Tema:
Com açúcar, com afeto.
Eu sou do tipo
melosa, com açúcar e com afeto. Sou do tipo carinhosa, que prende com braços e
pernas que busca beijos e fica com cara de idiota quando olho o cara como se
fosse paisagem, como se fosse a imensidão do mar. Eu sou dessa que quer mandar
mensagem, que liga, que escreve, que deixa recado no espelho do banheiro e que
pede pra não ir embora, pois cola feito chiclete velho, resmungando por amor. Sou
chata, sentimentalóide, acordo com a macaca, acho que tudo tá errado, reclamo,
fico com a cara fechada e não quero nem conversar. Depois eu me arrependo, viro gato e tento me
aconchegar. Eu fico esperando chegar, aparecer e se quiser faço até o doce
predileto, mas tenha certeza de que queimará. Eu vou errar a mão. Eu sempre erro
a mão.
Eu exagero.
Assim como muitas outras pessoas por aí (assim como a Maria do Bairro, a Paola
Bracho, a Paulina, a Luz Clarita, a Carminha). E talvez meu produto tenha vindo
com algum problema no conceito de amor, porque às vezes eu acho que não sei
amar. Eu esqueço o mundo lá fora e se quiser esquento seu prato e peço pra você
me esquentar. Não faço jogos e tenho ânsia de vômito por quem brinca com
sentimentos, porque pra mim é coisa séria, coisa que eu levo até a última consequência
ou gota. Eu não entendo gente que finge
não gostar, finge não querer, que tem medo de sei lá o que ou assado, que pensa
que vai se machucar. Eu não entendo gente que não quer pular de paraquedas. Eu
não entendo gente que não sonha que está voando.
3 comentários:
Aprendi, com um professor na faculdade, que as pessoas precisam ser quentes ou frias....morno não tem graça alguma.
Intensidade........sempre. kkk
Eu também, Nara. Deve der por isso que a gente vive com os dentes quebrados. Ou não?
Adorei os últimos pensamentos! Eu também não entendo esses medrosos da vida...
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