem administrativo”. O “homem econômico" é aquele que é absolutamente racional e suas decisões são as mais eficientes, realizando suas tarefas perfeitamente, já o “homem administrativo” é aquele que toma suas decisões e realiza suas tarefas da melhor maneira possível dentro de suas limitações. A diferença é que o “homem econômico” não existe. Todos nós somos limitados, mas isso não nos impede de escolher e fazer o melhor que podemos.
Depois de criarmos tantas expectativas sobre como várias coisas podem ser perfeitas, quando descobrimos que boa parte do que pensamos não acontece, muitas vezes acabamos nos decepcionando completamente. O que faz com que nos desencantemos com todas as outras oportunidades e pessoas. Como aquela decepção nos primeiros relacionamentos que fazem com que nossas esperanças de encontrar alguém que nos complete realmente pareçam coisa de cinema e que nunca poderemos ter.
Com isso, de certo modo, deixamos de lado algumas características que podem ser muito importantes quando tomamos uma decisão ou escolhemos algo. É aí que mora o perigo. Quando optamos por algo, mas reduzimos o valor esperado para não nos decepcionarmos mais ainda, estamos reduzindo nosso próprio valor também. Não devemos deixar de fazer o nosso melhor e esperar o melhor de nossas escolhas. E também não devemos nos acomodar no que é seguro, ou nos conformar com o normal, é preciso dar aquele passo extra, se arriscar e procurar pelo melhor possível. Assim como nessa semana de decisão no segundo turno, devemos lembrar que ao escolhermos nossos candidatos a presidente, senador, prefeito, entre outros, não podemos pensar que só porque não há um candidato perfeito devemos escolher aquele que é famoso, ou o que faz boas piadas ou porque a maioria gosta, mas sim procurar por alguém que complete, o máximo possível, suas idéias sobre um bom governo, mesmo que não seja 100%.